Cap 9 - Primeiro método eficaz

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     Ash estava apreensivo e nervoso com Louis ter virado o jogo ao favor dele, não queria ser o passivo. A ideia de fazer com que o loiro sentisse-se desafiado a "aguentar o tranco" não tinha dado certo. O que fazer então? Pensar nas possibilidades deixava ele inquieto e, ao mesmo tempo, curioso. Como seria isso?
      "Ele seria agressivo ou mais cuidadoso? Para uma primeira vez, teria que ir com calma. Mas mencionou algo como boas preliminares, como são as dele? Bem, eu gosto muito de beijar, acho que isso deixa tudo mais leve, mas e ele?"
     Imaginar como seriam as preliminares com Louis fez Ash se sentir mais quente, e então, decidiu dar uma volta pelo jardim, para poder distrair-se um pouco.
     Do lado de fora da casa, Ash andou bastante, olhando para todas as flores rasteiras, roseiras e vasos com mudas de frutíferas que haviam. Era um ambiente tranquilo, essencial para relaxar sua cabeça. Mas, quanto mais silêncio e brisa matinal que recebia, mais sua cabeça ficava vazia, dando espaço para ainda mais fantasias. Tudo ali fazia ele lembrar de Louis.
      "Parando para lembrar, os lábios dele são bem macios, não duvido que use manteiga de cacau, já que é tão vaidoso. E já vi ele trocar de roupa, daquele dia do camarim... Ele está bem em forma, para alguém que não pratica nada". Inspirou e expirou devagar, esticando seus braços para cima, e depois, colocando suas mãos na cintura. "Ele tem uma carinha muito punível, como reagiria à dor de uma primeira vez?".
    Imaginar Louis com marcas de mordidas, corado e relaxado, fez o coração de Ash acelerar. Seu sangue esquentou e ele sentiu sua calça moletom ficar um pouco apertada. "É, um ótimo momento para isso acontecer, hein, vida", pensava "Mas... Ficar excitado por imaginar um cara em um pós sexo...". Olhou ao redor, o jardim estava vazio e ele precisava de alívio.
     Ele andou com passos apressados para mais fundo no jardim, e conforme ia mais a dentro daquela, que parecia uma floresta interminável, sentia-se mais e mais excitado. "Essa deve ser a primeira vez que eu tomo tanto cuidado, antes de fazer isso, não quero que ele me veja quando chegar".
     Quando encontrou um lugar mais conveniente, mais discreto, Ash sentou no chão, sem importa-se se havia ou não aonde escorar. Apenas colocou a mão por dentro da sua calça e se apertou "não me lembro da última vez que fiquei tão duro, é castigador". Puxando o tecido mais para baixo, colocou seu membro para fora. A camisa atrapalhava e não conseguia manter presa aos dentes, conforme ia suspirando.
     Ash tirou sua camisa e continuou se tocando, alisando sua virilha e interior das coxas com a outra mão. "Acho que posso me permitir fazer algum som...". E soltou um gemido baixo.
     Louis havia acabado de descer do carro, com uma sacola na mão, correndo para encontrar Ash, ele escuta um som longe, fraco. Desconfiado, ele anda devagarinho, rumo a um vaso comprido e estreito de um pé de jasmin, aonde havia um taco de hóquei escondido. Ele pega e vai seguindo o som esquisito, e conforme vai se aproximando, ele nota que não é um som comum. É... Ash?
     Louis abaixa o taco e continua caminhando, mais silenciosamente possível, procurando pela origem dos ruídos, se da conta de que são gemidos, até que o loiro vê o que se passa.
      Ash estava ficando suado, ainda não havia chegado ao seu ápice. Aquela cena era muito melhor do que qualquer coisa que Louis havia imaginado, e muito, muito diferente de qualquer coisa que já tenha assistido. As feições que Ash fazia e os sons dos gemidos pouco abafados dele eram como gasolina pura para o fogo que tomava conta do corpo do ator. Sentiu-se quente e duro também e não hesitou em tocar-se. "Então, o que eu faço agora? Me toco apenas vendo você ou te ofereço uma ajudinha?", pensou.
     - Ash...
     - Ah, Louis... - gemeu, de olhos fechados e rosto para baixo, totalmente longe de sua lucidez - Por que tão bonito?
     - Nossa, Ash. Me acha bonito?
     - Sim...
     Ele ofegou e travou sua respiração, estava quase, quase. E então, gozou. Só soube forrar o chão com sua camisa e deitar.
     Louis ainda estava ali, mas não conseguia chegar lá também. Precisava de mais, sentia que precisava de Ash. A luxúria em seus olhos se tornou cada vez mais eminente e chamou pelo ruivo.
     - Ash. Por favor...
     O pianista estava relaxado e bem deitado, com um sorriso tranquilo no rosto. A ideia de ter Louis como motivação para se masturbar estava parecendo menos bizarro a cada vez que pensava nisso. Em um momento, ele ouviu um ruído, e ficou assustado. "Ele chegou?".
     Louis engoliu seco e parou de se masturbar, decidiu aparecer e ver no que dava. "O máximo que pode acontecer é ele ficar com vergonha e sair, mas eu ainda vou ter essa cena deliciosa na minha mente".
     Quando Ash percebeu que Louis estava vindo, tentou parece o mais tranquilo possível. Mas o ator, por mais que fosse excepcional em seus rodeios e charmes, foi direto:
     - Você ainda está suado, mesmo com um ventinho tão gostoso nessa parte do meu terreno. O que fazia aqui?
     - Flexões...
     - Tão afastado da casa?
     - Sim, precisava de ar fresco, sabe?
     - E privacidade?
     - Também.
     Eles ficaram quietos, outra vez, como sempre acontecia, mas Louis não estava com humor para aquilo.
     - Sei que está mentindo, Ash.
     - O quê?!
     O loiro chegou perto de Ash e abaixou, sentando em suas pernas, com as mãos no chão.
     - Eu vi o que você estava fazendo... Pervertido.
     - Viu o que?
     Louis olhou para o chão, suspirando "como pode ser tão sonso?", pensava "ok, eu também posso brincar disso". Chegando mais perto ainda, ele suavizou o tom de sua voz:
     - Você se masturbando e chamando por mim. Estava comigo em seus pensamentos, Ash.
     - Realmente - respondeu - seu ego é maior do que o meu, Louis. O que te faz ter tanta certeza de que eu fiz pensando em ti?
     - A prova de que você me deseja está bem aqui - Louis baixa o olhar, erguendo uma sobrancelha, e volta a olhar para Ash.
      Estava excitado outra vez, e sem saber que desculpa dar, apenas beijou Louis. Foi intenso, como se os dois estivessem com fome. Com muita fome. Logo, Ash tirou o casaco de Louis, seguido da camisa e continuou percorrendo o pescoço e ombros do ator com mordidas e chupões.
      Louis também deixou marcas em Ash, algumas de mordidas, e distribuía beijos nos ombros do outro, enquanto cravava suas unhas nas costas do ruivo. Ash colocou Louis sentado em suas pernas, colocando as do loiro em volta de sua cintura, o que o espantou na hora:
     - Se a intenção é essa, pode esquecer.
     - Sério? Mesmo com meio caminho andado?
     Louis pensou por um momento, e teve uma ideia. Já que nenhum queria ser o passivo, o jeito seria revezar ou não continuar. E como aquilo estava bom demais para interromper, ele sugeriu:
     - E se... A gente apenas esfregasse um no outro?
     - Tipo, você me masturba e eu, masturbo você?
     - Quase isso.
     Ash afastou sua barriga e deixou que Louis desabotoasse a calça dele.
     - Coloca o seu para fora também.
     - Para...? - questionou Ash.
     - Apenas faça-o.
     Obedecendo, Ash desceu o elástico do moletom, juntamente com a cueca. Louis segurou os dois membros juntos, e os esfregou.
     Ash ficou arrepiado, era algo novo, mas muito gostoso. Entretanto, Louis estava fazendo com calma e o ruivo sentiu-se impaciente. Era quase como uma eterna provocação.
     Tomando a iniciativa pela primeira vez, Ash pegou na mão de Louis, que continuava apertando os dois membros juntinhos, e mexeu com um pouco mais força. O ator soltou e deixou que o outro fizesse. Finalmente pôde aproveitar a sensação deliciosa que era aquilo. Aonde havia aprendido? Quem sabe, mas a certeza que tinham era de que era ótimo.
     Com a pressão do aperto, Louis gemeu:
     - Argh, Ash... Está pegando forte.
     - Você estava fazendo com delicadeza demais.
     - Para um início, era preciso, só até pegar jeito...
     - Já peguei o jeito - e fez mais rápido.

     Louis inclinou para a frente, beijando Ash novamente, e conforme ele ia masturbando, o loiro segurou firme nos fios de fogo do pianista

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     Louis inclinou para a frente, beijando Ash novamente, e conforme ele ia masturbando, o loiro segurou firme nos fios de fogo do pianista. Suspirando pesado, Ash pausou o beijo, dizendo que estava quase gozando mais uma vez. Seus olhos ardiam um desejo e o ar parecia mais pesado a cada minuto. Tudo estava inebriante.
      - Ah, Louis... Eu vou -
      Aquilo fez com que o ator segurasse a mão de Ash de novo, ajudando-o a manter o ritmo, e então, ambos gozaram e juntos.
      Depois, deitaram no chão do jardim, suados e respirando fundo, sem nada em seus pensamentos. Estavam sujos de gozo e cansados, principalmente Ash, que fechava os olhos, quase cochilando.
      Vendo aquilo, Louis sorriu, achando adorável a carinha que o outro fazia, e por um breve momento, sentiu seu coração batendo mais forte. Será que...?

Devoções Enganosas - Side StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora