Capítulo 38

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Lizzy

Enquanto Queen e Chantal compartilham suas experiências sobre gestação. Estou encostada na pia bebericando mais uma taça de vinho alternando minha atenção entre elas e a promíscua da Brenda que está encostada no batente da porta bebendo. Seus olhos castanhos escuros brilhando em direção a sala para ser mais exata na direção do Thomas já que ele era o único sentado na poltrona enquanto eles assistiam mais uma partida de futebol.

" Essa garota não tem noção de perigo."

─ Em falar nisso Lizzy o Tom contou o que aconteceu com o seu amigo ele está bem? ─ A voz da Chay penetra meus pensamentos e olho para ela ainda confusa. ─ Oi? A sim está bem. Murmuro já situada. ─ Está se recuperando bem. Concluí forçando um sorriso para ela.

─ Que bom. Ela diz terminando de despejar sua bebida no copo.

─ É sim. Com licença meninas.

─ Toda. Chay e Queen disparam juntas e deixo minha taça sobre o balcão de mármore branco e vou até a Brenda.

─ Ele é lindo né? Murmurei a fazendo se virar bruscamente para mim. A cor havia lhe fugido do rosto.

─ Oi. Murmurou ela dando uma de inocente.

─ O Thomas ele é lindo não é?Reformulo a pergunta.

─ Lizzy não é isso que está pensando. Eu não estava de olho no Thomas.

─ Vamos conversar nós duas lá fora como duas adultas civilizadas?

" Eu não ia bater nela. Claro que não. Não vou mentir que vontade não me falta mas não sou mulher de brigar por causa de homem mas dar uns spoilers do que pode vir acontecer pode apostar que sou dessas."

Ela bate os cílios longos com um olhar confuso no rosto. Ponderando a situação mas dá um gesto afirmativo com a cabeça e seguimos para o quintal. O clima hoje estava ameno com um ventinho gostoso.

─ Brenda eu vou ser breve eu não gostei da forma que você se insinuou para o Thomas quando chegamos. Jogando seus seios na cara dele. Disse educadamente. Poderia ser mais grossa agir como muitas fariam no meu lugar mas estava lhe dando uma chance de parar com essas atitudes nada honradas. Ela cruzou os braços ajuntando os seios grandes.

" Que raiva! Tenho que admitir seus seios são lindos."

─ Bom Lizzy essa não foi a minha intenção. Ela diz.

" Sonsa essa palavra a define muito bem."

─ Eu só quero que entenda que existe uma linha tênue entre atração e cobiça e acho que não iria gostar se fosse ao contrário. Iria?

─ Claro que não mas como disse eu não fiz por mal. Ela diz toda meiga.

" Conheço tipos como ela de longe. Era preciso cortar o mal pela raiz."

─ Claro que fez Brenda não é de hoje que percebo seus olhares, seus joguinhos mas acho bom acabar com eles aqui. Dou um passo à frente. Quase tocando nela. Seu peito arfava enquanto uma de suas sobrancelhas levantou-se.

─ Deve ser difícil lidar com isso né... Saber que mulheres muito mais atraentes que você estão no pário. Ela murmura com uma expressão austera no rosto.

─ Escuta aqui sua invocação do mal existem bilhões de homens no mundo não vem querer o dos outros. Quer dizer que você se acha gostosa, boazuda para conquistar macho alheio mas para conquistar um você não é capaz. Estou te avisando não testa a minha paciência. Esbravejei.

─ É claro que sou capaz Lizzy inclusive tenho muitos mas prefiro a adrenalina, o proibido. Ela diz rindo e isso foi o suficiente para despertar a fúria dentro de mim. Antes que pudesse acertar a mão na cara dela sinto uma mão segurar meu braço com força me impedindo.

─ Liz. Thomas estava abismado com a minha atitude.

─ A culpa também é sua. Grito com ele e solto meu braço com força da sua mão.

─ O quê? Thomas murmura surpreso.

─ Isso mesmo se você não desse trela para ela nada disso teria acontecido.

─ Não Liz eu sou responsável pelas minhas ações e pelo que digo não pelo que as pessoas escutam ou imaginam. Eu jamais vou dormir nem com a Brenda ou qualquer outra mulher porque você é a mulher que eu amo. Só você.

─ Não acredito em nada disso. Murmuro e volto para dentro da casa.

Me despeço de todos saindo em seguida pronta para entrar no carro. Thomas também sai e fica parado na minha frente.

─ É sério isso Lizzy a gente acabou de voltar e já estamos brigando de novo. Deveríamos estar fazendo sexo caramba... Passei a droga do meu final de semana pensando em você. No quanto senti sua falta e você está me julgando por algo que nunca aconteceu eu jamais dormir com a Brenda e nem quero.

─ Mas você olhou para os peitos dela. Eu vi Thomas. Murmurei encostando no carro.

─ Você quer a verdade?

─ Mas é óbvio. Respondo cruzando os braços.

─ Olhei Liz mas isso não significa que eu quero transar com ela. Thomas diz encurtando a distância entre nós. ─ Eu não quero Liz... Não quero dormir com outra mulher que não seja você. Só você me excita. Só você é a dona do meu coração. Ele sussurra erguendo meu queixo me fazendo encará-lo.

─ Eu te amo Liz. Eu te amo de uma forma que jamais amei ninguém. Nunca duvide disso. Ele diz convicto ainda me olhando.

" Ele tinha razão. Eu fui imatura e sem noção. "

─ Desculpa amor eu fui imatura. Não deveria ter agido assim. Disse com vergonha.

─ Ei, não precisa se desculpar Liz só não quero que esse mal da desconfiança habite na nossa relação. Eu sei que ambos somos ciumentos e precisamos trabalhar isso juntos. Está bem? Ele pergunta segurando meu rosto com ambas as mãos.

" O ciúmes exagerado não é bom mas eu me senti insegura. Que mulher não se sentiria no meu lugar. Não é tão simples assim."

─ Está bem vamos tentar de outra forma meu amor eu prometo tentar melhorar. Murmurei.

─ Vamos conseguir. Precisamos fazer isso pelo bem da nossa relação. Ele diz e nos abraçamos forte.

─ Eu te amo. Ele sussurra beijando meus cabelos depois.

─ Eu também te amo. Disse me sentindo mais tranquila.

Muitas pessoas idealizam um romance estilo Disney " E eles viveram felizes para sempre" mas na vida real não é bem assim. Somos seres humanos falhos, detalhados de defeitos e não é fácil aceitar os defeitos do outro muitas das vezes tudo que temos que fazer é respirar fundo e ponderar os prós e os contras. Thomas e eu estávamos tendo nossa primeira experiência nesse quesito e posso dizer que estávamos falhando miseravelmente, negligenciando nossa relação que caminhava para o abismo da desconfiança. Era questão de tempo até que o ciúmes começasse a desgastar nossa relação. Fazendo qualquer sentimento que compartilhavámos esfriar mas decidimos mudar de rota, lutar pelo nosso amor e isso torna as coisas mais reais, mas palpáveis.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora