"Então, seu edifício favorito é o Palácio de Catarina..." você sorriu admirando o grande salão de baile do palácio.
"Sim." Natasha estava à alguns metros de distância.
"Conte-me" você pediu, Natasha virou-se para você com um sorriso confuso.
"Contar o que?"
"A história que você quer contar..."
"Por que eu quero contar uma história?"
"Porque, vamos considerar que seja nosso primeiro encontro agora..." você começou a explicar: "Se basearmos nos filmes clichês, você me trouxe para um lugar que gosta e vai me contar uma história interessante sobre ele e o porque de você gostar dele."
Natasha revirou os olhos com um sorriso.
"O palácio foi construído a princípio como a residência de Catarina I, para que fosse seu palácio de verão para o seu prazer... Quase trinta anos depois, a Imperatriz Ana mandou expandir o Palácio. " Natasha fez uma careta olhando em volta para os poucos turistas nas extremidades do salão. "A Imperatriz Isabel, no entanto, achou a contrução de sua mãe fora de moda e incomoda, então, pediu ao seu arquiteto da corte para demolir e substituir por um edifício muito maior no estilo Rococó Flamejante. Foram usados cerca de 100 kilos de ouro para dourar a fachada de estuque e as numerosas estátuas erguidas no telhado."
"Bem, isso é incrível..." você disse, observando os olhos de Natasha brilharem de entusiasmo.
"Há rumores de que o telhado é todo feito de ouro..."
Seu olhar foi atraído para o teto. Você tentou, visualmente, descobrir se era verdade.
"Quando Catarina A Grande subiu ao trono, mandou que suspendessem todas as obras ao ser informada dos custos. O palácio chegou a ser destruído no período da Segunda Guerra Mundial, mas a maior parte foi reconstruída novamente e a tempo para as comemorações do Tricentenário de São Petersburgo, em 2003..."
"Seu sobrenome é passado por gerações, não é?" você perguntou curiosa. "Alguma possibilidade, mesmo pequena, de ter algo haver com a Dinastia Romanov?"
"Oh... Isso foi aleatório." Natasha sorriu maliciosa. A ruiva se aproximou de você, dando a volta em seu entorno, você observou cada movimento. "Qual seu palpite?"
"Não ficaria surpresa se tivesse." você encolheu os ombros desleixada. "Um segredo de séculos..."
"Há uma história antiga, de vários séculos atrás... Existia essa Princesa, Natalia Romanov, da casa Romanov. Foi uma princesa muito querida pelo povo, seu pai queria muito que ela se casasse, mas ela não queria. Era muito jovem e com certeza não queria se casar com um homem. Então, em um baile para comemorar sua volta ao seu reino de uma viagem, pouco antes da sua coroação como Rainha, a Princesa Natalia acabou de apaixonando por uma mulher durante a festa. Natalia achou que ela fosse de um reino distante, que havia sido convidada para o baile. Elas mal conversaram, Natalia achou que nunca mais a veria..."
"Isso parece uma história de amor trágica..." você sorriu zombando um pouco da história não real.
"No dia seguinte, Natalia foi passear pelo reino e a viu. Ela era, na verdade, uma camponesa de seu reino e não uma princesa nobre como ela imaginava. Diferente da noite do baile, Natalia criou coragem pra falar com ela. Resumindo, depois de toda aquela história clichê de amor, elas se casaram e reinaram por anos e anos, o reino havia sido tão próspero..." Natasha estava atrás de você, sua cabeça apoiada em seu ombro, o calor de suas palavras aquecendo seu pescoço.
"De onde tirou essa história?" você virou para olhar Natasha, sem mover nada além de sua cabeça.
"Está na minha família há gerações..." Natasha sorriu nostálgica. "Se é mesmo real? Quem sabe. Apenas sei que essa é a história do meu nome e sobrenome."
"Parece uma forma incrível de nomear alguém..." Você retribuiu o sorriso, meio melancólica.
"Não mais incrível que a sua..." A ruiva se aproximou ficando a centímetros de você.
"Você quer dizer que sabe por que meus pais me chamaram de S/n?" Você riu levemente zombeteira.
"Sua mãe gostava de contar histórias para nós duas quando éramos pequenas..." Natasha acariciou suavemente seu braço com a ponta dos dedos, um movimento mais carinhoso do que malicioso. "Ela dizia que muito séculos atrás, uma parente distante sua havia sido raptada quando criança, ela tinha cinco anos mais ou menos de idade. Ela desapareceu e nunca mais foi encontrada... Eles tinham uma pintura da criança, de alguma forma. Você era extremamente parecida com ela quando tinha a mesma idade. Então, em homenagem a ela, colocaram seu nome em você."
"Oh, então eu sou a reincarnação da minha parente falecida." Você zombou, sua mão segurando a mão livre de Natasha e a puxando consigo. "Vamos, temos um almoço com o pai da sua ex falecida."
"Nós não tivemos nada." O rosto de Natasha se contorceu em uma careta enquanto ela se deixava ser arrastada por você.
"Ela morreu acreditando que sim." Você revirou os olhos. "Podemos ir ao jardim na próxima vez que estivemos aqui?"
"Claro."
⋆
Depois de voltar a São Petersburgo, você e Natasha foram direto para a mansão de Rumlow. A mansão ficava um pouco afastada dos canais, não era como a Mansão Romanoff, mas, ainda era elegante e bonita.
"Natasha, Srta. S/S/n." Brock cumprimentou quando vocês entraram. A mansão por dentro era um pouco mais sombria, as paredes eram escuras e havia pouca luz entrando. Você fingiu um sorriso gentil para Rumlow, enquanto ele conversava com Natasha, você olhava em volta no caminho. Os inúmeros quadros no corredor eram basicamente de Julia quando criança e a cada quadro ela estava mais velha. Alguns quadros eram de Rumlow, mas um em especial chamou sua atenção. Rumlow em um terno preto, sentado em sua mesa de escritório e um broche quase imperceptível, bem no canto do terno. Novamente, aquele símbolo da caveira com os ossos cruzados...
"O que eles fizeram hoje?"
A adolescente loira segurou sua amiga e a ajudou a deitar-se na cama. S/n suspirava pesadamente e se contorcia em cima do colchão, o rosto pressionado no travesseiro para tentar abafar os suspiros de dor. Seu corpo tremia e calafrios subiam por sua coluna, o suor descia pela sua testa.
"Eles injetaram algo em mim..." Sua voz estava rouca, enquanto tentava manter seus olhos abertos com a dor que queria deixá-la inconsciente. Ela não pode gritar, eles disseram que só meninas fracas gritam de dor. E as meninas fracas não sobrevivem. "Eu sinto tanta dor, Carol. Está queimando..."
"Vai ficar tudo bem, S/n..." Carol foi uma das sobreviventes ao soro.Todas as garotas quanto completavam treze anos passaram pelo soro. Ela sabia que sua melhor amiga era forte, ela sobreviveria, ela tem que. "Você acha que um dia vamos conseguir sair daqui um dia?"
"Nós temos que sair, Carol."
Está uma merda, mas vai melhorar.
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Destinada A Ela - Natasha Romanoff
Fiksi PenggemarHá 17 anos atrás, sua família sofreu um atentado, seus pais foram mortos e você foi sequestrada por uma organização criminosa cujo objetivo era criar super assassinos dotados. Seus pais eram mafiosos, chefes de uma das mais poderosas máfias, você a...