III - communication

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n.a.: hello!! vim aqui no início porque tenho dois recados antes da leitura. 

o primeiro é que vocês podem ouvir a música que eu deixei na mídia durante o capítulo, principalmente na segunda luazinha, podem colocar no repeat que eu garanto que a sensação é maravilhosa!!! 

e segundo, queria avisar que nesse capítulo vão ter algumas reflexões sobre religião e sobre a vida, são as visões do harry e do louis desse universo então preciso lembrar que é possível que você não concorde com algo que eles dirão e se isso lhe causar desconforto me desculpe, mas saiba que a sua verdade é essencial para a sua vida, não deixe de se agarrar à ela!!

boa leitura, luazinhas!

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Tell me something I don't know
And lead me to the place where no one ever goes
Let me go under your skin
And let me find the demon that drives those heavenly limbs

☾︎

Desde que o Mundo é Mundo a comunicação sempre foi uma ferramenta útil e necessária para que relações fossem estabelecidas e histórias fossem contadas.

Se sabe que, um dos primeiros meios de comunicação desenvolvido para humanos expressassem seus desejos, acontecia por meio de sinais, gestos e sons. Esses mostravam as reais intenções de cada povo e como lidariam com uma situação. Depois disso temos as pinturas feitas em cavernas que contavam histórias que perpassariam durante séculos na sociedade.

A escrita só foi criada alguns séculos mais tarde, antes mesmo de Cristo nascer. 

Os povos antigos possuíam sua maneira única de se comunicar e isso auxiliou na maneira como essas informações chegariam nas civilizações futuras. Seus nomes grafados de forma intensa, contos com histórias envolventes e cantigas repletas de sonoridade ficaram eternamente marcados nos fundos de cavernas úmidas e quase inacessíveis, mas ainda assim foram compartilhadas entre seus povos em tempos tão antigos tornando a escrita e a partilha algo duradouro.

Bom, claramente a população desconsiderou alguns desses fatores com o passar dos anos.

Com a chegada da Idade Média eram poucas as pessoas que dominavam o dom da escrita e da leitura, era uma atividade extremamente seletiva e apenas algumas classes poderiam ter contato com aquele recurso. Servos não eram uma dessas divisões, afinal por que precisariam ler e escrever se suas vidas eram voltadas para atender às necessidades do reino?

Essa era uma maneira muito inteligente de se pensar, se apenas as divisões detentoras de poder possuíssem o domínio de saberes, poderiam controlar a grande massa e prevenir qualquer tipo de revolta.

Isso lhes soa atual?

Assim como não há sociedade sem língua, não há língua sem sociedade e isso se dá porque tudo que comunicamos perpassa os campos sociais. É histórico, é cultural e, se caso não for acessível, se torna inútil.

Qual o propósito de existir um campo de conhecimento que pode facilitar tanto mas que não abrange grande parte de uma sociedade?

Era isso que Louis se perguntava diariamente em sua nova rotina, começou a compreender melhor tudo aquilo que estavam escritos nos livros que agora, nessa realidade alternativa de sua vida, ele possuía o privilégio de ter em mãos. Entretanto, se revoltou com a forma como tudo aquilo parecia uma eterna e complexa baboseira.

Lembrava claramente das histórias que seus pais costumavam lhe contar antes de dormir. Eram lendas e contos antigos passados de geração em geração. Por vezes, faziam uma roda em torno de um fogo feito com as poucas lenhas coletadas para apaziguar o frio cortante que fazia em determinadas estações do ano apenas para ouvir aterrorizantes histórias sobre guerras instaladas e caça às mais diversas classes.

when the day met the night ☾︎ l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora