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Nalu

O show já tinha começado e eu ainda perplexa, o Lennon já tá com outra? Filho da puta. A vibe do lugar quebrou total, fico repetindo pra me mesma não da tanta importância assim, mas parece que a minha mente me odeia.

- Vou tirar sua roupa - Ret apontou o microfone pra direção da multidão.

- TE DEIXAR LOUCA - cantaram todos juntos o mais alto possível.

- Sou chefe do crime perfeito e dono da sua boca - Ret continuou.

- Nosso futuro é incerto, papo reto - Lennon cantou esse refrão um pouco mais alto.

- Eu acho que foi uma indireta, Nalu - Cabelinho fala no meu ouvido e eu neguei com a cabeça rindo.

A casa de show a cada momento ficava mais cheio e é louco ver de perto o carinho de tanta gente, na minha cabeça isso só acontecia na internet. Mas não, eu tô vendo, eu tô vivendo isso. Gratidão.

- Desculpa gente - Anna apareceu - Estou atrasada, não tô?

- Tá não linda - Malu responde - Ele só cantou duas música até agora - olhou pra ela.

- Ainda bem - colocou a mão no peito e ajeitou a bolsa no ombro.

- Vou comprar bebida, vocês vão querer? - Xamã perguntou.

- Whiskysin, meu parceiro - Cabelinho responde.

- Quero cerveja - Laís olhou pra ele.

- Uma dose de whiskey - olhei pro mesmo.

- Como vou pegar isso tudo? - franziu a testa.

- Então pra que você pergunta? - Malu falou puxando ele.

- Esses dois são realmente um caso sério - Anna riu - Pessoal- chamou a atenção de todos - Esse é o meu primo - fala mostrando o cara e era o mesmo da agência mais cedo - José.

Olha pra ele rapidamente que me devolve o mesmo olhar e sorrio lembrando de hoje mais cedo. O pessoal se apresenta, mas quando chega minha vez não falo meu nome e todos me olham estranho.

- Oi José Bennet - digo sorrindo.

- Oi Nalu Araújo - responde brincalhão.

- Pelo o visto vocês já se conhecem - Anna fala e olho para o Lennon que tá de cara fechada - Agora vamos prestar atenção no meu marido lindo ali, por favor - diz apontando para o homem catando no palco.

A Malu e o Xamã chegam com todas as bebidas e sinto o gosto forte do whiskey descer na minha garganta. Procuro o olhar do José e ele já me olhava, levantei o copo e ele se aproxima.

- Quer? - ofereci a bebida e ele aceita.

- Whiskey? - pergunta quando sente o cheiro forte - A melhor de todas - ele vira o copo rápido e passa a língua nos lábios.

- A melhor de todas, com certeza - digo me referindo a bebida (ou não).

Volto a minha atenção no palco e o BK sobe para cantar com o Filipe Ret, a noite só tava começando.Viro um pouco paga trás
e do nada o Léo aparece de trás de mim.

- Vai falar com ele agora pô - chegou mais perto e fala no meu ouvido.

- Claro que não - olhei pra ele - Tu não ver? Ele tá acompanhado, não deve nem lembrar do que aconteceu.

- Tu que sabe - levantou a mão em forma de rendimento.

- Traio o mundo mas não vou me trair, derrubo quem for mas não aceito cair, tô de pé fluindo até mudo eu mudo, apesar de tudo vou viver sorrindo - Filipe cantou.

POR ACASO - L7NNON Onde histórias criam vida. Descubra agora