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"Você sabe que nunca te deixaria

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"Você sabe que nunca te deixaria. Vamos estar juntos até isso acabar."

Autora pov:

Ayla já estava sozinha na sua residência há duas horas. A garotinha que tentava ligar para a mãe várias e várias vezes, estava sentada no chão da sala abraçando as pernas.

Quando finalmente ouve batidas na porta.

"Ei, Ayla! Sou eu, Jake!" O tio da garota (cujo ensinava ela a ter mira boa) fala em um tom baixo no outro lado da porta. Ela abre a porta finalmente revelando o homem de cabelos castanho escuro e olhos azuis. Assim que ela abre a porta, abraça o mais velho com muita força.

"Cadê minha mãe?" Pergunta já deixando lágrimas escorrer. "Ela me ligou, disse que talvez não conseguisse chegar aqui rápido, então me mandou vir aqui ficar contigo." O homem fala tentando tranquilizar a menina.

Eles ficam até o amanhecer do outro dia esperando a mãe de Ayla. Mas ela não apareceu.

Ayla pov:

Já é de manhã e minha mãe ainda não apareceu, estou no quarto de minha mãe olhando pela janela, pensando na hora que ela chegar, mas enquanto isso só vejo essas coisas andando por Atlanta.

Meu tio que estava procurando armamentos pela casa, vai para o mesmo cômodo que eu estou. "Ei, fica calma, ela vai chegar! Mas enquanto isso, vamos ter que ir para outro lugar, Atlanta não é mais seguro." Ele diz me abraçando de lado.

"Sei que aqui não é mais um lugar seguro, mas e se minha mãe estiver presa em algum comércio ou algo do tipo? E não conseguir chegar até aqui?"

"Eu não sei minha guerreira, mas sei que se a gente não sair daqui, essas coisas vão entrar." Meu tio fala, quando pequena não gostava de ser chamada de princesa, prefiro ser guerreira, ou como a Mérida. Princesa e guerreira.

"Tudo bem... Para onde vamos?" Pergunto deixando outra lágrima escorrer, por talvez não encontrar minha mãe.

"Seus avós tinham uma casa no interior, talvez seja melhor. E quem sabe sua mãe vá pra lá também." Ela diz me dando um pouco de esperança.

"Ok. Vamos então." Passei a manga da blusa nas lágrimas e sai do quarto com meu tio. "Procure suplementos, lá na casa temos comida etc. Mas quando mais melhor!" O homem falou e saímos correndo pela casa procurando malas e suplementos.

~

Já estamos no carro a no mínimo três horas. Não tinha muita coisa em casa, só utensílios do dia a dia, eu e minha mãe não estavamos preparadas para o fim do mundo.

Chegando no portão de uma casa, muito bonita por sinal, entramos com o carro na garagem. A casa era grande, tinha muros não muito auto e uma vista para o mar.

"Pode ir, não há nada lá dentro." Jake fala voltando para o carro, ele tinha ido ver se a casa estava sem mortos. "Nem a minha mãe?" Pergunto meio triste.

"Infelizmente não, pequena."
"Ok. Obrigada, Jake, por me trazer pra cá" saio do carro e vou em direção a porta da casa.

"Você sabe que nunca te deixaria. Vamos estar juntos até isso acabar." Ele fala tirando as malas do carro.

Sorri amigável pra ele e sai andando pela casa. Era bem moderna, não sabia que meus avós eram ricos, minha mãe era brigada com eles, só Jake os via. Paro na cozinha observando a vista do mar.

"Vamos lá no mar mais tarde?" Ele perguntou trazendo uma caixa para dentro. "Pode ser perigoso, não quero te perder assim como minha mãe."

"Você não vai me perder, já disse! Só vamos dar uma voltinha, vamos estar armados qualquer coisa." Ele disse sorrindo para mim.

"Mas Jake, e se..." Não termino minha frase e ele me interrompe. "Não precisa ficar assim, estamos longe daquelas coisas, elas não vão nos pegar." Assenti com a cabeça e fui ver o resto da casa.

~

Estava deitada no sofá da sala lendo gibis, Jake disse que gostava de ler por isso tem alguns na casa.

"Vamos lá? Quero ver como está aquela praia." Ele disse animado.

"Vamos..." Fui com ele, mas estava com um pressentimento ruim.

Andamos pelo caminho de pedras até a praia, sentamos na areia vendo a linda vista do mar. Estavamos sentados lá até eu ouvir algo.

"Ouviu isso?" Pergunto para Jake, mas antes dele responder um morto aparece ao seu lado mordendo seu ombro, saio de perto dele sem conseguir fazer nada, não sabia o que fazer. Então lembro da arma que ele tinha me dado, era com silenciador. Atiro no peito do morto, ele vai um pouco pra trás, mas volta, atiro por fim na cabeça fazendo ele cair. Morto de verdade dessa vez.

Jake estava caído no chão com duas mordidas no ombro.

"Jake! Jake! Não me deixa! Você prometeu..." Falo sentando ao seu lado.

"Ayla, você tem que atirar em mim! Eu vou virar um, não quero machucar você." Ele disse com um pouco de dificuldade.

"Não, por favor não!" Lágrimas já estavam rolando meu rosto. Ele olha pra mim e sorri um pouco.

"Você tem uma mira boa já, Ayla. Não se esqueça, estarei sempre com você. Mas dessa vez, não vai ser fisicamente." Ele diz me fazendo chorar mais ainda.

"Tem muitos suplementos e armas dentro da casa. Você vai sobreviver nela por um bom tempo, não saia dela!" Ele disse e esticou sua arma para mim.

Destravei a arma e apontei em sua cabeça. "Desculpa, Jake..." Disse para ele. "Eu te amo muito, minha guerreira..." Ele falou e eu atirei. "Também te amo, tio..." Sussurro para seu corpo morto.

Continua...

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BY HERSELF -carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora