I - récit

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"Gold, when you see me
Hi, if you need me
Babe, that's the way it was
That's the history"

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No final do século V até o final do século XV a sociedade passou por um período intitulado Idade Média, nela a igreja possuía um poder soberano sobre as decisões da civilização, isto é, além de possuírem uma pirâmide social onde o clero, a nobreza e os servos eram divididos e rotulados com a finalidade de tornar essas classes extremamente distintas entre si, ainda deveriam seguir os rigorosos mandamentos do Deus cristão.

Esse Deus, por sua vez, era retratado através de uma figura que denominava poder e representava sua palavra em frente a toda sua população, verbalizando a conduta que deveriam seguir para que fossem aceitos no paraíso de seu Pai misericordioso.

Besteira.

Na verdade, assim como retratado ao longo da história, não era bem Deus que decidia quem deveria partir ou não, mas sim o seu escolhido que ocupava tronos gigantescos e cheios de ouro com suas roupas espalhafatosas e esvoaçantes. Os sacerdotes decidiam quem era digno do amor do Todo Poderoso e, caso você destoasse de quaisquer de suas crenças, era sentenciado à morte.

Partindo disso, é um pouco óbvio como a sociedade se estabeleceu a partir desse período. Afinal, como levar um estilo de vida, criar suas próprias crenças e cultura quando algo maior lhe impede e interfere nisso em absolutamente todos os momentos de sua vida?

Isso é impossível! Era impossível e continua sendo.

Por mais que todo mundo pense que tudo mudou e pensamentos foram evoluídos com a chegada da Era Moderna ou da sociedade contemporânea, isso é pura ilusão. Ainda vivemos sobre o domínio da igreja católica, contudo de forma um pouquinho mais sútil.

Bom, eles desejam isso.

Em meados do século XV, por volta de 1416, em uma casinha distante e pequena no Reino Franco, constituída majoritariamente de madeira com pequenas frestas que quase não seguravam o frio exorbitante daquela estação do ano e balançavam conforme o vento se tornava cada vez mais forte, Johannah suava frio e gritava sentindo as dores do nascimento de seu primeiro filho.

A cama estava revestida por um trapo de cor encardida, inicialmente era branco, mas com o passar dos anos se tornou um amarelo esquisito. No entanto, agora esse pano estava empapado de uma cor escarlate intensa, denunciando o sangue que jorrava enquanto a mulher fazia força para dar à luz ao seu primogênito.

Não sabia se seria uma menina ou um menino, mas já sabia os nomes. Louis se fosse um garoto ou Charlotte se fosse uma garotinha.

Por fim, ao final de toda aquela dor descobriu ser Louis. Louis William Tomlinson. Seu primeiro filho. Um lindo garotinho de cabelos lisinhos e olhos tão azuis quanto um céu sem nuvens em um belo dia de sol.

Nos anos seguintes a família de Louis teve o privilégio de gerar ainda mais vidas, na época isso significava uma vida próspera e de alegrias extasiantes pois ele, sua mãe e seu pai Mark poderiam compartilhar de ainda mais cuidado e amor. Tiveram mais quatro garotas, totalizando cinco lindos filhos.

O período em que viviam não era fácil, Mark saía durante o dia e voltava apenas quando escurecia. Johannah, por sua vez, dava atenção aos seus filhos e cuidava da casa para que todos estivessem sempre acolhidos e protegidos. A casa era pequena e humilde mas o amor transpirava por suas paredes descascadas.

Louis era um garoto de ouro, ajudava sua mãe desde pequeno nos cuidados com a casa e posteriormente se empenhava em dar atenção total aos seus irmãos. Adorava correr do lado de fora da casa passando pelas árvores e sentindo o vento gélido em seu rosto bronzeado.

when the day met the night ☾︎ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora