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Malu

Finalmente eu terminei aquele mini curso de Administração, não aguentava mais. Agora tô a caminho da casa dos meus pais em Fortaleza já que eu fazia o curso em Jericoacoara.

- Ali moço - apontei pro apartamento e ele para onde eu indico.

- Quer ajuda pra tirar as malas? - pergunta olhando pro porta malas.

- Ô moço,
quero sim - digo saindo do carro.

Por enquanto que o moço tira as malas ligo pra Laís falando que já tinha chegado e logo ela desce correndo pra me abraçar.

- Que saudade - me apertou.

- Eu não tô conseguindo respirar Laís - e realmente eu não tava.

- Que exagero amostrada - me soltou.

- Me ajuda aqui - caminhei até as malas e pago o uber.

- Eita porra, tem o que aqui dentro? chumbo? - brinca.

- Vai logo preguiçosa - empurrei ela devagar.

Conseguimos levar as malas pro elevador com o maior esforço.

- Puta merda - coloquei as mãos nas costas.

- Eai como que foi morar sozinha? - falou se vendo no espelho do elevador.

- Foi uma experiência única - olhei pra ela - Me apaixonei só umas três vezes lá.

- Até imagino oque tu deve ter feito - sorrio.

- Vou sentir saudade de Jeri - mordo meu lábio inferior.

- Aqueita o fogo - diz irônica.

- Como que tá as coisa por aqui? - falei olhando o elevador abrir.

- Tudo no controle, papai tá pra endoidar com umas coisas que tá acontecendo no restaurante - disse empurrando as malas pra fora do elevador - E eu já falei pra vovó que vamos ficar no apê dela na Barra.

- Que bom, ja tava ficando preocupada com relação a isso - digo e ela abre a porta - Do Marcelo fazer a cabeça dela e não dar certo.

Minha vó tem um imóvel na Barra da Tijuca, quase ninguém da família não tem ideia disso. Porque sabe como é gente interesseira né. Só eu, Laís, meus pais e o Marcelo um primo, que sabemos e queríamos fazer uma surpresinha pra Nalu.

Quando entro pulo em cima do meu pai que está sentado assistindo um jogo e se assusta mas logo retribui o abraço.

- Tava com tanta saudade minha querida - fala e me abraçou forte.

- Eu também papai - digo e ele me soltou indo se sentar no sofá de novo.

- Demorou muito pra voltar, Malu - me olhou serio.

- Mas eu voltei, não voltei - digo indo no meu quarto levando as malas - Cadê a mamãe?

- Costurando lá na varanda - falou e voltou assitir o jogo.

- Vou lá pro meu quarto - tirou o celular do bolso - Depois vai lá pra nós resolver as coisa direito - diz e eu só assenti.

Fui bem devagar pra varanda e vi ela ali sentada costurando olhando pro céu lindo que tava em Fortaleza.

- Sentiu saudade? - digo e colocando a mão na cintura.

- Não acredito - se levantou - Que saudade minha filha. - me abraçou.

- Não precisa disso tudo né mãe - abraço ela forte - Foram só 3 meses - digo e ela me solta.

- 3 meses que foram uma eternidade pra mim - diz passando a mão nos meus cabelos - Tá mais linda.

- A senhora falou com a Nalu hoje? - digo sentando na cadeira.

- Sim, mas só por mensagem - se sentou também - Ela ligou ontem só que eu tava dormindo.

- Como anda as coisas no restaurante? - pergunto e ela me olha.

- Seu pai passou um perrengue por lá semana passada por causa de uma briga de bêbado, deu até policia - cruzou os braços me olhando.

- Tem coisas que não mudam nunca - balancei a cabeça.

- Quer bolo de milho? - falou levantando - E café?

- Hum quero sim, já tava morrendo de saudade do café da senhora.

Quando anoiteceu eu e Laís fomos para o aeroporto, nossa viagem era as 21h.

- Também amo vocês - Laís mandou beijo - Se cuidem - minha mãe fala alto enquanto acena ao lado do papai.

- Bora logo se não gente vai perder o voou - puxo a Laís pra andar mais rápido.

- Aí meu Deus - estalou os dedos - Eu já tô com medo.

- Fica não, mas se caso o avião cair eu fico com caixa preta, já tô avisando - rio da cara que ela faz.

- Para de falar besteira - deu um tapa no meu ombro - Quero só ver a cara da Nalu quando ver a gente - dar um sorriso.

- Ela vai nem acredita - digo olhando o movimento na fila de embarque.

- Vamos já tão chamando - puxo ela que tá gelada de medo.

Entramos no avião indo para os nossos lugares e olho pra Laís que tá branca.

- Calma mulher - digo não conseguido segurar o riso.

- Pra falar é fácil né, Malu - sussurrou quase voando em cima de mim - Tu sabe que eu nunca me acostumo com avião.

Quase 4 horas de viagem, chegamos no Rio de Janeiro. Passei a viagem toda dormindo e a Laís também, não sei como.

Saímos do aeroporto e chamo um motorista de aplicativo que logo chega.

Quando chegamos a Laís resolveu tudo e não demorou muito e subimos pra nossa nova casa.

- Caralho, a vovó não tava de brincadeira quando disse que isso aqui era enorme e muito lindo - digo puxando as malas pra dentro.

- Ainda bem que deu tudo certo - Lais olhou ao redor e depois pra mim.

- É, ainda bem - digo adentrando.

A casa é muito grande e imobilizada, tem uma sala imensa com vista por mar, cozinha americana em tons terrosos, 3 quartos com banheiro e closet e um banheiro na sala.

- Eu tô apaixonada - digo ainda andando pelo apartamento.

- Eu também - Laís fala na cozinha - A suíte é minha - olhei pra ela seria.

- Só não vou fazer questão por que eu tô no Rio de Janeiro - fui pra um dos quartos.

Deixei minhas malas ali em um canto e fechei a porta mas em seguida abri de novo pra avisar que eu ia dormir.

Tirei a roupa que tava usando, tomo banho rapinho e depois coloco uma lingerie branca caindo de sono

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votem florzinhas.

POR ACASO - L7NNON Onde histórias criam vida. Descubra agora