Capítulo 59 - O início

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– Katherine... – Ouvi a voz de Draco vindo de bem longe.

– Como... C-Como ele morreu? – Olhei incrédula pro mesmo após voltar à realidade.

– Até onde se sabe, ele ficou de castigo e foi para a floresta proibida com uns alunos junto com o Hagrid, ele foi o único que não voltou. – Draco colocou suas mãos nos bolsos mantendo sua postura.

– Como isso aconteceu, e quando aconteceu? – Eu estava nervosa, precisava saber mais.

– Já vai fazer uma semana. Como aconteceu ninguém sabe ao certo, a não ser por um amigo lufano do Diggory que ficou de castigo com ele, ele jurou ter visto uma fumaça obscura indo embora depois do lufano ser morto. – Draco dizia sendo o mais específico possível.

– Então foi isso que te fez acreditar que foi mesmo o Voldemort que o matou? – Perguntei.

– Tenho contato direto com o Lord, eu não só acredito como tenho a certeza de que ele o matou. – Argumentou Draco.

– Mas por que? Qual o motivo de ter matado o Cedrico? Ele não fez absolutamente nada pra ele! – Eu estava em revolta.

– Para mostrar que ele não tem coração, o Lord é terrível, e só fez isso pra deixar o recado. – Disse Draco.

– Oh meu Merlin... – Coloquei minhas mãos na boca em susto, me sentei no sofá logo em seguida.

– Não é sua culpa! Sei que passou por muita coisa, mas precisa tomar cuidado. – Draco sentou-se ao meu lado.

– Achei que não pudesse ficar pior... Tenho que parar de subestimar o destino. – Argumentei.

Draco deu uma risada nasal, o olhei brava.

– Você tá rindo da minha situação? – Perguntei rindo um pouco, lhe dei um empurrão de leve.

– Não da sua situação, e sim desse negócio de subestimar o destino! Foi engraçado. – Draco riu um pouco.

– Você é terrível! – Ri também.

– Sei que não é a melhor hora, mas tô feliz que você voltou de verdade, tô feliz de não ser mais aquela versão sua. – Disse Draco.

– É... Eu também estou, apesar dos apesares. – Meus dedos não paravam quietos, eu estava nervosa.

Draco percebeu minha inquietação, logo usou suas mãos para afastar as minhas uma da outra para que pudesse segurar em uma delas.

– Como passou esse tempo? – Perguntou Draco segurando firme na minha mão.

– Eu fiquei morando com os meus tios durante esse tempo, não podia ficar sozinha na casa dos meus pais... – Sentir o apoio emocional do Draco estava me deixando mais leve.

– Eu te vi nos corredores assim que você chegou, eu iria falar com você só que a sua turma foi primeiro. – Draco deu de ombros.

– O que queria falar comigo? – Perguntei.

– Te dizer que você não precisa se sentir sozinha, porque você não está. – Respondeu-me Draco.

– Você também não está, Draco. Aconteceram muitas coisas entre nós, mas nada vai mudar o quanto você é importante. – Sorri para o mesmo.

– É uma ótima pessoa, Katherine. Não deixe que Voldemort, maldade, ou qualquer outra coisa tire isso de você. –  Draco sorriu de volta.

– Não vou deixar. Agora me conte, como você passou esse tempo? – Perguntei soltando nossas mãos de forma espontânea pois já me sentia melhor.

𝘖 𝘓𝘦𝘨𝘢𝘥𝘰Onde histórias criam vida. Descubra agora