Primeira Parte
"O medo é o pai da moralidade" Nietzsche
Capítulo 1
A noite cálida torna um imenso convite para os amantes, com o movimento intenso na orla da praia indica que as pessoas apresentavam gostar da beleza da noite, o resto do dia na época mais quente do ano. Os casais das mais variadas idades caminhavam com mãos dadas, demonstrando afetos. A praia é uma cidade mediana, mas a quantidade de habitantes duplica nas férias de final de ano. Num canto da orla, um rapaz sem companhia estava sentado sobre as pedras observando a água do mar realizar o jogo vaivém. O som das águas estourando nas pedras não é alto, o gosto adocicado da sensação térmica é um convite para uma caminhada mais prolongada. Os bares abertos, no horizonte marítimo se avista alguns navios se aproximando do porto local.
O jovem sentado sobre a pedra, sem importar-se com as horas decide se levantar, caminhando com seus pés descalços pela praia, sentindo os finos grãos da areia entrando entre os seus dedos promovem uma sensação que se aproxima da liberdade. E com um semblante de tranquilidade continua a caminhar sem preocupar-se com absolutamente nada. Sem demonstrar qualquer preocupação com as questões sobre a vida tropeça em alguma coisa, ao notar que era um corpo o seu semblante demonstra surpresa. No instinto quase animalesco olha para os lados como se estivesse procurando por alguma coisa, ou alguém. De longe o jovem avista uma viatura policial, e começa a correr. Chegando quase sem folego, olha para os policiais com um gesto das suas mãos apontando na direção do corpo os policiais notando que era um jovem surdo tenta balbuciar algumas palavras sem sentido no intuito de indicar a existência de um corpo.
O policial demonstrando curiosidade olha para seu parceiro, e sem dizer absolutamente nada pega na mão do jovem surdo, e deixa-lhe de ser conduzido pelo jovem até chegarem no corpo. O policial nota que era um homem de 40 anos a 50 anos com sinais de uma severa tortura seguindo uma execução. O jovem sentado na areia, olha fixamente para o policial como se ele fosse um anjo vindo dos céus para proteger-lhe do mal. O policial pega seu rádio e solicita que seja enviado a perícia. Rapidamente curiosos ficam cercando na ânsia de querer saber o que está acontecendo. Um jornalista se aproxima mostra sua identificação de ser funcionário de uma emissora.
O jovem olhando para aquelas pessoas em sem querer entender o porquê daquelas pessoas cercando-o. Demonstrando um olhar de assustado para o policial, com as suas mãos tremulas segura as mãos do policial como pedir ajuda. O policial diz olhando diretamente para o jovem:
- Você foi muito forte...
O jovem com um sorriso tímido encara o policial. Ao redor do policial na mente do jovem se forma as asas de um arcanjo. E balbucia a palavra Anjo com um grande sorriso em seu rosto provocando um olhar de satisfação no policial. Após de uma hora a assistente social se aproxima do policial, olhando para o jovem diz:
- Você o conhece?
- Não – responde o policial – o que irá acontecer com ele?
- Iremos procurar algum familiar... – responde a assistente social.
O policial consente com sua cabeça. O seu parceiro se aproxima e diz:
- O delegado quer falar contigo.
Ele consente com sua cabeça, ao se aproximar do delegado pergunta:
- Os peritos já identificaram o corpo?
- Sim, é um jornalista, de uma emissora grande, e isso será uma verdadeira merda para todos nós. Quero que esse caso seja tratado com a prioridade máxima – avisa o delegado.
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Baluarte da alma
General FictionMarvin, uma criança autista e deficiente auditivo, encontra um corpo na praia. Renato Maciel ao longo da investigação se depara com grandes dilemas, levando à muitos caminhos que num momento terá que decisões que podem mudar a sua vida pessoal e pro...