Capítulo 9

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O dia seguinte passou normalmente. No colégio, Deena não teve nenhuma aula com a loira, o que não foi nenhum obstáculo para que pensasse nela a todo instante. Já em casa, sua "mãe" lhe contou as anedotas do seu encontro que ocorreu às mil maravilhas antes de ir para o trabalho.

Deena se jogou no sofá, entediada. O telefone tocou e ela atendeu revirando os olhos.

- Alô?

- Deena... – Peter soou na linha telefônica, parecia apavorado.

- O que foi, Peter? Aconteceu alguma coisa? – Notou o desespero na voz do amigo.

- Eu estou morrendo... – Sussurrou.

- O que? Como? Você está me deixando nervosa... – Dizia séria.

- Eu estou sangrando... Quer dizer, seu corpo está sangrando. Eu juro que não me machuquei em lugar nenhum! Não sei o que está acontecendo.... Estou sentindo dor também. – Deena prendeu o riso.

- Onde meu corpo está sangrando, Peter? – Perguntou calma, já tinha ideia do que estava acontecendo.

- Lá... embaixo... – Falou envergonhado e Deena explodiu em gargalhada.

- Peter... eu estou naqueles dias. – Gargalhava ao confirmar suas suspeitas. - Quero dizer, agora você está!

- E você está rindo por quê? Não vejo graça nenhuma! – Falou irritado sabendo do que se tratava.

- Peter, é só uma semana. Eu aguentei isso desde que veio. Então não reclame. Mas veja pelo lado bom... – Usou a frase do amigo e pensou em algo positivo. - Não, não tem lado bom nisso.

Gargalhava sem conseguir como parar e ouviu Peter grunhir em frustração.

- Boa amiga você... Obrigado, ajudou muito! – Sibilou irônico. - Mas está certa. Nem eu vejo lado bom nisso. Deena, eu não paro de sangrar um segundo, meus peitos estão inchados e minha coluna dói. Estou mal humorado, isso é horrível! Eu não vou aguentar isso por uma semana! – A garota aumentou as gargalhadas. - Deena!

Se vira. Vou dormir. – Desligou rindo.

(...)

- Papai. – O chamou enquanto jantava. Os Fraser jantavam na mesa e Caleb falava ao telefone enquanto comia, Mônica fazia o mesmo.

- Estão me ouvindo?

- Sim, querida.

O homem respondeu rápido, não parecia estar prestando atenção de verdade nela, Mônica se limitou a balançar a cabeça.

- Bom... – Largou os talheres e cruzou os braços. - Então já que estão me ouvindo, ótimo, pois tenho que lhes dizer que irei fazer uma tatuagem. – Olhava pra eles observando suas reações.- Okay. – Disse simplesmente.

- Pedro, marque a reunião amanhã às seis. – Falou ao celular.

- Irei me encher de tatuagens. – Insistiu.

- Vai ser um grande negócio se conseguirmos fechar com os mexicanos, Caleb. – Argumentou Mônica.

Samantha revirou os olhos.

- Vou raspar um lado da minha cabeça, colocarei piercings na boca, no nariz e um lá embaixo também, e largarei a escola. Quem sabe... – Falava tentando ter atenção.

- O que quiser, meu amor. – Mônica respondeu natural, nem ouvira sequer uma palavra dela.

- Mas que droga! – Levantou da cadeira abandonando a mesa indo direto pro quarto.

Se Eu Fosse Você (Sameena)Onde histórias criam vida. Descubra agora