Capítulo 62 - Fugitivos

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– Você tá brava? – Perguntou Mattheo enquanto caminhávamos.

– Eu estou de boa, vamos continuar andando. – Argumentei.

– Não precisamos mais, aqui já está bom. – Disse o mesmo.

Depois de já estarmos o mais longe possível dos territórios de Hogwarts, finalmente aparatamos. Segurei nas mãos de Mattheo e senti toda aquela sensação vindo, me senti enjoada quando chegamos onde o mesmo havia indicado.

Aparatamos em uma cidade pequena onde não habitava tantas pessoas, longe o suficiente de Hogwarts.

– Venha, eu conheço um lugar que possamos ficar. – Mattheo disse já segurando firme em minha mão, não tive tempo de falar nada.

Caminhamos até lá sendo o mais discreto possível pois já estava amanhecendo e por enquanto não tinha ninguém nas ruas. Mattheo nos levou até uma casa antiga, parecia que não habitava ninguém à anos.

– Acho melhor nos instalarmos. – Falei ao passarmos pela porta.

– Antes, é melhor darmos uma olhada no lugar. – Respondeu-me Mattheo

– Tá, eu vou dar uma olhada aqui em baixo, você olha lá encima! – Falei.

Vasculhamos tudo, e no final não deu em nada, apenas em alguns ratos e baratas espalhados em alguns cômodos. Caminhamos mais um pouco e encontramos o quarto da casa que tinha um colchão bem acabado, tiramos proveito dele o levando para a sala perto do sofá, que inclusive só tinha um.

Nos organizamos para passarmos o tempo que fosse preciso, por ainda haver pessoas andando pela cidade resolvemos não sair muito da casa, colocamos cortinas velhas que haviam ali nas janelas para que ninguém pudesse ver que estávamos ali e quando tudo estava quase pronto eu resolvi me sentar um pouco no colchão, meus olhos estavam ardendo e por eu não ter dormido direito graças toda a adrenalina, meu corpo estava muito cansado.

– É melhor você descansar, você não dormiu. – Disse Mattheo.

– Você pode dormir comigo? – Perguntei.

– Claro que eu posso, deita. – Mattheo fez menção para que eu me deitasse no colchão.

Dividimos espaço no colchão, e dispensamos o sofá. Mattheo deitou atrás de mim, fiquei de costas pro mesmo.

– Não sei se essa é uma boa posição... – Sussurrou Mattheo ao meu pé do ouvido.

– Ah... – Me virei rapidamente ficando de frente pro mesmo. – Desculpa. – Sussurrei de volta, o mesmo sorriu de canto para mim.

– Você está caidinha de sono. – Mattheo sorriu ao ver meu estado.

– Theo... – Chamei a atenção do mesmo.

– O que foi? Está precisando de alguma coisa? – Perguntou Mattheo.

– Quando você foi interrogar o comensal, você disse para ele que eu sou sua namorada... – Olhei radiante pro mesmo.

– Eu não deveria ter falado? – O mesmo perguntou um tanto confuso.

– Não, não é isso... É só que... – Encostei nossos narizes.

– Oh, não faça isso... – A voz do Mattheo saiu como um suspiro.

– Sou mesmo sua namorada? – Minha respiração estava pesada.

– Sim... – A respiração do Mattheo estava no mesmo ritmo que a minha. – Minha namorada.

Seus lábios estavam mais próximos dos meus, sei que resolvi provocá-lo mas não posso ir adiante com isso, por mais que eu mesma queira não é o indicado agora, mas precisava deixar isso claro pro mesmo.

𝘖 𝘓𝘦𝘨𝘢𝘥𝘰Onde histórias criam vida. Descubra agora