02

21 4 2
                                    

- acordo com o som do despertador  me dizendo que ja está na hora de me levantar e começar mais um dia nesse inferno que muitos chamariam de lar, mas eu não vejo como um lar desde que a mamãe se foi.  Tenho trabalhado duro  para poder sustentar a casa já que o meu bendito pai não se dá o luxo de o fazer . Meu pai se interrou na bebida depois do acidente de carro que levou ela , desde então eu tenho sustentado essa casa para podermos sobreviver e pagar as dívidas que ele tem feito e ainda faz questão de jogar na minha cara que é só para isso que sirvo e que devo a ele por me dar teto e uma cama para dormir, enfim . Levanto a contragosto para me arrumar para a faculdade ao menos lá eu posso me sentir alguem . Vou ao banheiro e faço minha higiene matinal , tomo banho rapido e vou procurar algo para vestir , depois de alguns minutos encontro uma calça e uma blusa de frio pois aqui em Itália o frio nao perdoa , areumo meu cabelo em um coque , pego meu jaleco e bolsa e desco ja dando de carra com o senhor Arnald.

- bom dia pai- digo cumprimentando ele que nem se quer faz a questão de olhar na minha cara .

- bom dia para quem? Sua vagabunda- diz começando a rir de mim-  por mim vc ia e nunca mais voltava.

- esse é o meu desejo  desde que vc virou um alcoólatra imbecil que só o que faz da vida é beber e fazer dívidas para sua filha bastarda pagar . - falo isso com o rosto cheio de lágrimas, cansada dele e de suas atitudes.

- é para isso que vc serve pagar minhas dívidas .- diz se levantando e vindo para minha direção com o seu olhar de fúria e cheiro de álcool- sabe uma coisa Ranyah vc é uma puta,vagabunda que só reclama e reclama . - fala se aproximando de mim e acertando um tapa na minha cara , fecho os olhos sentindo o ardor na minha cara.  Mas não é isso que mais me dói, dói aqui dentro de mim por pensar que a pessoa que um dia chamei de pai foi capaz de levantar a mão para mim .

- Quer saber? Para mim ja chega, chega de sustentar uma pessoa que nem vc, egoista que apenas bebe e esquece que mora com gente em casa . Para mim ja deu , hoje mesmo saio desta casa e espero que vá para o inferno Arnald.-  digo já desabando e saindo de casa , entrando no carto e chorando ainda mais pelo o que aconteceu a minutos atrás , fico bons minutos la e quando sinto que realmente estou calma decido sair dali e dirijo até a faculdade.  No caminho ouço o meu telefone a vibrar olho para a tela e vejo que é a bella .

- bommmmm diaaa docinho - fala assim que atendo .

- bom dia bella , como vc consegue ser anima numa segunda- pergunto tapando o ouvido devido os gritos dela .

- meu amor isso daqui é o que se chama de ser feliz - fala já gritando e consigo ouvir no fundo a voz da mae dela mandando ela falar baixo.

- então eu estou precisando ser feliz -  digo  com o tom triste lembrando doque aconteceu hoje cedo . Bella é minha melhor amiga, ela me ajuda semprr no que preciso,sabe da minha situação até ja me ofereceu a casa dela para eu morar por um tempo.  Mas não aceitei, não acho certo eu ir para la sendo que tenho um lugar para isso mas apesar de ruso eu amo meu pai, e não sei que poderia deixar ele .

- é o seu pai de novo ranyah-- pergunta ja sabendo da resposta, apenas fico calada e sentindo as lágrimas se formarem- amiga vc sabe que pode vir dormir cá  por um tempo até conseguir outro lugar para morar .

- eu sei bella mas não sei se consigo, sei que ele me trata mal e faz coisas sem pensar.  Não sei se estou preparada para sair , embora eu queira e muito.  Não sei se é o momento.  Sem contar com as dívidas que ele tem que é muiro dinheiro.  - digo já estacionado o carro na minha vaga e encostando a cabeça no volante , de um certo modo a bella tem razão, eu preciso sair daquela casa , preciso fazer minha vida.  - vamos esquecer isso por enquanto bella- peço para ela  que responde  com o famoso " sim bela" .

oque vc acha de uma balada hoje depois do teu espediente na lanchonete .- pergunta toda animada e imagino que esteja dançando, pelo som que ela faz. Apenas lanço uma gargalhada forte pelo barulho que faz

-  gostaria mas não estou para clima de baladas hoje .- digo descendo do carro e caminhando até a entrada.  - cadê vc bella? Estou na faculdade e não vejo seu carro aqui .

- estou a uma quadra daí.  Não esqueci sobre a balada , ainda vou convencer vc de ir comigo- só oque me faltava , bella e suas baladas .

- nem pensar bella- subo o lance de escadas e entando na minha sala..- seja rápida que a aula já vai começar.

- tô chegando, beijo.- Desligou na minha cara antes que eu respondesse , vaca. Passam-se dois minutos e vejo bella sem folego devidoa corrida .

- a educação mandou cumprimentos bella- falo assim que ela se acalma.

-vai se foder Ranyah- diz mostrando o dero do meio e eu começo a rir .- Ranyah meu amor vc fez o dever ? Me ajuda.-falou suplicando e conhecendo bem a bella sei que ela passou o final de semana inteiro vendo sério.

- é claro que fiz e fiz um para vc porque eu sabia que vc nao fez nada bella, aqui. - digo entregando o documento .

- obrigada Ranyah não sei oque seria de mim sem vc- fala e pula no meu pescoço me enforcando -te ama amiga.
- que tal não me matar .- falo tentando respirar e me livrar do aperto dela que afrouxa assim que vê o professor entrando na sala.

- bom dia , hoje vamos de bandura e suas teorias, entreguem os trabalhos-  falou entrando na saula de aula animado como sempre.

O tempo passou mais lentro que uma tartaruga e eu não consegui me concentrar pensando no que bela me disse, eu realmente preciso sair daquela casa e viver minha vida e só assim conseguirei terminar a faculdade e me formar . Deu o sinal e saimos da aula com a bella falando do tal baile e tentando me convencer de ir , nao vi outra solução a não ser aceitar e ela foi já logo pensando no vestiário.

- eu pego vc hoje as 19:30 Ranyah - fala dando pulinhos de alegria - até logo ranyah hoje eu quero pegar varios boys.

- sucega ai oh safada, até logo bella. - falo me despedindo ela e indos para a lanchonete e trabalhar, tenho uma tarde cheia de pedidos e reclamações, terminei o meu espediente e ja eram quase 18 dirigi para casa para me arrumar ja sabendo que iria atrasar e iria ouvir umas poucas e boas da bella, dirijo ao som de  beowulf - savior , essa música sempre me faz lembrar a minha mãe  ela adorava, lembro dos momentos bons que a gente tinha sem perceber estou chorando de saudades daquele tempo, como eu daria tudo para que ela estivesse aqui .

Chego na minha rua e vejo uma movimentação muito estranha , vejo muitos carros e pessoas armadas fora e dentro da minha casa . Desço do carro e caminho até lá e pergunto a um dos seguranças.

- quem são vcs oque fazem na minha casa- pergunto canfusa e cheia de medo, mas sei que isso tudo deve ser culpa do meu pai. O filho da mae não me responde apenas me puxa para dentro sem ao menos falar nada .- me solta desgraçado, oque vc tá  fazendo- falo me debatendo na tentativa de me soltar mas ele é mais forte de queu e me arrasta para dentro . Dou de cara com meu pai sentado numa poltora com gente apontando armas na cabeça dele.

- quem são vcs , porquê amarraram ele- pergunto e tento me aproximar deles e sou barrada - : oque vc fez Arnald , me responde seu desgraçado. - falo olhando para ele que parece nervoso e com  medo , olho os seguranças e vou de encontro com as costas de um homem parado de frente para lareira. -: quem é vc

- ola princesa , como vai? Apesar de eu desejar muito me apresentar eu deixarei isso para o seu pai- fala apontando para ele . Nao consigo acreditar nisso, não sei quem é ele mas sei que é alguem muito perigoso.


----------------------------------

Oi amores , votemplsss e comentem ☆☆

Próximo capítulo 26/7/2021

Submissão perfeita Onde histórias criam vida. Descubra agora