Narrador POV
Demorou alguns minutos, mas ela finalmente conseguiu chegar ao prédio onde estava hospedada. O porteiro ficou confuso com aquilo, mas depois de uma falsa história, ajudou Toni a carregar a garota até o elevador. Chegando no 6° andar, aproximou da porta, e chutou com força até que Verônica viesse atender.
Quando isso aconteceu, entrou rapidamente, colocando a desconhecida deitada no sofá. Deu um suspiro de alívio ao tirar aquele peso, literalmente, de cima de sí. A garota era leve mas Toni não era tão forte assim.
- Quem é essa garota? Porque ela está inconsciente? E porque você a trouxe pra cá? - atirou várias perguntas enquanto Toni se jogava no outro sofá.
- Eu estava voltando do supermercado, mas pra cortar caminho decidi vir pela rua de cima. Foi quando eu vi essa garota sendo expulsa de casa por alguém que eu não pude ver mas tenho certeza que odiava ela com todo o coração. Eu tentei ajudar mas quando eu me aproximei ela ficou assustada e correu, acabou tropeçando e desmaiando. Eu não tinha outra escolha a não ser trazer ela pra cá. - explicou. Verônica ainda a encarava seriamente e confusamente.
- Eu só não te bato porque foi um ato muito bonito ao ajudar o próximo. - se sentou ao lado dela. Suspirou. - O que vamos fazer?
- Vamos esperar ela acordar. - disse simples, entregando a sacola de biscoitos para a amiga, que abriu um e começou a comer.
Depois de mais ou menos uns cinco minutos, a garota de cor pálida acordou, estranhando o local desconhecido onde estava. Piscou algumas vezes e olhou ao redor, tentando se acostumar com a claridade. Essa movimentação tomou a atenção das garotas que observaram cada movimento dela.
Toni POV
- Hey, você acordou!
Comentei aliviada. Ela me encarou e se sentou no sofá rapidamente, se encolhendo num canto dele.
- Não precisa ter medo, não vamos te fazer mal.
Me sentei ao seu lado. Parei pra reparar mais um pouco nela, ela tinha lindos olhos castanhos que no momento transmitiam uma cor mais escura. Seus olhinhos formaram lágrimas e ela abraçou seus joelhos sem desviar o olhar do meu. Bem lentamente eu fui me aproximando mais dela.
- Não precisa chorar, eu sei que você está com medo. - ela fungou. - Não vamos fazer nada com você. - afirmei.
- Qual o seu nome? - Verônica indagou. Ela negou com a cabeça.
- Não quer falar? - questionei. Negou novamente. - Bem, quer tomar um banho, comer alguma coisa? - concordou. - Sabe tomar banho sozinha?
- Toni, que tipo de perg...- Ronnie se calou ao ver que a garota fez "não" com a cabeça.
Olhei pra Verônica que olhou pra mim e negou com a cabeça.
- Não! Eu não vou vou fazer isso. Você a trouxe pra cá e vai ser você que vai arcar com as consequências! - falou apontando o dedo pra mim. Suspirei e voltei meu olhar pra garota.
- Bom, vamos lá? - a garota assentiu e eu me levantei estendendo minha mão pra ela. A garota foi receosa, mas segurou, se levantando também.
Subi as escadas ajudando ela a fazer o mesmo, ela tinha dificuldades por conta dos seus pés que pareciam estar doloridos. Seguimos no pequeno corredor e eu abri a porta do meu quarto, deixando ela entrar primeiro. Fechei em seguida.
Ela observou cada canto, mas não fazia nada e nem falava nada. Eu entendia que ela ainda estava receosa, até porque não é todo dia que você é bem recebido por desconhecidos que você não tem certeza se vão te matar ou não.
- Hey...- chamei abrindo a porta do banheiro. - Vem cá!
Ela se aproximou entrando no local.
- Pode tirar a roupa? - indaguei. Ela arregalou os olhos. - Eu não posso te dar banho de roupa.
Nos encaramos por alguns segundos. Ela, lentamente tirou sua blusa, e logo em seguida os shorts que usava. Tapei a boca quando notei bastante machucados em seu corpo, o que faziam com ela naquele lugar? Percebi sua dificuldade com o sutiã, então por isso a ajudei a tirar as peças íntimas. Evitando olhar o máximo possível.
Abri o chuveiro e apontei pra que ela entrasse, deixei água morna molhar seu corpo e peguei o shampoo, começando a lavar seus cabelos que estavam bem sujos. Ela era mais baixa que eu então eu não precisava me esforçar pra alcançá-la, mesmo eu sendo um pouco baixinha também. Eu era um pouco mais alta que ela.
Depois de lavar seus cabelos, eu passei sabonete em seu corpo sem demorar muito, principalmente em suas partes íntimas. Tomei cuidado também com seus machucados já que alguns eram recentes. Quando terminei, eu a enrolei em uma toalha e voltei com ela pro quarto. Eu emprestei uma roupa minha pra ela e ajudei a mesma a se vestir, pois ela não estava conseguindo.
Sequei seus cabelos com a toalha e os penteei também. Guardei as coisas e voltei com ela pra sala onde Verônica assistia televisão.
- Ronnie, que horas são? - perguntei, ela olhou no seu relógio de pulso.
- São 11:14. - voltou a atenção pra TV.
- Você não vai trabalhar? - perguntei me sentando e puxando a garota pra se sentar ao meu lado.
- Então, Toni, era sobre isso que eu queria falar com você. - pausou a série e se virou pra mim. - Eu me demiti.
- Você o quê? - quase gritei.
- Calma, eu me demiti por causa de uma oferta de emprego em uma empresa, vou ganhar o triplo ou até mais do que eu ganhava no meu emprego antigo. - explicou.
- Como isso aconteceu? Assim, do nada.
- Eu estava trabalhando quando um cara de terno veio falar comigo e me propôs esse emprego. Ele me disse que a dona da empresa, Betty Cooper, estava procurando uma secretária e disse que eu ganharia muito bem. Então, é óbvio que eu aceitei, não poderia deixar essa chance passar.
- Sem fazer entrevista de emprego? - questionei.
- Claro que não! Ele me entrevistou ontem mesmo, e por incrível que pareça, eu consegui ser aprovada.
- Quando você começa?
- Amanhã, às 8:00. - concordei. Olhei pra garota ao meu lado que estava quase dormindo sentada.
- Você quer dormir? - ela assentiu. Me levantei novamente e a levei para o quarto.
A coloquei deitada na cama e a cobri com a coberta. Liguei o ar condicionado e fechei as cortinas pra que o sol não batesse em seu rosto. Quando iria me retirar, eu ouvi sua voz rouca e ao mesmo tempo fofa.
- Cheliu. - olhei pra ela vendo ela forçando os olhos a ficarem abertos.
- Como? - me aproximei.
- Cheliu. - apontou pra si mesma.
- Seu nome é Cheryl? - assentiu - Prazer Cheryl, meu nome é Antoinette mas pode me chamar de Toni.
- Tee-Tee.
- Ou assim. - ri e ela sorriu de canto. - Agora durma, bom sonhos!
Assim que ela fechou os olhos e dormiu, eu desci pra cozinha e lá deixei o almoço preparado. Voltei pro quarto uns bons minutos depois e tomei um banho rápido, me vesti com o uniforme do trabalho e me despedi da Verônica. Saindo de casa em seguida.
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hey baby! (Choni infantilismo)
FanfictionCheryl teve os pais assassinados quando tinha apenas 3 anos de idade. Sua guarda foi dada a tia que odiava o jeito infantil da garota que de acordo com os anos,por mais que tenha crescido,desenvolveu infantilismo. Sua tia um dia se cansou de aturar...