Capítulo nove

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Drake

Eu tinha passado toda a noite, além de afogado em tantos outros pensamentos, aguardando por aquele telefonema que só chegou às sete e meia da manhã. Estava saindo do banho, ainda sem camisa, quando meu celular deixado sobre a cama tocou. Meu amigo Ryan foi quem me ligou para passar as novas informações obtidas.

E, por mais otimista que eu estivesse com relação à eficiência da minha equipe, eu não poderia imaginar que fosse receber uma notícia como aquela:

— Nós os achamos.

Sabia a quem ele se referia, mas não imaginei que fossem ser encontrados tão rápido. O homem que tentara sequestrar Aretha estava com um capuz cobrindo o rosto e sem nada que o identificasse de forma simples. Já a mulher era pouco mais do que um borrão visualizado através do vidro do carro.

— Quem são eles? — perguntei, aflito.

— São casados, e ambos têm antecedentes criminais. Joana e Brian Davis, trinta e oito e quarenta anos. Não têm filhos e moram aqui mesmo em Los Angeles.

— Tem o endereço?

— Tenho, dois dos nossos homens já foram até lá verificar. E eu também estou indo para lá. Você precisa continuar onde está, Drake. Não pode deixar Aretha sozinha, e acredito que não pretenda levá-la junto com você, não é?

Ele tinha razão, e eu odiava isso. Por mais que confiasse nos meus agentes, especialmente em Ryan, aquilo era algo que eu preferia fazer pessoalmente. Precisava saber as intenções daqueles dois com aquele sequestro e, acima de tudo, qual ligação eles tinham com o assassino.

Possivelmente eles seriam capazes de me levar até ele.

Abri a porta e saí do quarto, caminhando pelo corredor enquanto falava ao telefone.

— Você está certo. Mas eu preciso que me mantenham informados sobre cada passo.

— Fique bem tranquilo quanto a isso. Aparentemente, eles são dois peixes bem pequenos nessa situação. Pode ter certeza de que eles vão colaborar, não vão querer que a polícia seja envolvida no caso.

— E nem eu quero, aliás. Preciso chegar a esse maldito antes que ele seja preso.

— Se ele for preso, vai pagar pelo que fez, Drake. Fique tranquilo quanto a isso.

— Sabe bem que isso não é o bastante, eu o farei pagar.

Ryan apenas suspirou, mas não insistiu em tentar me fazer mudar de ideia. Ele sabia bem que isso não aconteceria.

— Já estou chegando ao local, Drake. Entro em contato logo que tiver novidades.

— Obrigado, amigo.

Despedimo-nos e desliguei a ligação. Ainda olhando para o aparelho celular em minhas mãos, girei o corpo para voltar pelo corredor no caminho por onde tinha vindo. Nesse momento, no entanto, acabei esbarrando em algo.

Algo tão pequeno e frágil que não me causou nada mais do que um leve impacto. Ela, no entanto, se desequilibrou e começou a cair. Agi rápido, segurando-a pelo braço.

Aquele contato das minhas mãos com os braços dela pareceu ter causado uma descarga elétrica em minha pele. Ela piscou algumas vezes, assustada com o impacto, e levantou o rosto, encontrando meus olhos com os seus.

Protetor - A Vingança do meu Guarda-costas [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora