CAPÍTULO V❤️

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Em poucos minutos a senhora trouxe o médico que ela havia falado. Ela, Misty e o doutor, ficaram em silêncio enquanto ele a examinava.

O doutor parecia ter chegado a meia idade pelos cabelos brancos que havia na raiz do seu lindo cabelo preto. Ele não usava um jaleco branco como os de outro médicos que Misty já viu, o deleera azul turquesa com algo escrito em dourado que ela tentou enxergar mas não conseguiu.

O jaleco cobria metade da sua calça jeans, ele era um homem alto com barba e bigode.

- Como se sente hoje Senhora? - perguntou o médico enquanto sentia o pulso da Misty.

Ela apenas o observava sentir seu pulso sem dar uma resposta. Preferiu não falar ainda, pois não o conhecia. De qualquer forma, diria que não está muito bem já que, o que não doía em seu corpo, latejava.

- Posso lhe fazer algumas perguntas, minha Senhora? - perguntou o médico, pedindo autorização para a Misty.

Ela não respondeu mas concordo com a cabeça que responderia.

- Qual o seu nome?- perguntou o médico.

- Misty. - respondeu baixinho e insegura.

Depois de sua resposta, o médico e a senhora se entre olharam.

- Não minha senhora, seu nome é Sa...

Antes que ela pudesse terminar a sua fala, o médico colocou sua mão entre a senhora e a Misty propositalmente para interrompe-la. Chamou sua atenção e pediu que ela não falasse até ele terminar com as perguntas.

- Onde você está nesse momento?

- Onde eu estava? - repetiu a pergunta. Seus olhos que revelavam que seus pensamentos estavam distantes, miravam fixos em uma das colunas da cama de madeira enquanto refletia.

Onde ela estava era o que ela queria saber, aqui não se parecia nada com sua cidade.

Ela então se levanta da cama bruscamente jogando o cobertor sob a senhora que estava em pé ali ao lado e corre para a janela.

- Senhora o que vai fazer? - perguntou puxando o cobertor de cima dela.

- É... só vou... verificar...a - falou dando uma responta inconsistente.

Para a sua surpresa ela estava em um castelo, em um lugar muito, muito, muito alto pois a baixo via o teto de casas e prédios em meio as nuvens.

A paisagem da janela era de cair o queixo de tão bonita que era, se assemelha a mesma vista de quando voamos de avião.

- O que há com a janela minha Senhora? - perguntou a senhora dos olhos sem cor.

- O que...que lugar é esse?!

De repente Misty sentiu uma forte dor de cabeça, vozes e imagem turvas se embaralhavam em sua mente. Ela acabei tropeçando no cobertor que estava no chão e esbarrando em alguns perfumes que estavam na cômoda ao meu lado, derrubando-os.

- MINHA SENHORA!

Gritou a senhora que correu para a Misty, a segurando e com a ajuda do médico, devagar colocou ela devolta na cama.

Após alguns minutos de análise, o médico se levanta da cama onde examinava a Misty e convida a senhora dos olhos de íris sem cor a sair junto com ele do quarto para conversarem.

Ele abre a porta, sinaliza com um dos braços para que a senhora saia primeiro e sai em seguida fechando a porta.

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Enquanto isso na cabeça de Misty...

D

e repente acordei novamente naquela sala branca e vazia. De novo, deitada no chão.
O que foi aquilo em minha mente, ela está uma bagunça.
Desta vez chamei imediatamente pela voz que logo me respondeu:

- Você está aí? - gritei.

- Desculpa - seu sussurro ecoou na sala.

- O que era aquilo? Perguntei.

- Memórias - a voz respondeu.

- Eu vi uma moça - pausei a fala. - eu a vi em um lago, foi bem rápido mas garanto que não a conheço. Como pode ser uma memória?

- Misturou. - É dela! - repetía a voz.

- É dela! Ajuda! Ajudar! - falou a voz mas não soava serena como antes.

- Aí! Isso dói. - falou tapando os ouvidos.

A voz misteriosa, fez estremecer todo o cômodo branco como um terremoto, o som era horrível de se ouvir, Misty já não aguentava mais.

- Tá bom, tá bom! Pare por favor, eu entendi. Preciso ajudar alguém, aquela que vi nessa memória, certo? - falou tirando devagar as mãos das orelhas ao perceber que parou os tremores.

- Isso. - afirmou com sua voz novamente suave.

- Aprender... aprender e ficará forte. - disse.

- Confio em você.

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Doutor, descobriu o que ela tem? - perguntou a senhora estralando seus dedos de nervoso.

- Calma, ainda preciso de mais algumas avaliações para saber com mais precisão. - explicou.

- Porém é visível que ela está com perda de memória. - disse o médico. - Ela não se lembra de algo simples como o próprio nome, é possível ver como está confusa. - completou.

- Aí não! - colocou a mão nos lábios, espantada.

- A queda no lago, provavelmente trouxe danos cerebrais a ela. Mas só posso afirmar depois dos exames.

- Doutor isso é terrível! Terrível! - Ela o segurou pela manga do jaleco e começou a sacodir-lo. - Há como curá-la rapidamente? - perguntou a senhora.

- Eu sou apenas um médico, não faço milagres tão pouco tenho magia como os da Suprema Corte e acho que você não pedirá a ajuda deles. - respondeu irritado puxando sua manga que ficou amarrotada.

- Não, eu não posso pedir pela ajuda deles.

- A única forma que vejo para ajudá-la seria você dizer a ela tudo sobre seu passado, ou só o que é mais importante. - Explicou.

- E eu informarei que ela precisa de descanso, sem visitas. - continuou. - Darei 14 dias para o repouso, nesse tempo você poderá usar para fazer isso.

- Ah, muito obrigada doutor, muito obrigada. Meus agradecimentos pela Senhora. - disse dando reverência.

- É um prazer, vou deixá-las sozinhas agora. Cuide dela. - se retirou sendo escoltado por guardas até o fim do corredor.

Misty - Ascensão ao Trono(Rascunho)Onde histórias criam vida. Descubra agora