Courageous acts.

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Hori pov's on.

Já era sexta-feira, me sentia exausta, enquanto tentava escrever com rapidez tudo que a professora falava naquela disciplina teórica da faculdade. Minha rotina de estudar, trabalhar e ainda cuidar de casa, tentando ter uma vida social mínima, me deixava sempre mais cansada que o normal, nos fins de semana.

No entanto, faltava pouco. Eu estou já no penúltimo semestre de Publicidade e Propaganda, já tenho experiência profissional e um bom cargo na área. Só me preocupo em terminar logo, para oficialmente não precisar dessa correria todos os dias.

Me sinto muito grata todos os dias, pelo Erwin ter me dado tantas oportunidades. Comecei como uma simples estagiária do segundo semestre na agência, e hoje, estou na direção de arte daquele local incrível, com tantas pessoas que gosto ao redor.

Quando entrei na faculdade, no meio do ano, com apenas 18 anos de idade, eu era só uma garota do interior, assustada, com coisas a superar. Atualmente, me encontro bem comigo mesma, no trabalho e na faculdade, apesar do cansaço.

Onze e vinte, finalmente. Tenho que ir para casa, almoçar, tomar um banho e me arrumar. Não é à toa que falam que só chego em cima da hora do expediente, pois tenho que conciliar tudo nesse curto período de tempo.

Infelizmente, por ter começado muito cedo, nunca consegui aprofundar minha vida universitária. Nunca fui de ir nas festas, nem tinha muitos amigos, mesmo que vez ou outra algum rapaz se aproximasse, com algum intuito fora de amizade. Ser uma excelente aluna era a única coisa.

Não que eu não gostasse ou me achasse melhor que outros universitários, mas é porque me apeguei tanto ao pessoal do trabalho, que acabamos sendo amigos para todas as horas. Apesar de eu ser a mais nova, isso não atrapalhava, pois à medida que foram entrando na empresa, fomos nos aproximando.

Depois de alimentar e acariciar a minha gata, grandona, cinza, fui tomar um banho. Sentia a água derramando sob meu corpo, relaxando um pouco, sentindo um certo de sono. Já passa, quando estiver na agitação calorosa da agência.

Me permiti pensar no cara novo. Eren. Ele pouco falava, não gostava de se misturar, nem sorria para nada, nunca. As meninas diziam que era esquisito, por causa do cabelo comprido, tampando uma parte do rosto e o projeto de barba estranho.

No entanto, não sei, não conseguia julgá-lo pela aparência, muito menos achar uma pessoa feia, não atrativa. Pelo contrário. O que eu observava vez ou outra, pelo vidro da minha sala, era um homem alto, talentoso, centrado, e talvez, intrigante.

Penso que faz um bom tempo que não me interesso por ninguém, e consequentemente, não tenho relações sexuais. Não que não aparecesse, na verdade. É porque sempre tive comigo que gostava de me interessar, da sedução, dar sinais a pessoa. Não necessariamente para namorar, já que fazem 3 anos que não tenho nenhum relacionamento sério.

Coloquei apenas um vestido branco de tecido com furinhos, de mangas nos cotovelos, colado até a parte da cintura mais alta, com a saia um pouco rodada, que ia até acima do joelho, um pouco. Invés de salto, a botinha de cano curto e saltos baixos, estava bom. O clima estava ameno, nem frio, nem quente, então, valia uma roupa mais confortável.

Distribuindo todos os acessórios, que era algo que sempre amei. Colar, brincos, piercings na orelha, relógio, pulseiras e anéis, se misturando ao perfume doce espalhado por todo meu corpo. Juntei o que precisaria na bolsa. Por fim, o cabelo, da mesma maneira de quase sempre, amarrado uma parte e deixando o resto solto.

Por mais que eu adorasse maquiagem, o máximo para trabalhar era um corretivo, lip tint nos lábios e rímel nos cílios. Olhei no retrovisor, saindo do meu carro, no estacionamento grande do prédio, subindo no elevador. Cinco minutos para meu horário. Nenhuma surpresa até aqui.

 𝙒𝙊𝙉𝘿𝙀𝙍𝙒𝘼𝙇𝙇. - 𝐸𝑟𝑒𝑛 𝐽𝑎𝑒𝑔𝑒𝑟.Onde histórias criam vida. Descubra agora