Capítulo 7
Eram quase oito horas quando Francine chega na delegacia, se direciona para a sala do investigador Renato Maciel nota que ele não estava, somente o seu parceiro. Demonstrando um olhar inquietante provoca Caio Resende.
— Você está procurando por quem? – Pergunta Caio Resende demonstrando curiosidade.
— Um documento foi enviado para cá, devido à uma mulher, que está internada no hospital, a qual presumo que ela seja a mãe daquela criança... – responde Francine.
— Renato ainda não chegou, e não veio nenhum documento ainda... por que você acha que esse documento viria para cá? – Questiona Caio Resende.
Francine demonstra um olhar de insatisfação. "O que faço agora?" Pergunta para si mesma demonstrando em não saber o que fazer nesse momento. Ao sair da sala se depara com o delegado na companhia de alguns homens fortemente armados. Sem conseguir falar com o investigador sobre o seu novo caso se direciona ao estacionamento, com as chaves do seu carro em mãos, vários pensamentos surgem nesse momento, as lembranças da noite passada surgem como fleches provocando o surgimento da sua excitação. "Eu preciso me controlar" diz para si mesmo, ao entrar em seu carro envia uma mensagem dizendo "essa noite foi intensa, estou sentindo as boas sensações da noite passada".
Sem ter a resposta do seu namorado dá partida no carro e se direciona à prefeitura. Passando dez minutos estaciona seu carro no pátio. A prefeitura é um prédio de dez andares, tem uma aparência de malcuidado, as paredes são de cor cinzas, os vidros são pretos. Ao entrar no prédio no hall de entrada há um grande balcão com dois funcionários que orientam os cidadãos quando apresentam dúvidas, a assistente social cumprimenta os dois funcionários. Ela aciona o elevador. O elevador é antigo, com um leve solavanco o elevador começa a se direcionar para o andar. Ao sair do elevador ela recebe uma mensagem do investigador, "não recebemos o documento como você estava procurando".
Ela ao ler a mensagem demonstrando um olhar angustiante, se direciona para sua sala, e ao sentar-se à sua mesa pega o telefone, realiza uma ligação ao hospital psiquiátrico.
— Doutor, o investigador responsável pelo caso não recebeu o documento... – diz Francine.
— Foi enviado assim que ela foi internada, eu não posso dar alta sem a vistoria da polícia – comenta o médico.
— E você sabe quem recebeu esse documento? – Pergunta Francine.
— Não! – Responde o médico.
Sem dizer absolutamente nada ela desliga o telefone. Sem ter as informações necessárias apresenta um olhar apreensivo. Uma colega de trabalho entra na sala e entrega um envelope com timbre do hospital psiquiátrico. Francine sente um pouco de alívio, ao abrir o envelope nota que era o documento. Sem dizer absolutamente nada pega as suas coisas e deixa a prefeitura. A sua colega demonstra um olhar assustado, "o que está acontecendo?" Pergunta para si mesma.
Padre Anacleto caminhando pela rua em companhia do seu amigo na direção de um ponto de ônibus diz:
— Meu amigo, fico feliz por sua visita..., mas você não veio somente para uma visita...
— Você, Anacleto sempre demonstrou uma grande capacidade de leitura – diz Almeida Queiroz – estou aqui para te pedir uma coisa... – sentando-se no banco no ponto de ônibus.
— E o que seria? – Pergunta Padre Anacleto.
— Ajude uma moça, ela irá te procurar. Eu não tenho tempo de vida suficiente para realizar esse trabalho... – comenta Almeida Queiroz.
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Baluarte da alma
General FictionMarvin, uma criança autista e deficiente auditivo, encontra um corpo na praia. Renato Maciel ao longo da investigação se depara com grandes dilemas, levando à muitos caminhos que num momento terá que decisões que podem mudar a sua vida pessoal e pro...