when the day met the night ☾︎ l.s

VI - liberté

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Rowing in an wooded hollow
Showing me the moves to follow
It's a slow cinnamon summer
And your spell is pulling me under

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O que é liberdade para você?

Por algum momento já pararam para pensar quanto o sentimento de liberdade pode se tornar aquilo que mais lhe prende? Em um piscar de olhos toda a sua independência escapa pelo meio de seus dedos e se torna apenas uma lembrança boa.

Não entenda mal, ela existe e está presente na vida de inúmeras pessoas. Entretanto sempre existe prazo de validade para coisas boas. A vida precisa de contraste afinal.

Pense na liberdade como a sensação de felicidade explosiva, elas estão conectadas de alguma forma, se nos sentimos livres automaticamente uma sensação gostosa nos toma. Contudo, assim como precisamos da tristeza para que possamos nos sentir felizes novamente, precisamos que algo nos prenda para que algum dia tenhamos o privilégio de sentir que tudo podemos.

Assim funciona o livre arbítrio. Parece ser triste e ilusório mas, na verdade, ele só representa a vida.

Quando Harry e Louis se encontraram naquela noite gélida não esperavam que terminasse da forma como terminou. Eles sentiam que tudo podiam após um período que estiveram presos em seus próprios sentimentos sufocantes. 

A maior prova do amor de alguém é agarrar seus sentimentos por outra pessoa até sentir que o caminho está seguro, isso protege e acalenta sua própria alma e a alma de quem se ama. Agir com impulso também pode ser uma prova de amor para pessoas apressadas e com fome da sensação que isso trará, mas eles não eram assim, eles eram calmaria, aconchego e, acima de tudo, eles eram guiados por uma força superior nem mesmo vista. 

Essa força se chamava destino e contra isso não há como lutar.

Eles não queriam lutar.

Não contra um sentimento que aquece seus espíritos, não contra algo que lhes faz tão bem.

Amar Harry foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para Louis assim como encontrar Louis foi o plano divino mais lindo da vida de Harry.

Seus lábios não queriam se desgrudar, estavam conectados por aquela pele sensível por horas na mesma posição, no mesmo local. Eles não podiam e nem queriam se afastar, esperaram tanto para estar exatamente daquela forma um com o outro sem nem ao menos saber da intensidade que aquele ato traria para seus corações. 

Suspiros eram deixados por ambos os pares de lábios, a sensação de pertencer ligada ao fio de saliva que se conectavam todas as vezes que pressionavam língua com língua, não percebendo as horas que passavam, não percebendo o nascer do sol que se aproximava.

"Quantas horas se passaram?" Louis falou ainda com seus lábios grudados.

"Não sei, mas estou tão feliz, Louis." Harry suspirou deixando um selinho longo no menor. "Vamos para fora, o nascer do sol se aproxima."

Louis foi puxado, sua mão guiada pelo maior que tinha um sorriso largo em seus lábios.

"Ei, espere." Parou antes de saírem pela porta.

"Louis, ontem foi sua nomeação e a noite mais importante de nossas vidas, você não está sentindo?"

"Sentindo o quê?"

Harry largou suas mãos e abriu os braços como se mostrasse todo o espaço em que estavam pertencendo naquele plano.

"Isso, a liberdade de pertencer, Louis." Harry sorriu e olhou no fundo dos olhos azuis profundos. "Pertencemos ao mundo, pertencemos um ao outro."