Baluarte da alma 6

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Capítulo 6

Quase dez horas da noite quando Benjamin Weller com seu carro deixa o prédio sem ser notado pelo Renato Maciel em frente do seu condomínio. Ele conduz seu carro na direção qualquer. Após de vinte minutos chega num galpão que localiza num bairro industrial. Benjamin Weller entra no galpão, caminha até o segundo andar, com uma velha chave abre uma porta, senta-se à mesa, liga o laptop, conecta um pen—drive faz cópia de dois arquivos. Ao desligar o computador é surpreendido pelo Charles.

— O que você está fazendo aqui? – Pergunta Charles surpreso.

— Sou seu patrão, maneire nas suas palavras – avisa Benjamin Weller – estou aqui para resolver algumas pendencias – retirando o pen—drive do computador – mas quem deve dar desculpas aqui, não sou eu, não é?!

Benjamin Weller se levanta, sem dizer absolutamente nada deixa o escritório, e ao entrar em seu carro envia uma mensagem "você precisa dar um corretivo em seu cachorrinho". Vinicius ao ler aquela mensagem demonstra um olhar carregado de raiva. Joga seu celular contra a parede deixando a sua esposa preocupada.

— O que houve? – Pergunta a sua esposa.

Vinicius não responde, prepara um drinque, toma toda a bebida num único gole. Antes de preparar outro drinque diz em voz alta:

— Esse rapaz só faz cagada... – com o copo em mãos se direciona para seu escritório.

Ao fechar a porta do seu escritório, tira um quadro da parede, digita uma sequência de seis números, pega um novo aparelho celular, e realiza uma ligação, após de segunda chamada Charles atende:

— Seu imbecil, o que estás fazendo?

— Notei Benjamin numa das minhas empresas, pegou algo do laptop – olhando para a tela do computador – se ele copiou algum arquivo das nossas planilhas, você sabe o que isso poderá ocasionar?

— Entre em contato com os seus contatos e avisa que haverá mudanças no cronograma... sofreremos ataques... ele ainda não sabe do ocorrido – comenta Vinicius.

Charles ao abrir as planilhas desliga o telefone.

A lua e sol dividiam o céu ao mesmo tempo, a criança caminha por uma trilha feito de pedras, as árvores ardiam em chamas, o horizonte é formado por uma longa cordilheira de montanhas cobertas por uma série de nuvens rosadas, o ar é carregado por um perfume de gardênia permitindo uma sensação agradável. A criança caminha pela trilha até se aproximar de uma lagoa com águas turvas, um estranho reflexo na superfície da água se apresenta deixando a criança assustada, e de repente ela acorda gritando apavorada. O seu padrasto abre a porta, sem dizer absolutamente nada se aproxima dela e dá um tapa no rosto e diz em seguida:

— Seu verme durma e não me acorda!

O padrasto sai do quarto fechando a porta em seguida. A criança apavorada se deita na sua cama com seu olhar focado no teto sujo, as lágrimas escorrem pela sua face, balbucia algumas palavras num tom de oração. Após de uma hora a criança volta a dormir. Seu padrasto reabre a porta, e nota que seu enteado está dormindo e diz para si mesmo "inferno de família" e continua a dizer a si mesmo "e eu quero ver onde está a maluca da mãe dele". Fecha a porta do quarto, quase tropeçando nos móveis volta para sua cama.

Um médico entrega o prontuário para a enfermeira, e diz em seguida:

— Avise às autoridades sobre essa paciente...

A enfermeira consente a sua cabeça, e realiza uma ligação, após de alguns minutos de conversa recoloca o telefone no gancho e diz ao médico:

— Uma assistente social irá vir em breve.

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