Uma semana depois, quando eles já haviam passado por mais dois esconderijos, Tobirama se sentia mais forte, porém não como antes. Ele não queria demonstrar, mas estava tendo dificuldade para notar presenças em sua volta, assim como reconhecer cheiros e escutar sons. Parecia que seu lobo havia sido realmente atingido pelo veneno, porque as únicas habilidades que ele poderia estar contando agora, era somente as humanas.
Mas ele realmente acreditava que conseguiria voltar ao seu normal, só precisava treinar, só precisava forçar seu lobo a ajudar ele. Coisa que nunca iria acontecer, porque não só Hashirama, como os dois ômegas também, começaram a tratar ele feito um objeto frágil que quebraria se fizesse pressão demais.
E isso o irritava muito.
— Eu vou dessa vez. – Ele teimou com os outros três, pegando sua espada e a colocando pendurado na cintura. — Vocês não podem me tratar como um imprestável apenas por um pouco de veneno.
— Não estamos te tratando como um imprestável, Tobirama. – Hashirama revirou os olhos para o drama do irmão. — Você está machucado, só não queremos que enfrente perigo sem necessidade.
— Se eu ficar parado nunca vou voltar ao meu normal! – Ele grunhiu, mais irritado. — Preciso me movimentar! Preciso sentir adrenalina! Meu lobo está com medo de voltar à ativa e vocês cuidando assim de mim só faz ele querer se esconder cada vez mais!
— E se você encontrar mais alfas da Kaguya? – Madara ergueu as sobrancelhas enquanto cruzava os braços. — Depois que você matou aqueles, tenho certeza que ela mandará pelo menos o triplo daquela quantidade para cima de você. Se nem ao menos percebeu Izuna retirando a espada da sua cintura, como vai se defender deles?
Tobirama baixou o olhar para a bainha da sua espada, notando-a vazia. Em seguida, subiu os olhos para o seu ômega, que segurava a sua espada com uma expressão triste e de dó no rosto.
Os ombros do lúpus caíram e ele grunhiu antes de esfregar o rosto com violência.
— Dessa forma eu não vou sobreviver. – Ele sussurrou, ainda com a mão no rosto. — Se eu não forçar meu lobo a voltar ao normal dele, a cura vai me matar. Eu preciso que ele aguente toda a carga da cura, não o meu lado humano. Se ele não servir como barreira, não vai adiantar nada do que fizemos.
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos e Tobirama respirou fundo outra vez antes de se virar de costas e encarar o lado de fora do esconderijo deles. Ele já estava conseguindo ficar de pé, se abaixar, caminhar, correr, pular, segurar sua espada e tudo mais que seu lado humano o permitia fazer. E ele só precisava disso para caçar, afinal, quando fosse totalmente humano, teria que sobreviver somente com aquilo também.
— Se eu realmente não tentar, ele não vai me ajudar. – Voltou a falar, sem emoção alguma.
— Então luta comigo. – Izuna sugeriu e todos os outros três olharam para ele no mesmo segundo. — Se você precisa de adrenalina e voltar à ativa, luta comigo. – Deu de ombros, entregando a espada para Madara segurar.
— Não funciona assim, Izuna. – Hashirama o avisou, mesmo que não quisesse dar corda para os pensamentos muito bem fundados do seu irmão. — Nosso lobo não é enganado tão facilmente. Ele te conhece, sabe que você não o feriria de verdade. Nenhum de nós três feriria Tobirama de verdade, mesmo que fosse para o bem dele. Se não for uma situação verdadeira, o lobo não vai aparecer, se é que ele realmente vai aparecer.
Izuna grunhiu, cruzando os braços antes de olhar para Tobirama.
— Então eu vou com você. – Ele se virou e foi até o seu arco e sua aljava de flechas. — Não vou deixar aqueles alfas imbecis te machucarem de novo.
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Ponto Fraco - Versão Tobiizu
FanfictionSe você o ama, não deixe ninguém saber ou atacarão seu ponto fraco. História feita totalmente por mim, por favor não façam plágios! Iniciada em: 02/07/2021