Capítulo 9

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Toyo derrotara os inimigos e seguia para a vila usando um dos cavalos que sobrou para puxar a carruagem onde Shiro estava dentro. O mascote circulava por dentro do local em angústia, querendo estar com sua dona novamente, tentava sair por alguma janela mas não conseguia pelo seu tamanho grande.

— Relaxe, garota. — Sukuna falou para Umeko outra vez quando a menina olhou para a entrada do restaurante. Era nítida a preocupação dela. — Ele já deve estar a caminho.

— E se estiver ferido? Não acha melhor irmos verificar? — Indagou, voltando seu olhar preocupado para ele. — Por favor.

— Está bem. — Sukuna se deu por vencido e levantou. — Vamos.

Umeko sorriu e se levantou com ele, deixaram o pagamento da refeição na mesa e saíram diante dos olhares assustados dos homens que ainda não se moveram por estarem tremendo em excesso. Sukuna pegou o cavalo e colocou a moça sentada nele, segurou a corda do animal e puxou enquanto caminhava em direção a procura de seu mestre.

Acharam ele momentos após, parecendo bem, aparentemente. Umeko pulou do cavalo e veio ao encontro do mais velho preocupada, fazendo perguntas sobre como estava. Prenderam o cavalo de volta na carruagem e ela retornou para dentro da carruagem sendo recebida por seu cachorro a lambidas e banar de cauda, o mascote sentiu tanta sua falta quanto ela sentiu a dele.

...

— Está bem mesmo? — Sukuna perguntou baixo para não acordar a moça que dormia dentro da carruagem.

— Não se preocupe, estou sim. — Toyo respondeu, olhando adiante. Sabia que seu pupilo não iria ceder e resolveu acrescentar: — Só estou com alguns ferimentos fracos. Mas já vou me curar.

— Posso te curar com minha...

— Não. — O interrompeu sério, algo raramente visto em seu semblante. — Sabe que não pode usar essas técnicas atoa. Permaneça quieto e evite usar, estou bem, posso aguentar essa viagem.

— Só acho que é necessário que eu use no senhor. — Sukuna rebateu, esforçando-se para não elevar o tom de voz.

— E eu não irei permitir. — Seu mestre o encarou. — Não vai usar isto em mim sem minha permissão, estamos entendidos?

Sukuna se calou, assentindo com a cabeça. Seguiram pela noite estrelada e fria em silêncio. Toyo lutou contra as dores sem expressar nada para não preocupar mais os jovens, recebeu ferimentos por todo corpo, o pior se localizava no peito onde recebera um corte profundo e tratou com o resto de suas forças. Ele não imaginava que aqueles inimigos fossem fortes daquela maneira, os inimigos do Imperador eram piores do que qualquer um pensara.

Aqueles não foram os únicos enviados para sua destruição, no dia seguinte já teve mais um grupo para Toyo enfrentar. Sukuna se ofereceu para a luta, seu mestre ordenou que permanecesse quieto, criando dúvidas na mente de Umeko que ficava cada vez mais confusa com a situação. Em meio a luta, Toyo recebeu outro golpe no peito quando menos esperava.

...

— Por favor! — Umeko gritou ao entrar na casa de uma curandeira, com Sukuna atrás de si carregando seu mestre nos braços. — Cuide dele para mim! Está ferido.

— Se acalme. — Uma senhora de cabelos brancos e olhos extremamente azuis se aproximou e gesticulou para que colocasse o velho na cama. — Veremos o que posso fazer.

Sukuna obedeceu, difamando seu mestre mentalmente por não deixá-lo usar sua Técnica de Maldição Reversa para curá-lo, poderia tratar disso facilmente. Umeko se sentou ao lado da cama de Toyo e segurou sua mão enquanto a senhora pousava suas mãos sobre seu peito, falando alguma língua que não compreendiam.

Desejo Velado - Ryomen SukunaOnde histórias criam vida. Descubra agora