Capítulo 45 - Impostores

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Bati na porta inúmeras vezes, toquei a campainha e nada de alguém atender. Eu já estava preocupada mas tentei ao máximo não demonstrar isso, então apenas fui até a porta extra que tinha atrás da minha casa para caso de emergência, abri a mesma com a chave debaixo do tapete e entrei na minha casa sendo acompanhada pelos meus amigos.

– MÃE, PAI! – Gritei pela casa observando que a mesma estava vazia.

– Se for subir melhor não ir sozinha. – Disse Gina preocupada.

– Eu vou com você. – Draco e Mattheo disseram em uníssono olhando com desdém um para o outro.

Apenas observei os dois ali por alguns segundos, depois resolvi subir as escadas à procura dos meus pais, Mattheo e Draco realmente me acompanharam enquanto eu subia, já Gina e Luna ficaram na área de baixo analisando tudo. Na área de cima tinham os nossos quartos, quarto de hóspedes, banheiro, e a sala de trabalho do papai, olhei em cada lugar dali e não os encontrei em nenhum deles.

– Eles não estão aqui... – Disse após analisar no último cômodo que seria o quarto dos mesmos.

– Não se frustre, vamos encontrá-los tudo bem? – Mattheo se aproximou de mim segurando em minha mão enquanto eu estava sentada na beira da cama dos meus pais.

– Não tem ideia de onde eles possam estar, Katherine? – Perguntou Draco com tom incomodado, pude perceber seu ciúmes.

– Não... Na verdade não, faz tempo que eu não os venho visitar, não sei dizer se a rotina deles mudou... Mas eles costumam jantar fora aos sábados. – Argumentei.

– Hoje é sexta, Katherine. – Draco me olhou com expressão apreensiva.

– É... Eu sei. – Disse desapontada com a situação.

Comecei a ouvir alguns sons estranhos, pareciam pessoas gritando, as vozes começaram a ficar mais reconhecíveis,  mas eu não sabia dizer de quem era ou o porque, andei por todo quarto tentando adivinhar de onde vinha o tal som. Mattheo e Draco me olharam estranhos, não entendi muito bem o motivo então apenas continuei tentando saber de onde vinham as vozes.

– Estão ouvindo isso? – Perguntei parando no quarto tentando decifrar as vozes.

– Isso o que, Hastings? – Mattheo me olhou confuso.

– Vozes... Vocês não estão escutando? – Ambos balançaram a cabeça em negação ainda confusos. – Como isso é possível... – Parei para pensar, e nesse momento minha cabeça começou a doer me fazendo ouvir as vozes com mais familiaridade, eram dos meus pais.

Me joguei no chão sentindo minha cabeça doer enquanto também pude ver minha íris ficar em tom de chamas no espelho que tinha na parede do quarto dos meus pais, antes que eu pudesse cair no chão. Mattheo e Draco vieram ao meu socorro, pude sentir a presença dos mesmos mas não os via, meus olhos foram cobertos por uma visão de dor onde meus pais eram torturados ao ponto de implorarem pela própria vida.

A visão não durou muito tempo, apenas alguns segundos me fazendo voltar à realidade. Olhei incrédula para Mattheo à minha frente o abraçando assustada, ele não entendeu mas retribuiu o abraço, Draco apenas se afastou se pondo de pé não demorando muito para que pudéssemos ouvir o grito de Luna lá embaixo perguntando se estava tudo bem.

– Está. Já estamos descendo! – Anunciou Draco.

Mattheo me pôs de pé, e eu preferi não contar o que vi pois não estava possibilitada, me sentia fraca mas disse ao mesmo que estava bem. Descemos as escadas com calma, e quando eu comecei a me sentir melhor pude lembrar perfeitamente da visão que tive, me sentei no sofá respirando fundo, Gina se aproximou de mim com um copo de água em mãos.

𝘖 𝘓𝘦𝘨𝘢𝘥𝘰Onde histórias criam vida. Descubra agora