Capítulo 3 - "Psicopata?" "Todos somos."

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O trânsito de Londres estava razoável. O silêncio confortável pairava dentro do carro estilo limosine em que vocês estavam. Essas três mulheres, antes totalmente desconhecidas, se encontravam observando as pessoas que passavam por elas antes do carro voltar a andar. Após as apresentações, você até que foi com a cara delas.

Yelena, um humor tão sofisticado quanto de um caipira era ainda assim elegante, a mulher loira, irmã de Natasha, gostava bastante da parte 'tortura' de seus serviços na máfia; enfiar agulhas, torturar os inimigos em cadeiras de choque, brincar de dentista ou até cirurgiã, era seu passatempo preferido. Nas horas vagas, mantinha sua aparência de ser apenas uma das lutadoras de boxe mais conhecidas do mundo. A jovem de 23 anos sentada a sua frente é uma companhia divertida, vocês duas vão se dar muito bem.

Quando seus olhos bateram em Wanda Maximoff, você a achou tão delicada e de aparência gentil... Nunca imaginaria que a ruiva sentada ao lado de Yelena teria matado um homem acertando uma bala bem no meio do crânio à uma distância de 3.500 metros, quebrando o recorde mais conhecido da história. Claro, pela sua imagem de advogada, ninguém poderia saber sobre essa informação sombria. Wanda é uma das maiores e melhores advogadas da Rússia, ou até do mundo, com base no que você descobriu com uma leve pesquisa também.

Natasha... A Linda ruiva letal ao seu lado. De acordo com as informações de Yelena, Natasha se tornou a chefe da máfia quando tinha 24 anos. Desde a sua posse, a máfia Russa adquiriu ainda mais poder e fama, Natasha considerada a melhor Capo e a mais impiedosa. Você não ficou surpresa que o emprego de "fachada" da ruiva fosse ser uma CEO, Natasha era CEO da Romanoff-Co. A mulher de expressão neutra e intimidante parecia com um Cristian Gray da vida real, só que muito mais sexy, atraente, poderosa e de maior influência. Você pensou em como que ao pensar em Natasha e sua vida as palavras 'maior, melhor e mais' eram sempre repetidas. Romanoff-Co era a maior empresa de tecnologia da Rússia. Você estava se achando estúpida por nunca ter ouvido falar dessa família, como é possível?!

"Chegamos, Srta. Romanoff." O motorista avisou.

Você olhou distraidamente para fora do carro franzindo a testa com o jatinho particular preto escrito com letras bem grandes e vermelhas 'Black Widow' na lateral.

"Black Widow?" Você zombou saindo do carro quando o motorista abriu a porta.

"É o nome carinhoso dado a Natasha, tanto pelos seus parceiros da empresa quanto dos parceiros da máfia." Yelena olhou para sua irmã com um sorriso idiota. 

"Pare, o nome é perfeito para ela." Wanda também sorriu zombeteira.

"Já acabaram de ridicularizar a merda do nome?" Natasha revirou os olhos.

"É descolado." Você acenou positivamente. O comentário foi suficiente para melhorar o humor de Natasha por dentro, mesmo com seu rosto neutro por fora.

"Claro que você acha, o seu é Red Widow." Yelena revirou os olhos de brincadeira.

Vocês entraram dentro do jatinho particular. Cores escuras – basicamente, cinza, preto e vermelho escarlate. Mais preto e vermelho. – elegantemente espalhadas. Os acentos banhados de vermelho sangue, as paredes negras, uma mistura em harmonia. Você supôs que são as cores favoritas de Natasha.

Você não a julga, entretanto. Você ama cores fortes e sombrias, sinônimos de perigo.

"Como você soube que estávamos assistindo você?" Wanda perguntou se referindo aos assassinatos.

"Eu tinha controle sobre as câmeras, fui avisada quando outra pessoa as acessaram." Você se sentou em um dos acentos a sua direita soltando um longo suspiro. "Ou você acha que cometer assassinatos em hotéis sem ser pega nas câmeras é fácil."

"Aparentemente, você é muito habilidosa." Yelena afirmou.

"A melhor no ramo." Você deu de ombros.

"O que você se lembra antes de entrar para a H.I.D.R.A?" Natasha perguntou distraidamente. "O que aconteceu depois que saiu?"

"Não lembro de nada antes, só me lembro de acontecimentos a partir do dia em que entrei." Você fez uma careta suave. "Eles me deixavam acorrentada como um animal, disseram que eu seria perfeita para as experiências; eu não era a única, havia outras, Carol por exemplo. Eu e elas conseguimos escapar das instalações, quando saímos, uma organização do governo americano nos encontrou, tornamos seus assassinos pessoais. Saimos a dois anos atrás."

"Mas você ainda é uma assassina de aluguel." Wanda confirmou um fato.

"Trabalho por conta própria." Você encolheu os ombros. "Eu gosto."

"Psicopatia?" Yelena zombou.

"O certo é T.P.A..." 

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Natasha suspirou pesadamente olhando pela janela do voou. Não estava surpresa de não conseguir dormir, insônia sempre foi comum ao longo de sua vida. Principalmente após seu sequestro. Você. Ah, você... Mesmo lembranças vagas de momentos compartilhados com você quando criança, Natasha sentia sua falta e lembrava do quanto você era importante em sua vida. A conexão que tinha com você era inexplicável. Ela sentia falta de quando vocês duas brincavam de pregar peças nos adultos na época, a amizade forte entre vocês duas, até a paixão inocente. Natasha não conseguia explicar o por que de sentir que sua vida estava ligada a dela. Pelo menos mais do que a aliança entre seus pais. Vai além disso.

Nat se levantou e, para não acordar ninguém, andou silenciosa até o mini bar um pouco ao fundo do jato executivo.

Servindo-se de um copo de whisky, a ruiva resmungou baixinho com o gosto forte do álcool. Seus olhos passeando pelo cômodo e parando em você, dormindo pacificamente. Natasha analisou sua expressão inconsciente, seu corpo um pouco tenso na cadeira reclinável, mas o rosto calmo. Características tão delicadas e angelicais, tão bela e rara como uma rosa negra, mas cheia de espinhos que machucavam se tocasse.




Adivinha quem não entendeu o próprio capítulo? Rs
Falei que iria ser dois por semana, mas ninguém é perfeito e ter tanta criatividade assim. KkKk
Novamente, estou passando por umas merdas aí, mas quando passar, tudo volta ao normal.

O capítulo ficou uma merda né?

Mas gostaram da nova capa? E título?

Destinada A Ela - Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora