when the day met the night ☾︎ l.s

II - destin

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You were alone, left out in the cold
Clinging to the ruin of your broken home
Hear the falling and lonely, cry out
Will you fix me up? Will you show me hope?

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Você acredita em destino?

A palavra destino possui significados completamente distintos. É possível ouvir essa palavra em um GPS indicando que finalmente chegamos ao local de desejo, sendo assim um ponto de chegada pelo qual escolhemos e tivemos o cuidado de fazer o trajeto para que não nos percamos no meio do caminho.

Porém, se pensar em uma perspectiva espiritual, pode ser compreendido como um caminho pré-estabelecido sem o nosso conhecimento, caminho esse que nos cabe apreciar a longa viagem que é a vida e escolher entre o sim e o não, sem meio termo, escolher entre o bem e o mal, escolher aquilo que nos fará mais humanos ou não.

Significados distintos. Ter o domínio da vida ou não.

Destino nada tem a ver com sentar e esperar a vida correr por nossos olhos, afinal que propósito teria isso? Apenas esperar o dia de nossa morte?

Na verdade, existir um caminho já estabelecido pelo qual iremos percorrer ao decorrer de nossa vida é uma forma de motivação. Viemos ao mundo para descobrir um propósito maior e evoluir enquanto alma e espírito. Isto é, por mais clichê que possa parecer, os obstáculos que enfrentamos diariamente servem como aprendizado e, mais do que isso, constrói aquilo que seremos no futuro.

Por isso, quando Louis chegou à catedral naquele dia com seus 12 anos completos, não podia imaginar que suas decisões e ações o levaram até tal situação.

O sacerdote e seus súditos anunciaram que, pela sua bravura em enfrentar um grande lobo e pelo seu grande potencial em proteger o seu reino, seria honrado com a glória de lutar pelo seu povo.

O menino nem acreditou no que ouviu, era um sonho que pudesse ampliar suas habilidades e colocar em prática tudo aquilo que já sabia. Entretanto, uma nova onda de ansiedade lhe tomou quando ouviu as próximas palavras do sumo sacerdote.

"Com isso, te nomeio aprendiz da cavalaria. Devendo abdicar de qualquer relação que tenha com sua atual família e estar preparado para suas novas funções e honrar esse título."

Ele mal sabia como proceder após essas palavras, tinha apenas 12 anos e, por mais que trabalhasse desde o amanhecer até o entardecer, ainda assim no fim do dia corria para os braços de sua mãe e ficava junto de seus irmãos. 

Portanto quando aquelas palavras chegaram em seus ouvidos e foram processadas por seu cérebro teve a certeza de que após aquele dia não mais ganharia um abraço quentinho após o pôr do sol ou uma lambida de Phoebe ou Daisy quando chegasse com sua cabeça próxima aos rostos quentinhos das irmãs menores. Não haveriam mais passeios noturnos, beijos de boa noite ou gritarias e choros de crianças na madrugada.

Era muito para se processar.

Ou melhor, ele nem ao menos teve tempo de processar. Foi arrastado pela catedral até estar em um longo corredor com inúmeras portas longas e pesadas de madeira. As paredes de pedra tornando o local ainda mais frio e intimidador.

"Para onde estão me levando?" Perguntou afoito e olhando para os lados a fim de observar todos os detalhes daquele recinto.

"Agora você faz parte da corte dos aprendizes, esse é o seu novo lar."

"Mas e a minha família? Eles pensarão que..." Fez silêncio horrorizado.

Quando alguém não voltava para casa no fim do dia significava que nada de bom havia acontecido com aquela pessoa, ainda mais um mero servo.