Capítulo XXV: Adeus, Hogwarts

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Belle passou a Páscoa na casa de sua avó, na França, com sua mãe. Como as duas haviam combinado no Natal, finalmente passaram o feriado juntas. Delphine estranhou o comportamento de sua filha, achando-a abatida por alguma razão. A Carter tentava esconder da melhor maneira possível, apesar de nem sempre conseguir.

Não quis contar para sua mãe sobre o término de seu relacionamento, já que ela não sabia que a filha estava namorando. A melhor desculpa que Bel achou foram as provas; estar preocupada por conta delas e por isso estar meio distraída foi a melhor das ideias que teve. Para Delphine isso pareceu suficiente. Nem sempre os pais precisam saber tudo sobre os filhos.

Elas passaram um tempo gostoso na França já que, com a primavera, o clima estava extremamente agradável. A Carter não via a avó há um bom tempo, então havia ficado bem feliz em aproveitar o feriado em sua casa. Cuidavam do jardim, jantavam na cidade todas as noites, desenhavam novos modelos de roupas para a nova coleção de sua avó e tomavam chá a tarde, vendo o pôr-do-sol. Algo extremamente comum, mas muito agradável e familiar.

Sua mãe estava se divorciando de seu pai. Depois da partida de Belle, não havia mais como ficarem juntos, pois Delphine não conseguia aceitar o que havia acontecido com sua filha. Havia dado entrada na papelada para a separação e já estava morando em outra casa, em Edimburgo. Convidou a filha para morar consigo depois do fim da escola e Belle aceitou.

Também havia conseguido migrar, finalmente, sua loja de vestidos de grife para o Beco Diagonal. Agora o Studio Belier estava mais próximo do centro movimentado da Londres bruxa e conseguiria sustentar mãe e filha. Belle não precisava mais se preocupar em arranjar um emprego, pois poderia continuar seus estudos para se tornar uma dançarina e ajudar a mãe com o preparo de roupas sob medida. Tudo se encaixando.

Mas, enquanto sua vida se acertava de um lado, do outra decaía aos poucos. Quando voltou para Hogwarts teve que conviver com as aulas compartilhadas com os Weasley e ver os rapazes em quase todos os lugares. George ainda lhe cumprimentava pelos corredores, mas até mesmo ele havia se afastado um pouco. Fred fingia que ela não existia e Belle devolvia na mesma moeda.

No entanto nem sempre ela conseguia ser durona. Diversas vezes teve que se repreender por se pegar observando o rapaz durante o jantar ou durante as aulas. Quando tinha alguma novidade, um dos seus primeiros pensamentos era contar para o rapaz a respeito, mas depois se lembrava do acontecido e empurrava isso para o canto mais profundo de sua mente.

Seus amigos ajudavam, cada um de sua forma. Mason não tocava no assunto, evitando que a amiga ficasse triste, Maise lhe incentivava a sair, passear com ela e tentar formas de se distrair, já Grace era sua confidente, com quem conversava quando os sentimentos acabavam transbordando.

A Armada de Dumbledore foi descoberta, finalmente Belle sabia o que acontecia da Sala Precisa nos horários que ela não podia usar. Uma organização de alunos que aprendiam defesa contra artes das trevas sozinhos, liderada por Harry Potter — obviamente. Por conta de seu nome, o grupo foi associado ao diretor e ele deixou Hogwarts, com a então Professora Umbrigde assumindo seu lugar.

Foi em um dia desses, após Umbridge assumir o cargo de diretora, que um dos corredores da escola foi transformado em um pântano pelos gêmeos Weasley. Por conta de um burburinho Belle ficou sabendo do ocorrido e foi para onde a pequena multidão de alunos foi guiada. Diversos professores e alunos estavam no local, alguns até cobertos por mato verde gerado pelo produto dos gêmeos. Até mesmo Pirraça flutuava por ali, observando a cena.

— Então! — Ouviu o grito vir de Dolores Umbridge que se aproximavam com um enorme pergaminho em mãos. — Então... Vocês acham divertido transformar o corredor da escola em um pântano?

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