O sangue e a ruína (pt 1)

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Hello, it's me~

Como vão, meus amores-mores?

10 dias é mais rápido que um mês, posso tentar manter essa média, com certeza~
Nesse capítulo o sistema de Aurora será descrito mais um pouquinho (não nego, estou adorando criar isso, cada detalhezinho que ponho a mais na existência dessa ilha é um pedaço da minha alma de algodão doce).

Aviso: este capítulo contém, novamente, apenas a menção de assédio.

Por favor, perdoem e avisem, se possível, qualquer erro.

Boa leitura!

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De início, quando Hyunjin invadiu a área de treino chamando por si e por Felix a plenos pulmões, Seungmin se sobressaltou de susto, também vendo os olhos de todos ao redor se voltarem em sua direção.

Ele esperou a ordem, talvez um chamado de alguém da Corte por auxílio ou mais alguma coisa que esquecera de fazer no Back Door, ao ter a responsabilidade do navio jogada sobre si sem aviso prévio. De ambas as opções, ele apenas não esperava um pequeno pedaço de papel amarelado sendo estendido para si, as letras em caligrafia inconfundível formando um pequeno verso carregado de ternura, ainda que com uma mensagem em suas entrelinhas.

Ele não precisou de muito para entender que o Easy estava voltando. Muito menos que eles não deviam estar há mais de algumas horas longe do porto, provavelmente chegando ao anoitecer.

Felix também foi avisado, mesmo que pouco tempo antes da chegada do barco, mas Seungmin mal percebeu se ele estava ou não indo para o mesmo lugar que si ao invadir o porto naquele início de noite, correndo para subir com os dois pés sobre o curto mastro de cordas, de forma que sua visão fosse ampliada a ponto de ver o grande barco que já se aproximava da entrada escondida da caverna.

Estava ansioso - às vezes não deixava isso muito claro, parecia que não sentia. Mas sempre que sabia que estariam juntos de novo, se sentia terrivelmente ansioso. - e ficou ainda mais quando a rampa abaixou e pôde subir à bordo com velocidade. Porque o alfa que corria em sua direção, o homem de coração maior do que o próprio peito que o Easy lhe trouxera há poucos anos, que parecia capaz de abarcar todo o planeta em seus braços...Seungmin o amava.

Ele o amava tanto.

Não tinha certeza se Chan sabia disso, que o ômega sentia seu peito apertar de tão avassalador que era o sentimento, mas essa era a maior verdade que existia em sua vida. Mesmo com os exemplos de carinho, os casamentos e ligações que via de perto, nunca imaginara que se uniria a alguém tão doce quanto Christopher. E não se arrependia.

Por deus, ele realmente não se arrependia.

Assim que o outro o libertou do beijo, mantendo as bocas ainda a poucos centímetros de distância, o Jeong-Song acariciou-lhe a nuca, fazendo um calor gostoso correr daquele ponto até o final de seus pés. Eles ficaram ali, perdendo a noção do tempo sem que percebessem, envoltos demais na bolha morna que a troca de calor do abraço proporcionava.

- Senti sua falta. Não sabia que ficar esperando em terra poderia ser tão chato.- Seungmin falou, após um período de silêncio confortável em que apenas seus narizes se encostavam. Ele deixou mais um selinho nos lábios do namorado, sentindo-o sorrir contra o gesto. - Você poderia ter me dito isso antes.

- Poderia. Mas para quê? Você não pode simplesmente voltar correndo por causa disso, há coisas para fazer no Back Door. Eu posso aguentar algumas semanas.

O Jeong-Song bufou, quase em uma birra, deixando que sua testa pendesse e se apoiasse no ombro alheio. Era confortável.

- Não gostei da ideia. Vou dar um jeito de mudar isso.

Filhos da AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora