The Exorcism of Emily Rose

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O casal Warren foi levado diretamente da Basílica para o Palácio Apostólico. Saindo de Roma e entrando na Cidade do Vaticano, através de um método não convencional, atravessando por dentro os prédios sagrados.

- Padre Lucas, aonde estamos? — Lorraine questionou ao homem que seguia na frente os guiando pelos túneis.

- Esses túneis foram construídos a mais de quatrocentos anos, como uma rota de fuga para os Papas. Não são muitos usados atualmente, pelo menos não era até alguns dias atrás — O padre contou sabendo que viria uma enxurrada de perguntas em seguida.

- Padre, o que exatamente aconteceu? Por que eu e minha esposa fomos chamados? — Ed finalmente perguntou. Ele havia respeitado a o desejo do homem santo quando o mesmo informou que explicaria assim que eles estivessem no local adequado. Mas Ed e Lorraine caminhavam há quase dez minutos e em silêncio pelos longos túneis úmidos e mal iluminados. Era hora de saber o motivo.

- Não fui eu quem chamou vocês, apenas fiz a ligação. Agora, façam silêncio ou vão atrair a atenção indesejada — O senhor respondeu grosseiramente sem sequer olha-los ou parar no caminho. Ed suspirou irritado com o ar misterioso do homem, ele poderia estar colocando a sua amada esposa em perigo e nem ao menos saberia antes que fosse tarde demais.

Após caminharem por mais longos minutos sem respostas, finalmente o corredor foi clareando e se tornando mais arejado, com uma brisa suave. O casal saiu em uma espécie de hospital improvisado. Haviam muitas camas colocadas lado a lado e todas estavam ocupadas por enfermos.

Lorraine se sentiu mal instantaneamente. Uma dor de cabeça incômoda a machucando lentamente. A energia do local era pesada, como se o corpo da clarividente pudesse drenar todo a dor ao seu redor. Ela notou que a maioria das pacientes do local eram mulheres, provavelmente freiras, em todas as faixas de idade. Aquilo lhe trazia a mesma sensação que sentiu em sua visão.

- Que tipo de lugar é esse? — Ed questionou surpreso olhando ao redor. Nunca foi de seu conhecimento um hospital dentro do Palácio Apostólico.

- Você me perguntou por qual razão foram chamados. Se fosse por mim, vocês não estariam aqui, mas o Padre Burke exigiu a presença da sua esposa — O homem respondia finalmente tudo que o casal ansiava para saber.

- Padre Burke? Nunca ouvimos esse nome antes. Como ele conhece a Lorraine? — Ed perguntou cada vez mais confuso.

- Recebemos alguns dias atrás o seu relatório sobre um caso em Enfield, Inglaterra. Onde sua esposa sozinha enfrentou e expulsou um demônio poderoso. O Padre Burke, tem um interesse particular naquele demônio... Valak — Padre Lucas pronunciava o nome do ser em um latim perfeito, apesar do medo em dizê-lo alto.

- Não entendo, Lorraine o baniu, ele não deveria ser capaz de retornar e atormentar o Vaticano em tão pouco tempo — Ele conversava, mas observava a esposa com o canto dos olhos. Lorraine ouvia toda a conversa ao mesmo tempo que andava observando com zelo as vítimas de uma grande tragédia ainda desconhecida.

- Sra. Warren me perguntou sobre os túneis há pouco. Eles foram construídos em 1527... — Assim que o Padre falou a data, a mulher se virou de imediato recordando da data.

- O que aconteceu em 1527, Padre? — Lorraine se aproximou com cuidado. Seu sexto sentido a informou que não era algo bom. Apesar de todo glamour da cidade eterna, a Cidade do Vaticano por si só tinha um clima sombrio.

- O saque de Roma. Foi devastador, o império germânico massacrou toda a vida que existiu. O principal alvo era o papa Clemente VII, que fugiu pelos túneis. Quando os soldados não o encontraram, descontaram naqueles que devotaram sua fé a cristo. Freiras foram violadas, igrejas destruídas, padres e monges como eu foram assassinados — Cada palavra do Padre chocava o casal. Lorraine sentiu Ed a abraçar por trás, tentando com carinho evitar que a histórica batesse cruelmente na esposa.

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