— Já podemos ir embora. — Sukuna falou, cansado de ficar acompanhando Umeko em suas compras descontroladas.
— Só mais um pouco, por favor. — Ela pediu, olhando-o alegremente. — Tem muitas coisas aqui. Por que não escolhe algo para levar também? Eu pago.
— Dispenso. — Disse. Sabendo sobre a teimosia da menina, olhou para uma barraca ao seu lado e pegou um copo qualquer que estava a venda. — Satisfeita?
— Não muito. — Umeko se aproximou e olhou as opções que tinha. Pegou um conjunto de garrafa e copo e estendeu para ele. — Vejo você bebendo bastante desde que nos conhecemos, seja chá ou coisa alcóolica, acho que isso será útil para você.
Ele a olhou, deixou o copo que pegara antes na barraca e pegou o conjunto feito de cerâmica branca com desenhos de plantas em azul, material caro que somente famílias importantes costumavam ter para ocasiões especiais. Mesmo assim, Umeko lhe pagou aquele produto como uma amiga presenteando um velho conhecido da família. Ela ignorava tradições em parte, tinha ações infantis às vezes, Sukuna pensava muito sobre isso.
— Não posso levar isso. — Falou ele, olhando os objetos em suas mãos.
— Pode sim. Por favor, não recuse. — Pediu, terminando de pagar o vendedor.
Sukuna se calou, desistindo de insistir, e colocou o presente cuidadosamente em sua bolsa de tecido velho. Por mais que não quisesse tal coisa cara, tinha cuidado com o que recebia – embora aquele fosse o primeiro presente que aceitara de alguém na vida.
— Agora, podemos ir para sua felicidade. — Umeko anunciou, não deixando de sorrir.
— Finalmente. — Murmurou, levando sua mão ao antebraço da menina para segurar. — Temos que achar um local para dormir.
— Tudo bem. Vamos. — Disse puxando da bolsa uma pequena garrafa de bebida que comprara anteriormente por curiosidade. Tirou a tampa e levou o nariz para perto, sentindo o aroma do líquido dentro. — Será que é bom?
— De onde tirou isso? — Sukuna olhou-a incrédulo.
— Comprei há um tempo. — Umeko tomou um gole da bebida e expressou uma careta engraçada ao sentir o gosto estranho. — Como você consegue beber isso?
— Você é uma criança ainda. — Ele revirou os olhos e tomou a garrafa de sua mão. — Não saia bebendo coisas estranhas.
— Eu já sou adulta, queria provar apenas.
— Peça por algo mais leve então. — Disse, bebendo da garrafa. Ele não era seu pai ou qualquer tipo de responsável para privá-la de experiências do mundo mas tinha que tomar cautela para não ter que carregar uma bêbada por aí.
— Está bem. — Umeko aproveitou a oportunidade e parou na última barraca onde um rapaz atendia seus clientes com um sorriso no rosto. — Olá, boa noite.
— Boa noite, bela dama. — O loiro de madeixas enormes exibiu um sorriso galanteador para ela, apoiando o cotovelo no balcão quando os outros clientes se foram. — O que a senhorita deseja?
— Tem algo leve? Quero ir aos poucos. — Disse, olhando as diversas garrafas coloridas atrás do belo rapaz de olhos alaranjados.
— Tenho algo perfeito para você! — Yane se virou, usou um pequeno banco de madeira para alcançar as prateleiras mais altas onde pegou uma garrafa azul que brilhou sobre a luz. — Este *Umeshu é feito para a senhorita.
*Licor de ameixa.
— É perfeito. Na minha vila, costumam beber muito desse já que é feito lá. — Umeko sorriu, sentindo nostalgia e já sentindo falta de casa ao se recordar.
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Desejo Velado - Ryomen Sukuna
FanficA história se passa há mais de mil anos atrás, na grande era do Jujutsu. Quando Sukuna ainda era um humano, um grande feiticeiro com um grande almejo: ficar cada vez mais forte. E claro que ele vai fazer de tudo para ser o melhor dos melhores. Verem...