Depois que meu tio nos buscou, e nos levou para a casa "da família ", as coisas não melhoraram nem um pouco, claro eu tinha amigos, vivia na rua, igual uma moleca mesmo, essa parte era divertido, era minha felicidade, o meu escape. Mas ainda passávamos fome, minha mãe largou o bêbedo para trás, claro que trabalhava muito, mas pagavam muito pouco, muito dos casos nem pagava, davam "cesta" em troca do serviço.
Mas mesmo assim ela continuou não sabendo escolher os seus companheiros, parecia um imã de bêbado, atoa é covarde, isso é o que estragava ela, não tinha um pingo de amor próprio. Sem contar que ela tinha o gordo, outro "irmão" cruel e covarde na vida dela e na minha.
A minha mãe não podia deixar dinheiro nenhum em casa, o gordo sempre que desconfiava que ela estava com dinheiro revirava as coisas dela até achar, e o que achava ele pegava, eu mesma via, me lembro bem minha mãe adotou o método de andar com uma bolsinha entre os seios para não ser roubada pelo gordo. Sem contar as surras que eu e meus irmãos levava, ele sempre aparecia lá do nada para nós bater, me lembro de uma vez que ele bateu com tanta força nas costas dos meus irmãos, que dava para ver a marca do chinelo nas costas dele, sem contar que nesse mesmo dia ele enforcou é sacudiu os meus irmãos, ainda bem pequenos. Nunca ajudou a gente com nada, só implicava, alguma coisa que já deu de comer, está mais do que pago por todo dinheiro que roubou da minha mãe, todo o que pegou "emprestado" é nunca pagou, e por toda a humilhação.
Jamais vou me esquecer de todos os dias, em específico esse em que ele agrediu a minha mãe na minha frente, ele bateu com chinelo na cara dela, os olhos dela ficaram todos rochos, ele queria mata-la com a pá, o meu avô estava na sala, se divertindo com a cena, ja que não fez nada para ajudar. Hoje aos 23 anos eu ainda ouço os gritos dela, eles me assombram, a sensação de impotência por não ter feito nada me corroe, eu me lembro que eu liguei para a polícia nesse dia, mas eles não vieram salvá -la, não deram credibilidade a minha palavra por que era uma criança, ou não foram por que não quiseram mesmo.
Houve um tempo em que minha mãe foi trabalhar em um clube numa chácara, então ela foi morar com o meu avô onde era mais perto. Ele foi mais uma pessoa terrível, ficava com todo o dinheiro da minha mãe, tratava a gente super mal, batia na gente sem motivo, tacava pedra na gente com estilingue, a comida sempre estava estragada, colocava muita pimenta pra gente comer menos. Sem contar que a gente tinha que trabalhar, fazer serviço pesado pra nossa idade, carregar lenha pesada.
Uma vez ele cortou a boca do meu irmão no machado, foi um acidente mas ele nem se preocupou em passar um remédio nem nada, nunca vi tanta frieza na vida, maldade e uma coisa hereditária na minha "família ". Espero que tenha pulado a minha geração ou que eu esteja nascido na família errada. "Não imaginam como eu queria que algum dia chegasse a notícia de que fui trocada na maternidade"
Nesse meio tempo lá no "avô", eu cheguei a idade de ir a escola, como lá era uma chácara, fui morar com uma "madrinha" , casada com um irmão do meu "pai", outro demônio, essa mulher também me odiava, me maltratava, me enchia de beliscões , quando ia tomar banho ela e as duas filhas me afogava no chuveiro, ficava a todo momento colocando a minha cabeça pra cima em baixo da água, eu sufocava, a maior tortura era quando ia me ensinar o dever de casa, me batia, beliscava, sacudia, gritava, fiquei ainda mais traumatizada, sem contar que ela me torturava jogando lagartas dentro da minha roupa, por que eu passei a fazer xixi na cama por conta de todo o estresse que eu passava naquela casa. Ainda hoje tenho fobia de lagarta por causa desse outro demônio.
Uma vez encontrei um anel daqueles coloridos, de plástico, que estava na moda na época, a filha mais nova mordeu o meu dedo, quebrou o anel é jogou fora. Eu tinha vários brinquedos bonitos nessa época, mas não podia brincar. Andava sempre limpa e bem arrumada pois tinha que manter as aparências. Ela também não gostava que eu fosse para a chácara com a minha mãe, até que um dia eu chorei é corri atrás dela, a partir daí logo minha mãe me tirou de lá.
Nesse meio tempo eu roubei um pacote de skini de um colega, e comi ele de boa na sala na frente de todo mundo, até ele dar falta, contar pra professora é ela ir procurar, encontrou embaixo da minha mesa, ela puxou meu braço com muita força e saiu me arrastando. Não tinha necessidade de tamanha agressão, eu iria com ela de todo jeito. Essa não foi uma boa professora que eu tenho memórias de carinho. Não sei se chegaram a contar para a "madrinha", pois acho que não pois a mesma nuna tocou no assunto comigo, eu teria apanhando muito concerteza. Para deixar bem claro o meu tio por parte de "pai" e uma boa pessoa, nunca me maltratou, a mulher dele só fazia aquelas coisas quando ele não estava por perto, ele era até muito correto, nuna deixou que eu assistisse ou ouvisse nada que não fosse apropiado para a minha idade. Nuna assisti nenhuma novela com a faixa etária inadequada na casa dele. Nesse meio tempo meu pai até me dava umas coisinhas por estar lá, uma vez me deu uma sandália e um vestido colorido na barra com uns tons de verde e rosa e uma sandália rosa também. Ele não cumpria as suas obrigações e tinha uma implicaância com minha mãe.
Não me ajudava com nada quando estava com ela, uma vez teve a coragem de dizer que não me dava as coisas por que senão meus irmãos iam consumir também, no egoísmo deixou sua única filha de estômago vazio. Não sei enumeraras vezes que eu tinha fome, ia na casa dele pedir um dinheiro para comprar algo para que eu meus irmãos e mãe pudessemos comer e ele tinha a frieza de mentir que não tinha. Ainda me pergunto qual foi o meu crieme para merecer tanto ódio?
Eu brinacava me divertia e me aborrecia muito por aquelas ruas, não tinhamos hora para voltar para casa, não havia essa grande preocupação com o perigo. deitar no chão do campo de futebol sem nenhuma iluminação e assustar as pessoas que passavam era uma festa. Inventamos a nossa própia brincadeira de polícia, ladrão, onde corriamos todo o bairro, nos escondia em todo tipo de lugar. Até no quintal da casa de algumas pessoas kkkk; houve a até uma vez que um senhor ofereceu o seu quintal e sua esposa não gostou e foi nos espulsar de lá. Faziamos coisas sem noção e claro, e também tinha todo o preconceito que sofria, não das pessoas mais próximas, mas de conhecidos que viviam me chamando de macaca, e o preconceito da escola onde era chamada de neguinha, cabelo de bombril, pelas própias crianças pretas. Mesmo assim eu consegui ser feliz, me divertir, e ser uma criança comum por boa parte de minha vida.
Claro que também havia os incovenientes, até entre as que eu achava que era minhas amigas, como a vez em que sumiu o celular de uma moça do grupo, e ela ficou me acusando, que sabia que era eu quem tinha pegado, mesmo depois que o outro rapaz que escondeu entregou, ela não me pediu desculpas por ter me chamado de ladra, por isso nunca gostei e até hoje não gosto muito delas, até a minha melhor amiga de infância que era a Weslaine se afastou muito de mim de pois que conheceu essas garotas, desde aquela época a nossa conexão de quebrou, nossa amizade nunca mais foi a mesma, não esxiste mais aquele laço, hoje em dia ela passa até anos sem falar comigo.
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Uma história real
HororChutar um cachorro e algo ruim, covarde, e criminoso de se fazer, agora passar por cima dele com um carro duas vezes, e ainda descer do carro para verificar se o cahorro realmente está morto, e o pior dos piores crimes, não tem perdão, minha famili...