Unilateral

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Olá, meus amores~

Primeiríssimo de tudo, queria desejar um grande Feliz Natal para vocês, que a energia dessa época do ano seja capaz de contagiar cada um e alegre os coraçõeszinhos. ❤

Em segundo lugar, tenho algumas observações:

- Esse capítulo pode conter gatilhos leves, citações. Eu nem tinha certeza sobre se devia colocar o aviso, mas vai por via das dúvidas.

- Existe uma parte que está entre aspas e pertence a uma fala de um personagem, por isso está toda em primeria pessoa. Não tenho muito costume de fazer assim, pela forma como organizo o texto, mas me pareceu melhor nessa ocasião, já que quebrar ficaria difícil.

- Perdoem os erros.

Fora isso, tenho apenas que dizer:

Boa leitura, doces!~

------------------------------☆☆------------------------------

Demorou um tempo incontável, entre dias e noites que pareciam não passar no porão desprovido de luz, até que Seungmin parasse de sentir os supressores queimarem sua corrente sanguínea, o efeito parecendo menos incômodo com a aplicação recorrente.

Com isso, foi capaz de perceber muitas coisas ao redor que antes não tinha raciocinado direito, por exemplo: Seu irmão estava há tempos quieto, calado, apenas observando a movimentação de quem ia e vinha nas escadas em frente à cela e cada mínima palavra trocada por Xion com alfa asiático que volta e meia os visitava, sempre parecendo carregar medicamentos ou uma porção a mais da comida que eles provavelmente tiravam de suas cozinhas.

O Jeong-Song mais novo não confiou em Keonhee de primeira. 

Desconfiava de tantos bons atos em sequência, e mais ainda de quem servia a uma nação tão distante daquela em que nascera. Em sua cabeça, a conta não batia.

Porém, com o arrastar do que ele julgara serem dias, o homem não ultrapassou nenhuma das linhas limite que demarcavam o aceitável, muito menos deu indícios de que falava qualquer coisa diferente da verdade.

Em suma, ele parecia muito gentil e determinado até demais. E Seungmin, sabendo e concordando com Dongju sobre não terem mais ninguém em quem confiar, se resignou a não passar mais tempo descofiando em demasia de quem fazia de tudo para ajudar aqueles dentre eles que estavam mais debilitados.

Mesmo com todos os cuidados, trocando tecido após tecido na tentativa aliviar, aquela parte do porão do Back Door era extremamente suja e o ar úmido e abafado também não ajudava em nada a situação já precária.

Então, não demorou muito para que uma das maiores preocupações de Xion se concretizasse: os pontos de Jisung infeccionaram. Mesmo constantemente limpa, a área estava terrivelmente vermelha. E Seungmin não fazia ideia de como o Han estava conseguindo suportar sem reclamar da dor que aquilo causava.

Mas ele estava.

E no mesmo silêncio contemplativo que o alfa a quem se ligara, Jisung obrigou que as atenções da cela saíssem de si, insistindo que estava bem, para focarem no único que há dias não demonstrava sinais de melhora.

Jeongin estava queimando em febre ininterrupta, ao ponto em que a pele, agora pálida pela falta de exposição solar, ficava avermelhada em seu rosto. Em intervalos imprevisíveis, frente ao efeito do que vinha lhe sendo forçadamente aplicado, o corpo cada vez mais magro sacudia em espasmos, fortes o suficiente para ter que ser segurado para impedir que se machucasse ainda mais.

O Yeo-Kim já os explicara o que ocorria, toda a questão do lobo naturalmente lutando com fúria contra os supressores e a barreira imposta, e como se agravava com a inconsciência do rapaz e o trauma que a precedera.

Filhos da AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora