Capítulo 3
Numa banca, um homem com olhares tranquilos e profundos fica observando as matérias de capa dos jornais impressos, mas somente um que lhe chama atenção, segurando o jornal retira do seu bolso a nota de dois reais e entrega ao jornaleiro. Se direciona à panificadora que se localiza alguns metros da banca, a funcionária com um sorriso habitual se aproxima da mesa do cliente, anota o pedido dele. Enquanto a funcionária prepara o pedido ele faz a leitura silenciosa da matéria de capa do jornal. A panificadora tem um pequeno movimento por não ter uma identificação. Após de alguns minutos a funcionária traz seu pedido.
Da janela ele consegue observar toda a movimentação das pessoas na calçada. Como é alta temporada é grande número de turistas. Ao tomar um gole do seu café nota um homem usando chapéu Fedora, em mãos, se direciona à mesa daquele homem, colocando seu chapéu sobre a mesa, sem olhar para a funcionária diz:
- O café aqui é bom?
A funcionária lhe traz uma xícara de café, as suas mãos estavam tremulas, e o visitante diz:
- Não precisa ficar nervosa. Não é Benjamin Weller?
Benjamim Weller olha para a funcionária e com uma voz tranquila diz:
- Pode ir, Carol – a funcionária consente com sua cabeça e se afasta – Andrea Conti, o que você está querendo?
- Nós precisamos conversar sobre algumas coisas, e você sabe que o nosso chefe não gosta de pontas soltas... – diz Andrea Conti num tom de ameaça.
Benjamin Weller dobra o jornal, toma mais um gole do café, engole um pedaço da fatia do bolo de nozes, e comenta:
- Avisa para seu chefe, que eu não sou lacaio dele... eu fiz o que deveria ter feito, algo que não tiveram coragem de fazer.
Andrea Conti com um sorriso entre os seus lábios, toma um gole do seu café, e retruca educadamente:
- Vou dizer a ele, mas cuidado por onde andas... – num tom de ameaça – ele não irá aceitar esse seu comportamento como eu.... – Se levanta e deixa o estabelecimento.
Benjamim Weller ao terminar seu café habitual, pega o seu jornal e sai do estabelecimento, na calçada olha para os lados e decide caminhar na direção esquerda. De um helicóptero sobrevoando a praia tem uma visão mais ampla da quantidade de turistas. O helicóptero pousa sobre o prédio da delegacia. Dele sai uma mulher de 40 anos de idade, cabelos castanhos claros, usando uniforme da PM, segue pelo corredor após sair do elevador todos que notavam a presença dela apresentavam um olhar de surpresa, ao entrar na sala do delegado surpreendendo-o:
- Ora, delegado, por que não estás com todos esses desocupados na rua procurando pelo assassino?
- Senhora, me perdoe, é que estamos iniciando as investigações, ainda não temos nada sobre o criminoso... – comenta o delegado.
Aquela mulher demonstra um olhar de reprovação e argumenta:
- Mas é preciso ter resultados... – sai da sala do delegado.
O delegado pega seu celular e envia uma mensagem "a chefe esteve aqui e quer resultados". Renato Maciel chegando na emissora de televisão, lê a mensagem e balança negativamente a sua cabeça. Ao encontrar a atendente diz que quer falar com editor chefe. A funcionária consente com sua cabeça, fala algo via telefone por alguns segundos e diz:
- Ele já vem.
Após de alguns minutos um senhor de idade se aproxima e pergunta:
- O que seria?
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Baluarte da alma
General FictionMarvin, uma criança autista e deficiente auditivo, encontra um corpo na praia. Renato Maciel ao longo da investigação se depara com grandes dilemas, levando à muitos caminhos que num momento terá que decisões que podem mudar a sua vida pessoal e pro...