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Nalu

Saio do aeroporto, atravesso a rua que tá muito movimentada pelos carros e o sinal parado.

Carrego a mala pesada pela faixa de pedestre e de repente sinto meu corpo ser jogado pra longe e uma dor muito forte toma meu corpo, só consigo ouvir vozes bem longe, minha visão aos poucos vai apagando...

Acordo atordoada em quarto branco com a visão embaraçada ainda, e me deparo com um homem muito bem vestido de costa mexendo na minha bolsa.

- Ei, oque que tu quer com a minha bolsa - digo um pouco assustada e o cara se vira.

- Que bom que acordou - deu um leve sorriso - Eu tava procurando seu celular pra tentar falar com algum familiar.

- Não, não liga pra ninguém - digo tentando me levantar.

- Não faz isso você ta se recuperando ainda - diz se aproximando.

- E quem é você, e por quê eu tô aqui? - falo colocando a mão na minha cabeça que doía muito.

- Prazer Lennon, eu bati meu carro em você sem querer - diz coçando a nuca olhando para o chão.

- Oque? como assim? meu deus, eu tenho que ir embora agora! - digo tentando tirar aqueles fios do meu corpo.

- Não faz isso, espera deixa eu te explicar - diz tocando no meu braço.

Olho para ele com uma cara nada boa de cima a baixo e reparo que ele é bem bonito, elegante, tem pele escura e labios carnudos bem avermelhados. Não falo nada e ele começa a explicar oque realmente aconteceu.

- Eu tava dirigindo e um moleque pareceu do meu lado em um carro pedindo uma foto e eu tive que falar com ele e foi na hora que você passou na frente do meu carro - olho para ele ainda confusa - você apareceu na minha frente com muitas malas e não deu tempo frear - diz balançando o pé.

- Uma foto? me poupe né, dava pra parar o carro não seu idiota - falei puta.

- Sim uma foto. Eu sou cantor, você deve me conhecer como L7 - diz em um tom um pouco sarcástico - Eu ia parar, mas você entrou na frente, Nalu né?

- Como sabe meu nome? - pergunto seria.

- Tive que pegar sua carteira e pegar a sua identidade para a enfermeira fazer sua ficha - diz apontando pro meu RG em cima de uma mesinha ali perto.

- Não estou nem conseguindo pensar - falo confunsa colocando minha mão na parte onde minha cabeça dóia. - Você é um cantor e me atropelou pra falar com fã? - aponto pra ele que balança a cabeça - Porra cara, por que tu num bozinou o carro,
eu não sou surda não eu ia sair da tua frente - olho pra ele indignada novamente.

- Não deu tempo pô - fala baixo.

- Eu estou ferrada. Isso aqui é um hospital particular? - falo olhando o quarto melhor e ele só balança a cabeça confirmando e nego com a cabeça.

- Não se preocupa, pode deixar que vou pagar tudo - fala sentando na cadeira perto na maca.

- É o mínimo que você deve fazer - falo em um tom de deboche.

- Pode ficar despreocupada - solta um risinho quando olha para minha cara abrindo os botões do blazer preto.

- Tá bom então - dou de ombros sentando na maca dando um gemido de dor e ele levanta mostrando preocupação.

- Cê ta bem? - diz se aproximando.

- Tô sim - faço o sinal de legal com a mão.

Ele me olha por uns segundos e balança a cabeça afirmando. Eu não disse mais nada e ficou um silêncio muito desconfortável.

- Então que música você canta? - digo o olhando novamente e ele arqueia a sombracelha.

- As mais escutadas no momento é 'Freio da blazer e 'Perdição - falou olhando para a porta que se abre e um homem com uma roupa branca aparece.

- Então como a senhorita está? - fala com um sorriso na rosto.

- Bem na medida do possível - falo dando um sorriso fraco - Quando que eu vou poder sair daqui?

- Bom, como está á noite - fala olhando pra janela do quarto - Você precisa ficar mais um pouco de repouso, então já pode ir embora amanhã de manhã.

- Ótimo - digo confirmando com a cabeça.

- Então se está tudo bem eu vou indo, boa noite casal - diz indo de encontro a porta.

- Não somos um casal - digo.

- Desculpe, pensei que eram. Ficam bonitos juntos - eu e o Lennon nos entre olhamos e ele tentou disfarçar o sorriso e o doutor sai do quarto.

- Então você é o cantor de perdição. Sei quem você é, mas tá diferente no clipe você não era assim - analiso seu rosto.

- Quer dizer então que me conhecia? - diz sorrindo cruzando os braços.

- Mais ou menos - dou de ombros - Mas você não é lá essas coisa não tá - minto na cara dura mesmo.

- Sou sim, sou mó lindão - diz ajeitando a regata preta por baixo do blazer - Você é daqui?

- Não, sou do Ceará - digo já com um pouco de sono.

- Sabia que você não era daqui, seu jeito de falar é diferente e vi nos teus documentos - diz pegando o celular que tocava no bolso.

Ele se levantou e atendeu indo pra perto da janela. Meus olhos começaram a cansar.

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votem florzinhas.

POR ACASO - L7NNON Onde histórias criam vida. Descubra agora