Capítulo um

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Drake

Um ano depois.

Através das paredes de vidro do meu escritório localizado em um dos prédios mais altos de Los Angeles, era possível ter uma vista privilegiada na cidade, em toda a sua imponência. Ali de pé, eu observava os enormes edifícios e avenidas movimentadas e isso quase me convencia de que a vida continuava em constante movimento.

Embora, para mim, era como se ela tivesse parado completamente há um ano.

Mesmo que tudo em minha rotina tivesse mudado completamente.

Ouvi batidas em minha porta e virei-me para lá, anunciando que poderia ser aberta. Em segundos, Susan, minha secretária, entrou.

— Senhor Carter, o senhor Tyler já chegou. Posso autorizar a entrada?

— Sim, por favor.

Enquanto ela retornava à recepção para permitir a entrada de James Tyler, eu voltei até a minha mesa e me sentei. Como CEO e dono da empresa, negociar diretamente com clientes não era uma atribuição minha, mas existiam algumas exceções. As informações que chegaram a mim eram que o homem que fazia questão de conversar diretamente comigo era o empresário de uma das estrelas mais populares de Hollywood. Conhecer – mesmo que muitas vezes apenas por nome – pessoas famosas era parte do meu trabalho, já que a Evet Security era responsável pela proteção de uma lista interminável de astros. Porém, o nome Aretha Tyler tinha para mim um pouco mais de proximidade.

Eu sabia que ela tinha atualmente a mesma idade que minha irmã teria por um motivo: Emma fora, desde criança, uma grande fã da estrela mirim com a qual tanto se identificava. Isso quer dizer que, apesar de ser cinco anos mais velho, eu próprio tinha passado parte da infância e toda a minha adolescência ouvindo minha irmãzinha falar de Aretha Tyler praticamente todos os dias.

Era, inicialmente, o programa infantil que Aretha apresentava na TV, e em meio a isso vinham os filmes que Emma queria que minha mãe a levasse ao cinema para assistir, os produtos licenciados, os DVDs, até mesmo os cadernos de escola dela tinham a foto de Aretha. Já eu, estava focado em outras coisas, em outros artistas, a outros gêneros de cinema.

Ainda assim, o nome da atriz foi durante tantos anos tão repetido pela minha irmã, que sempre me remetia a ela.

E eu não imaginava que, depois de sua morte, o empresário de sua artista favorita estivesse indo me procurar. Pensei no quanto Emma vibraria com aquilo, mesmo já adulta.

Aparentemente, minha empresa seria contratada para cuidar da segurança de Aretha Tyler. Não haveria qualquer outro motivo para aquele homem me procurar, no fim das contas. Esse era o meu negócio: oferecer proteção às pessoas.

Ironicamente, eu não tinha sido capaz de fazer isso com a minha própria irmã.

A porta voltou a se abrir e o homem entrou. Era um sujeito alto – embora um pouco mais baixo do que eu – e aparentava ter algo em torno de cinquenta e poucos anos. Eu me levantei e o cumprimentei, indicando para que se sentasse na poltrona do lado oposto da minha mesa onde voltei a me sentar.

— Obrigado por me receber, senhor Carter. Sei que é um homem ocupado, e estou grato por ter um tempo de sua atenção.

— Confesso que não costumo tratar diretamente com meus clientes, mas o senhor insistiu bastante, então concluí que tem em mãos uma situação... especial.

Ele assentiu e olhou ao redor, como se quisesse checar se não havia alguma porta aberta ou mesmo uma câmera ou escuta escondidas em algum lugar. O que quer que ele tivesse para me dizer, aparentemente era algo realmente sigiloso.

Protetor - A Vingança do meu Guarda-costas [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora