Em meio a todos os acontecimentos com o tio gordo, minha mãe teve seus relacionamentos, todos eram sempre bêbados. Houve o mendigo ( assim que vou chamá-lo) que vivia de casa em casa sempre na bebida, ele tinha a casa da mãe e claro, mas vivia sempre pelas ruas, inconsciente. Minha mãe se envolveu com esse, ele não era uma pessoa nada boa, não tratava a minha mãe e nem a mim e meus irmãos bem, uma pessoa que não tinha nenhuma visão de futuro, um perdido na vida.
Mais uma pessoa ruim, acho que nós odiava, completamente louco, lembro que ele nos mordia muito forte, um dia mordeu o meu nariz que doeu por dias, achava até que estava quebrado, éramos todos roxos de mordidas e surra.
Para melhorar a minha mãe invadiu um lote junto com ele, e construiu um barraco de lona, a vida lá era a mesma, passávamos fome do mesmo jeito, éramos maltratos do mesmo jeito, se tínhamos algo para comer era os vizinhos quem dava. Houve uma noite em que o mendigo chegou de madrugada, bêbado como sempre, e não nos deixou dormir, ele passou a noite toda jogando balde de água em nós, para ficar em paz eu me escondi dentro do berço do meu irmão, isso é meio idiota eu sei, mas eu nunca entendi a mente humana.
Nesse período eu vivia pelas ruas, sem lei, e sem regras. Minha mãe nunca sentou com a gente para explicar sobre o certo é errado, sexo, drogas. Então na ignorância nunca tivemos como nos proteger de nada quando fôssemos adultos muito menos quando ainda éramos crianças.
Mesmo assim tive meus bons momentos de infância, ficava até a hora que queria brincando na rua, ia para rios com os colegas, andava muito no mato na época nas frutas para pegar caju. Houve até uma vez que levei o meu irmão para a escola, eu estava na primeira série, ele ainda não estudava, eu o levei mesmo assim, foi muito bem recebido lá, as professoras deixaram ele ficar, eu levei sem autorização, sem falar nada pra ninguém, minha mãe ficou desesperada, quando chegamos levamos uma surra nos dois. Se me arrependo? Eu não. Melhor ele lá na minha escola do que no meio de toda aquela bagunça que era a vida de minha mãe.
Ela também teve um outro namoro corriqueiro, esse ao menos não nos maltratava, mas não respeitava minha mãe, namorava ela é mais outras tantas, inclusive um travesti, ela não tinha um pingo de amor próprio, jamais me esqueço do dia em que tarde na noite ela nos levou para perto da casa dele é ficoua noite toda o vigiando. Naquela noite fria, nos dormimos no chão frio. Ela ficou tantos outros dias atrás dele, tanto que um dia em sua perseguição ela o pegou beijando outro cara, o mesmo fugiu é minha mãe deu uns murro na cara do ex.
Não sei como ele não revidou, até hoje não entendo por que ela não fez o mesmo com o gordo quando bateu nela, por que não lutou quando realmente precisou. Mesmo no seu erro ele foi um cavalheiro em deixar minha mãe lhe bater é deixar tua cara toda roxa. Hoje em dia isso não acontece mais, os homens espancam as mulheres sem piedade, matam por nada. Gostaria de saber por que a maiorias dos homens odeia as mulheres sendo que nasceram de uma, não seriam nada sem elas, somos uma jóia preciosa. Que fique bem claro que apesar de tudo amo a minha mãe já perdoei ela por tudo que aconteceu até aqui, e tudo que vai acontecer nos próximos capítulos.
Me dói muito, mas não me surpreende que o primeiro companheiro de minha mãe, o pai dos meus irmãos tinha intenções repugnantes para comigo quando eu tivesse dez anos, dizia aos amigos que não era obrigado a me sustentar que eu ia ter que pagar de alguma forma, vocês podem imaginar de qual forma, não entrarei em detalhes pois isso é muito doloroso, a minha vida toda é um poço de dor, meu coração é cheio de espinhos, muitos são mais doloridos do que outros é fazem meu coração sangrar, esse é exemplo de um deles.
O meu pai não foi companheiro de minha mãe, foi só um namoro passageiro, minha mãe não chegou a morar junto com ele. Me rejeitou desde antes do meu nascimento, nunca quis ser o meu pai, nuca se importou comigo, mesmo que eu ainda tenha tentado me aproximar criar uma conexão, algum laço efetivo, ele não fez questão, não se importou, eu até ja dormi na casa dele por algumas noites, mas nas ultimas que permaneci em sua casa ele ficava ligando para o tio que tinha a minha guarda na época, e dizendo que não me queria la, já chegou até a fazer comentarios que deixaram claro que eu não era bem vida, como por exemplo que ele era acostumado a viver sozinho, ou seja não queria a companhia de ninguém. A gota d´agua foi quando tentei o meu prmeiro suicídio por volta dos meus treze anos, o triste foi que me arrependi e contei a minha mãe que tomei veneno, por não estar aguentando os efeitos colaterais do mesmo; que era bastante fraqueza, dor no estômago, vômito e diarreia, tentei até tomar um banho para ver se passava, mas não consegui, só contribui para que me vissem nua, por não aguentar vestir a roupa ( essa vergonha, vou levar para o resto da vida). Ela foi comigo para o hospital, saí no dia seguinte, no póximo capítulo vou entrar em mais detalhes sobre esse episódio.
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Uma história real
HorrorChutar um cachorro e algo ruim, covarde, e criminoso de se fazer, agora passar por cima dele com um carro duas vezes, e ainda descer do carro para verificar se o cahorro realmente está morto, e o pior dos piores crimes, não tem perdão, minha famili...