Cante para mim

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  Kaguya forçou Tobirama a cair de joelhos no chão, no meio do círculo que faziam em volta de ambos. O lúpus bambeava para os lados, completamente atordoado e fraco. Seus ferimentos não estavam se curando e lutar como se tivesse um peso nos pés foi completamente difícil. Levou pouco menos do que cinco minutos para começar a receber os golpes e, consequentemente, parar de acertar também.

— Admito que estou muito decepcionada. – Kaguya riu, secando o sangue que escorria de seu nariz enquanto continuava agarrando os cabelos de Tobirama com força, o fazendo grunhir. — Só o meu exército teria acabado com você. Me fez passar vergonha na frente dos meus novos amigos, Tobirama.

Sem "querido amigo", sem "senhor Senju". Agora que Tobirama parecia derrotado, ela não precisava ser respeitosa.

— Sabe o que eu vou fazer com você assim que te matar? – Ela se inclinou para frente, sussurrando a palavras no ouvido dele. — Vou arrancar seu pelo e os seus olhos. E eles serão os meus mais exibidos troféus.

Tobirama rosnou irritado, mas o som saiu trêmulo. Ele sentia raiva só de lembrar daquela caixa que precisou enterrar, com todos os restos mortais da sua família que a mãe de Kaguya havia guardado por 30 anos. Ainda assim, mal tinha forças para mostrar as garras, até mesmo porque seu lobo não havia dado as caras ainda.

— Você é uma piada mesmo. – Ela riu debochada, voltando com a postura ereta antes de esticar a mão para um de seus guerreiros, querendo sua espada. — Diga "olá" para a sua mãe imunda por mim. – Riu, girando a espada habilidosamente na sua mão antes de se preparar para golpeá-lo.

Todos sobressaltaram quando Kaguya berrou de dor, cambaleando para trás enquanto uma flecha continuava cravada no meio dos seus peitos.

Eles olharam em volta assustados e não demorou muito para mais uma flecha vir, cortando o vento com velocidade e cravando na mão dela que segurava a espada, fazendo a mesma a derrubar enquanto gritava mais alto.

Um rosnado extremamente brutal soou segundos depois e o enorme lobo vermelho de Hashirama surgiu veloz no campo de batalha, começando a massacrar todos que encontrava pela frente. Às flechas continuando a vir como se fosse uma chuva, cada vez mais certeira.

Tobirama ergueu a cabeça atordoado, tentando enxergar o que acontecia com a visão totalmente borrada. Viu o volto vermelho de seu irmão antes de olhar na direção que as flechas estavam vindo e encontrar com o seu ômega ali, totalmente sério e concentrado.

Um sorriso cansado apareceu na boca dele. Izuna não havia o decepcionado, sabia que ele era esperto. Confiou na capacidade dele em desvendar toda a sua encenação.

Eles se olharam nos olhos por breves segundos enquanto Izuna já estava preparando outra flecha para disparar. Mesmo de longe, Tobirama viu o dourado brilhando nas írises de seu ômega e sentiu o próprio corpo inteiro borbulhar, todos os seus ferimentos se curando rapidamente antes de seus olhos ficarem em um vermelho vivo.

Finalmente seu lobo resolveu aparecer.

Quando Tobirama se transformou no lobo branco, se sentiu revigorado. Suspeitava que, como era a parte lupina que havia sido atacada, Tobirama nunca iria se curar se ela não se mostrasse outra vez. E como sempre, ele tinha razão. Se sentia completamente inabalável agora.

Ele uivou, extremamente eufórico, e Hashirama e Izuna reagiram no mesmo segundo, deixando a preocupação com ele de lado e se tornando ainda mais rápidos, ágeis e certeiros. E Tobirama com certeza não deixaria os dois se divertirem sozinhos, tinha algumas contas a acertar.

Alguns alfas começaram a tentar fugir ao que perceberam que não tinham nenhuma chance agora. Eles foram para o lado de Izuna, certos que o ômega não conseguiria acertar todos eles ao mesmo tempo..., mas não contaram que o alfa dele viria ao seu resgate.

Ponto Fraco - Versão TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora