Capítulo 28 - Não sou eu

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– Isso é confidencial, Riddle. Combinamos isso quando fechamos nosso acordo, lembra? – Olhei entediada pro mesmo

– Ah, claro... Eu quase esqueci, Hastings.  – Mattheo me olhava com um sorriso de canto.

– Agora, por que estava me procurando? – Perguntei.

– Queria saber se ainda estava viva, estou me adaptando com a ideia de estar traindo meu pai. – Mattheo pegou um dos meus sanduíches e começou a comer.

– Entendo... Já que está aqui eu quero te perguntar uma coisa. – Me aproximei um pouco do mesmo.

– Sou todo ouvidos. – O mesmo se aconchegou ali perto da minha escrivaninha.

– Foi você quem me viu na torre de astronomia e me levou de volta para o meu dormitório? – Perguntei com receio de não ser o mesmo.

– Sim, Hastings. Você estava péssima, eu diria. – Respondeu-me Mattheo

– Não precisa humilhar, tá. – Revirei os olhos para o garoto à minha frente.

– Humilhante seria se você voltasse com ele depois de tudo que ele te fez. – Mattheo riu com seu próprio comentário.

Fiquei em silêncio por um tempo, acho que isso me entregou pois Mattheo logo parou de rir. Fiquei pensando por alguns segundos no que aconteceu na noite passada, de como eu gostei e agora estou me sentindo confusa em relação à isso.

– Isso explica tudo. – Disse Mattheo.

– O que? – Fiz a egípcia

– Não vem com essa para cima de mim, Hastings. Eu li sua mente, sei que dormiu com o Malfoy noite passada. – Mattheo jogou toda a merda no ventilador

– O QUE? V-VOCÊ O QUE? NÃO PODE SAIR POR AÍ LENDO A MENTE DAS PESSOAS! – Falei exasperada.

– Oh, não fique tão surpresa! Eu vou te ensinar à fazer isso e muito mais amanhã. Temos que apressar um pouco as coisas antes que tudo piore pra você. – Explicou Mattheo

– Você é um invasor de privacidade! – Proferi.

– Que já está indo embora, e obrigado pelo café da manhã. – Mattheo debochou após ter comido dois dos meus sanduíches, e meu suco.

Acompanhei o mesmo até a porta, o mesmo parou ali antes que eu fechasse a mesma.

– Vou te dar um conselho, Hastings. Toma cuidado com quem você vai escolher para trazer para essa bagunça, quando as coisas ficarem feias... E vão ficar, você não vai conseguir salvar todo mundo. – Aconselhou Mattheo, e eu apenas fiquei o encarando pois não sabia o que dizer. O mesmo se foi, e eu fechei a porta.

Fiquei pensando no conselho do Mattheo por alguns minutos, não sei como não meter meus amigos nisso tudo. Eles vão querer fazer parte, e convencer eles do contrário vai ser difícil. E quanto ao Draco... Ainda não tenho certeza do que fazer quanto à ele.

Eu já tinha tomado um banho pela manhã, e meu uniforme estava sujo então optei por usar essa roupa:

Eu já tinha tomado um banho pela manhã, e meu uniforme estava sujo então optei por usar essa roupa:

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Deixei meus cabelos soltos, fiz uma maquiagem como de costume e por fim já estava pronta. Perdi todas as aulas da manhã, mas vou frequentar as do turno da tarde para compensar minha ausência. Saí da minha comunal, comecei a andar pelos corredores até chegar na minha sala.

Entrei na mesma recebendo alguns olhares sobre mim, provavelmente por eu não ter vindo pela manhã. Não tive nem tempo de sentar na minha cadeira, e o professor Moody chamou minha atenção.

– Senhorita Hastings, aqui à frente agora! – Falou o Prof.Moody

Só tive tempo de colocar meus materiais na minha carteira, e já fui indo para frente de toda classe.

– Estamos estudando as três maldições imperdoáveis! Como a senhorita chegou atrasada, vai nos ajudar com isso. – Por que esse professor está ensinando esse tipo de coisa para alunos?

O mesmo descobriu um pote grande com uma aranha dentro, me assustei um pouco ao ver a mesma ali. Nossa aula de hoje era com a grifinória, portanto alguns dos meus amigos estavam ali, pude ver também Blaise, Draco, e Mattheo. Fiquei um pouco nervosa, não sabia a loucura que esse professor maluco iria querer que eu fizesse.

– Vamos lá... – O professor puxou meu braço me assustando com seu impulso, ele me colocou para perto da mesa onde a aranha estava. – Senhorita, torture essa aranha com a maldição cruciatus! – Olhei incrédula para o mesmo.

– O que? Professor, isso é proibido! – Exclamou Hermione da sua carteira.

– Isso é um absurdo! – Gina também se pronunciou.

– ANDE LOGO COM ISSO! – O professor Moody exigiu.

Comecei a me sentir muito pressionada, eu não queria ter que fazer isso, e com tanta pressão as dores na minha cabeça voltaram de forma lenta, logo foi se intensificando ao ponto de ficar insuportável.

– Faça isso logo! – Ouvi o professor Moody pedir mais uma vez, e a dor passou.

– Como quiser. – Nem precisei de varinha, me utilizei da magia que habita em mim, e comecei a me perguntar "como?"

Eu estava ali, eu me via fazendo aquelas coisas mas ao mesmo tempo, era como se eu não tivesse controle de nada. Torturei a aranha sentindo minha íris queimar, eu queria parar mas isso estava me consumindo e eu só parei quando matei o pobre animal.

– V-você matou a aranha... – Gaguejou o professor

– E agora eu vou ter que matar você. – Proferi jogando o mesmo na parede da sala.

– Katherine! – Ouvi o grito de Gina, olhei para a mesma com chama nos olhos e a ignorei me aproximando do professor.

– Estupe... – Hermione já iria proferir, mas joguei sua varinha longe.

Antes que pudesse me aproximar do professor, pude tomar um pouco do controle do meu corpo me impedindo de fazer besteira. Não demorou muito para que eu conseguisse retornar para realidade, caindo no chão. Pude ver alguns alunos indo em direção do professor desmaiado perto da parede da sala, eu não sabia o que fazer então apenas me levantei assustada saindo dali.

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NARRADORA

Katherine saiu da sala desesperada, a mesma não sabia o que fazer, não sabia ao menos o que estava acontecendo com ela. Começou a andar pelos corredores tombando, sentindo sua cabeça explodindo e sua visão ficando turba.

A sala estava transtornada, todos estavam muito assustados com o que acabará de acontecer. Seus amigos começaram a se perguntar o motivo disso tudo, até tentaram sair da sala para ver sua amiga, mas quando o professor acordou os proibiu.

Mattheo e Draco conseguiram acompanhar a mesma antes que o professor acordasse. Seus amigos não tiveram muita solução, apenas ficaram ali tendo que assistir a aula do professor como se nada tivesse acontecido, todos acharam um absurdo mas não podiam fazer nada à respeito.

𝘖 𝘓𝘦𝘨𝘢𝘥𝘰Onde histórias criam vida. Descubra agora