Meu nascimento

16 4 1
                                    

               Nasci em uma familia muito pobre, em uma manhã por volta das 10 horas, sempre imagino um dia ensolarado naquele dia. A primeira neta de um homem cruel, a primeira sobrinha de uma mulher demônio,  sobrinha de um um molestador de crianças, e de um covarde, cheio de hipocresia, a filha de um pai ausente que me rejeitou antes do meu nascimento, e continua até hoje. Enfim a família perfeita, eu não poderia estar mais segura em uma familia dessas. A única pessoa da familia de meu pai que me recebeu de braços abertos, sempre me aceitou, colocou o meu pai para cumpriri suas obrigações foi a minha avó, sempre me tratou muito bem, gostava muito dela, se ela tivesse vivido por mais tempo teriamos sido boas amigas. sinto muito a sua falta.
Eu cresci em meio a maldade e crueldade, mas totalmente sem noção do que me rodiava, eu era só uma criança, queria correr brincar, ser criança, por ser uma criança tão boa é inocente eu nunca tive noção do que me esperava. No meio de tanto caos, tive meus pequenos momentos de felicidade, de viver livre com as amizades quando as tinha, pois a maior parte do tempo minha amizade era só eu mesma.
A maior parte da minha infância morei em uma casinha velha, quando digo velha e bem velha mesmo, o chão era de terra, tinha 3 cômodos, sem banheiro, as portas e janelas era de madeira podre, a única coisa que eu tinha era uma cama com um colchão velho, e meus trapos de roupas, brinquedos, só na minha imaginação.
           uma tia me disse uma vez que quando bem pequena me matriculou e me levou para a escola, mas não me lembro dessa parte de minha vida, um de meus sonhos de infância era estudar no jardim, imagine minha alegria ao descobrir que tive esse previlégio, uma pena não me lembrar. Fui uma criança maravilhosa, claro que fazia minhas artes de criança, mas fui uma criança de verdade e teria sido ainda melhor se tanta covardia não tivesse aontecido.
           Sempre fui muito esperta inteligente desde criança, quando a fome apertava tanto o meu estômago, como se estivesse sendo puxado  para fora da barriga, eu ia para os vizinhos, lá eu comia. Sim, eu tinha vizinhos, fizeram algo por mim? Sim, me davam um prato de comida e um pão quando aparecia por la, nada mais do que isso, ja sabiam que eu estava con fome e ia la so para comer, eu tinha uns 3 a 4 anos nessa época.
Vão se perguntar onde estava a minha mãe, ela estava em casa, casada com um bêbado, grávida de outro filho, com fome também, mas por um motivo que desconheço não largava o traste do companheiro, nem mesmo por uma vida melhor.
Morei bastante tempo nesse lugar, até uns 5 ou 6 anos maishomenos. Um dia o "marido " da minha mãe teve a brilhante idéia de ir morar em uma cidade chamada Itaberaí. Lá a vida era diferente?? De jeito nenhum, era pior, além de não ter comida, não tínhamos pratos, quando tinha comida, era algum vizinho solidário nos dava, comíamos em tampas velhas e amassadas de panelas. O bêbado da minha mãe sumia por dias, bebendo em algum buteco de esquina é nos ficávamos lá amarelos de fome. Sem contar que nessa época minha mãe estava com outro filho e estava de resguardo ainda , então já éramos três crianças. Até que um dia o tio hipócrita apareceu por la e nos levou embora, as coisas melhoraram?? Claro que não, isso não é nem um terço do pior que está por vir...

Uma história real Onde histórias criam vida. Descubra agora