18 - Basement

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Narrador POV

- Cherry nom qué ficá ati! - a pequena dizia entre soluços.

- Você vai ficar aqui até eu conseguir o que eu quero! - a mulher a jogou em um quarto escuro com apenas um colchão e uma janela que fechava e abria por dentro.

- Se tentar fugir vai sofrer as consequências.

Então a pequena desabou no chão chamando baixinho por sua Mommy.

(...)

Toni POV

2 semanas sem meu bebê,duas semanas de insônia, duas semanas sem comer direito,duas semanas sem minha vida,duas semanas sem meu mundo.

- Top,você precisa comer! - Verônica falou pela terceira vez.

- Eu não quero! - falei baixo me afundando nas cobertas e abraçando o ursinho da Cherry.

- Eu sei que tá sendo duro pra você não ter a Cheryl aqui,acredite eu também estou bem mal,mas você precisa comer!

- Eu não tô com fome! - falei tentando ser firme mas logo minha barriga roncou.

- Parece que seu estômago não concorda. - se aproximou - Vamos, Toni! Só um pouco.

- Tá bom! - bufei - Traz pra mim?

- Ok. Vai tomar um banho e se ajeitar enquanto eu vou lá colocar sua comida. - assenti meio sem vontade e me levantei indo para o banheiro.

Me olhei no espelho e quase tomei um susto com o meu reflexo. Eu estava péssima,com os cabelos bem bagunçado,cara de cansaço e olheiras em baixo dos olhos.

Segui para o box e tomei um banho rápido mais relaxante,lavei meus cabelos e os penteei. Coloquei um moletom da Cherry e um short antes de voltar a deitar na cama abraçando o ursinho.

- Voltei, Toni! - Vee entrou no quarto com um prato e um copo de suco nas mãos.

- Obrigado, Vee! - me sentei pegando o prato da sua mão e começando a comer enquanto ela pôs o copo em cima do criado mudo.

- Não fica assim, Toni! - fez carinho em minha perna.

- Não tem como não ficar desse jeito, Vee! Eu preciso dela aqui,eu preciso encontrá-la! - falei

- Toni,você não sabe pensar,não? - falou em um tom de deboche e eu a olhei confusa - Você não tem ideia de quem mandou pegá-la,mesmo?

- Eu...

- Vamos raciocinar. - se sentou ao meu lado
- Primeiro a tia dela veio até aqui perguntando sobre ela,segundo um cara a reconheceu por causa de cartazes espalhados pela cidade,e por último uns homens vieram até aqui raptá-la. Juntando tudo isso, a tia dela contratou homens para procurá-la em todo canto, aquele cara que a reconheceu com certeza era contratado pela tia dela.

- Como você tem certeza? - ela bateu

- Toni,você é burra ou o quê? A falta de sono tá te afetando! - revirei os olhos.

- Você lembra onde encontrou a Cheryl?

- Sim,lembro! - falei.

- Então,termina de comer e se arruma. - falou antes de sair do quarto.

Terminei de comer e coloquei uma calça jeans preta e uma blusa de frio da mesma cor, Verônica entrou no meu quarto vestida não muito diferente de mim,mudando apenas a cor do moletom.

- Verônica,porque mandou eu me arrumar? - perguntei confusa.

- Porque vamos sair! - falou como se fosse óbvio.

- O quê,tá louca? São quase duas da manhã! - falei.

- Por isso mesmo,vamos pra casa da tia da Cheryl. - me puxou pela mão até a parte de fora da casa.

- Eu não sei se a Cherry vai estar lá. - falei sentindo meu coração doer só de lembrar dela.

- Mas não custa tentarmos! Vamos logo! - assenti e então começamos a caminhar pela rua.

(...)

- É aqui? - perguntou e eu assenti.

- Sim,mas eu não sei como entraremos sem ser vistas. - falei olhando ao redor.

- Tem uma porta aqui,olha! - andou pra perto de uma porta de madeira de tamanho médio que estava presa no chão entre a grama.

- Tá fechada! - falei bufando enquanto tentava puxar a porta - Hey,escutou isso?

- Isso o quê? - aproximei meu ouvido da porta ficando um pouco inclinada.

- Parece barulho de choro...- falei - A Cheryl tá aqui!

- Mas pra onde isso leva? - neguei com a cabeça.

- Não sei, deve ser o porão. - falei procurando qualquer ferramenta que pudesse ter ali perto.

- Olha, Toni! - olhei pra Verônica que estava levantando o carpete - Tem uma chave aqui!

Balançou a chave se aproximando de mim e me entregando o objeto.

- Que tipo de sequestradores eles são? - perguntei colocando a chave na fechadura

- O tipo dos burros. - respondeu simples enquanto eu girava a chave

- Abriu! - falei animada abrindo a porta - Tá escuro,me dá seu telefone.

Ela me entregou o aparelho e eu liguei a lanterna do mesmo iluminando a escuridão,comecei a descer as escadas que haviam ali e Verônica me seguiu.

Quanto mais andávamos o barulho do choro aumentava,segui o barulho até encontrar uma porta que estava trancada.

- Droga! - xinguei baixinho.

Escutei um barulho e logo vi a porta destrancada.

- É,parece que a chave serve pras duas portas. - Verônica falou simples

- Amo você, Vee! - falei antes de abrir a porta lentamente.

O lugar só possuía uma luz fraca iluminando um pouco,avistei um pequeno ser encolhido perto da parede e logo reconheci.

- Cheryl!

hey baby! (Choni infantilismo)Onde histórias criam vida. Descubra agora