Capítulo XXIII: Paraíso

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A Corvinal havia ganhado o jogo contra a Lufa-lufa, o que era motivo de celebração para Grace Parker, melhor amiga de Belle. Com isso uma festa fora organizada no salão comunal da casa e Bel, por ser uma pessoa um tanto “popular” e amiga de uma corvina do último ano, havia conseguido ser convidada. E lá estava ela, na frente da estátua de uma águia falante que dava entrada para a comunal.

— Tem certeza que isso vai dar certo? — Questionou a garota após sua amiga responder a charada da estátua, vendo a porta da comunal se abrir. Belle era meio inconsequente, mas não louca para se meter em problemas a toa.

— Claro que vai — respondeu Grace, puxando a amiga pela mão e entrando no salão da Corvinal.

A sala ampla e circular estava abarrotada de alunos, todos rindo ou dançando com a música alta que circulava no ambiente. Os jogadores da equipe estavam em um canto, recebendo os elogios e parabéns pela vitória do jogo. Ao longe alguns casais namoravam, sem se importar com os olhares dos outros, entre as estantes da biblioteca particular da casa.

— Eu já volto — informou Grace e saiu antes que Belle conseguisse protestar. Ela então foi até um divã, sentando-se em um dos braços e esperando pela amiga, sentindo-se deslocada.

— E aí, Belle — cumprimentou uma dupla que passou por ela e a garota acenou em cumprimento. Não fazia ideia de quem eram, mas provavelmente eram alguns integrantes do grupo que vivia seguindo Fleur em seu tempo em Hogwarts.

Não era a única pessoa que não era da casa presente naquela festa pelo menos. Alguns lufanos e mais duas pessoas da Sonserina do sexto ano estavam presentes. Os corvinos não se incomodavam tanto com a presença dos alunos de outras casas, mas optavam em chamar apenas os maiores de idade para não sobrar problemas para eles. Uma escolha bem inteligente, pensava Bel.

— Aqui — Grace voltou, trazendo consigo dois copos cheios de um líquido azul escuro bem suspeito. A amiga se aproximou para falar em seu ouvido. — Não espalhe, mas o Max conseguiu fazer um ponche com um pouco de uísque de fogo.

— Nossa — ela pegou o copo que lhe foi estendido e ergueu para o alto em um brinde. — Ao Max, nosso herói!

— Ao Max — Grace lhe acompanhou e as duas beberam o líquido. A careta de ambas mostrou o quão forte estava a bebida.— Nossa! — A loira tossiu por conta do líquido que desceu queimando. — Acho que o Max exagerou.

— Você acha? — Belle perguntou descrente e apertando os olhos. A amiga riu. A Carter encarou o ponche antes de cheirar o líquido e se voltar para Grace. — Por que, por Salazar, isso está azul?

— Eu não faço ideia do que tem aqui — respondeu Grace negando com a cabeça e Bel riu.

Max era o mesmo rapaz com quem Grace havia ido ao baile de inverno no ano anterior. Um amigo bem próximo da loira, mas com quem Belle não possuía muito contato, apesar de achar o rapaz simpático e bem divertido.

— E então? Recebeu alguma resposta daquela gravadora? — Questionou Belle enquanto cruzava as pernas.

— Minha mãe me escreveu esses dias dizendo que pediram algumas demos essa semana — respondeu a Parker enquanto brincava com um guarda-chuva decorativo de papel em seu copo. — Ela enviou e agora é só esperar.

— Vai conseguir. É a pessoa mais talentosa que eu conheço — disse sorrindo e viu a melhor amiga lhe acompanhar.

— Mesmo que não consiga gravar um álbum, ainda vou continuar cantando. É o que eu gosto de fazer — Gray deu de ombros e bebericou sua bebida azul.

— Queria pensar da mesma forma que você — comentou a Carter. — Não sei o que farei se não conseguir continuar dançando.

— Olá, meninas! — Max surgiu com roupa de atacante de quadribol, interrompendo a conversa das amigas. Pela forma que o rapaz falava já devia estar bebendo há algum tempo.

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