Confiança cega

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Edit(08/07/2024): O título original deste era "Sobre partidas e confiança cegas", mas minha persona em fase minimalista resolveu reduzir. E um aviso que eu deveria ter dado desde a primeira postagem: Neste capítulo há menção a aborto espontâneo. Recomendo cuidado ao ler. 

Oieeeeeeeeeeeeeee.

Aqui está uma autora excessivamente animada em plena meia noite, alguém me para.

Capítulo recém saído do forno, a revisão foi (tentou ser) feita, mas sempre passam alguns errinhos de digitação e na hora de colar, então, caso possam (por favor), me avisem.

Boa leitura, doces!~

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A manhã começou em Aurora com um clima muito mais leve do que a Corte imaginava.

Com a diminuição dos ânimos, a poeira e o medo se acalmando frente as atividades noturnas, se sentiam muito mais calmos e racionais para enfrentar os dias que se seguiriam.

Mesmo que o temor permanecesse reinando, com o medo se infiltrando nos nervos de todos, se viam mais confiantes nas habilidades do Back Door. Afinal, quando se ignorava os parentescos e sentimentos, observando secamente apenas a formação da tripulação, tratava-se de um dos navios mais fortes de toda a ilha. Eles tinham treino e poder de fogo, tamanho e velocidade, estratégias precisas e uma liderança firme.

Era o bastante para fazer três tripulações temerem. O melhor que tinham.

Os herdeiros se dispersaram pelo lugar logo após o café da manhã, encontros esporádicos ocorrendo sempre que precisavam estar no mesmo lugar para cumprir suas funções.

Enquanto Hyunjin terminava de analisar os mapas, traçando uma rota minuciosa, Seungmin buscou verificar e trocar algumas velas e Jeongin e Felix, com a ajuda de Changbin, se ocuparam reunindo os marujos e passando a situação, recebendo afirmações imediatas daqueles que concordaram em navegar.

Para a sua surpresa, a grande maioria da tripulação não hesitara. Alfas, ômegas ou betas, todos estavam em prontidão para zapar à primeira ordem.

Fora gratificante e, ao mesmo tempo, pressionara seus corações a menos que o tamanho de um punho fechado. Era preciso muita lealdade para aceitar sair assim tão depressa, deixando para trás os amigos e as famílias que tanto ansiavam ver desde a última viagem. E para quem não tinha tanto tempo no mar, os herdeiros não esperavam ter tanta.

Xion só sairia da estufa quando o Sol estivesse quase se pondo, para terminar, em companhia do pai, os últimos poucos lotes dos medicamentos mais complicados que poderiam precisar.

Ele não aparecera para comer, tampouco Hwanwoong ou Ravn e Dongmyeong. De todas as famílias, eles eram os mais silenciosos. Mantinham para si as preocupações e dores, cada um com sua mágoa silenciosa presa no fundo da garganta e sem pretensão alguma de externá-la. Os gêmeos principalmente.

Já Jisung estava completamente perdido em meio à movimentação. De novo.

Ele tentava acompanhar Minho pela ilha, a passos rápidos, os galhos e folhas estalando sob os pés de ambos. O capitão fizera tantas coisas diferentes em um curto espaço de tempo que mal se recordava mais do que fora resolvido primeiro.

Havia ajudado como podia durante a organização pela parte da manhã, carregando caixas e barris com comida, bem como parte do restante de pólvora que havia nos estoques, pois o Back Door não poderia navegar desprotegido.

Já quando virou a tarde, as horas praticamente correndo, Minho verificara a condição das armas, as lâminas das espadas, calculara o peso máximo que o Back Door suportaria e ordenara a retirada de parte dos pesos inúteis para uma viagem tão curta. A atividade demandara uma quantidade tão grande de tempo e pessoas que o Han ficara assustado.

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