CAP.2(PARTE 2)

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Finalmente o sinal tocou no seu devido horário como é de costume e liv teve de voltar para sua casa com o pai dela,pois ele ainda não confia em deixar ela ir sozinha e eu entendo...afinal eles nem conhecem essas ruas direito e provavelmente ela se perderia ou acabaria por entrar em um beco e já viram oque pode acontecer...talvez eu esteja exagerando,mas os pais devem se preocupar com os seus filhos...talvez...acho que isso é o mais provável...,levando em conta que eu não saiba por experiência própria, mas pelo visto é isso.

Estava caminhando normalmente com meus livros em mãos e minha velha muchila cor vermelha sustentada por apenas um ombro,pensando se com liv sendo minha amiga as pessoas  vão pararar de pegar no meu pé,não que eu esteja usando ela para isso,se eu quisesse realmente isso provavelmente seria uma daquelas "puxa-saco" de patricinhas que andam sempre atrás delas(em fim,vocês entenderam),mas eu acho isso completamente ridículo e sem nexo,porque só se a pessoa não tem confiança em seu próprio caráter recorreria a essa forma tão rebaixadora de se "instalar na sociedade",além do mais a Olivia é muito legal,tem personalidade forte pelo que eu possa ter notado e além de não se importar com a opinião alheia,que é uma qualidade que eu adimiro em especial e se as pessoas não me deixarem em paz tudo bem,já estou bem acostumada com isso,já que foi assim infelizmente a minha vida toda,mas seria bom um pouco de sossêgo em relação a esse assunto.

Quando estava prestes a pisar na calçada que se instala do lado de fora da grande casa,pude ouvir um grito que julgo ser de Agatha:

-EU NÃO AGUENTO MAIS,VOU EMBORA! ADEUS!!-Ela grita exaltada.

-PODE IR SUA INGRATA!!MAS ASSIM QUE VOCÊ SAIR POR AQUELA PORTA,NÃO ENTRARA NUNCA MAIS!! -Agora foi vez de sua mãe gritar.

Parece que estão tendo uma de suas descuções...Porém algo me diz ser de um grau mais elevado do que de costume (levando em conta também que elas estejam gritando a ponto de dar para ouvi-las no meio da rua,claro:P)

Descido entrar,assim que coloco a chave na fechadura Agatha abre a porta e se choca contra mim,fazendo que eu caia no chão.

(O chão deve me amar,porque eu devo cair umas cem vezes por dia,mas tudo bem...)

-Desculpa Linde!-Ela se espanta-E que bom que você chegou.-Ela continua me ajudando a levantar.

-Tudo bem…,mas por quê?-Pergunto confusa pelo fato de "ser bom" eu aparecer no meio de uma de suas discussões.

-Bem...é que aí eu posso me despedir...-Ela tenta explicar-se,mas acaba me deichando ainda mais confusa.

Oque? Ela vai embora??

-Desculpa,mas sim...chegou o dia...-Ela responde a pergunta pergunta que está evidente em meus olhos arregalados.

Eu não posso acreditar.Ela é a única pessoa em sete bilhões em todo o universo que eu posso considerar como família e...agora ela vai acabar me esquecendo e eu vou ficar sozinha.não,eu não posso ficar sozinha.

A abraço com todas as minhas forças.Eu não quero ficar sozinha,eu preciso dela aqui comigo.

-Não...-Murmuro baixo.

-Eu sei...eu também não queria te deixar...-Uma lágrima escore de meus olhos.

Ela me abraça fortemente, enquanto os soluços escapam dos meus lábios.

"Que ótima pessoa você é Linde,Ela viveu a vida toda presa com esse monstro que ela tem que chamar de mãe e agora você quer deixar ela com a consciência pesada de ir viver a viva que ela merece longe do que a faz mal"  meu subconsciente irritante, porém sempre certo diz.

OH NÃO,como eu sou egoísta!

separamos-nos do abraço e pude ver seu olhar preocupado.

-Tudo bem...Agatha...-Começo.-Eu quero que você seja feliz...pode ir é melhor pra você,só...Só promete que não vai se esquecer de mim...-uma lágrima solitária rola pela minha bochecha

-Eu prometo Linde...-Ela me da mais um abraço e enchuga minhas lágrimas com seu polegar.

-Você é forte Linde,tenho a certeza que você vai conseguir ficar aqui.-Ela diz com um sorriso sincero.

-Obrigada,obrigada por tudo,e por ser minha única família todos esses anos.-Eu agradeço sorrindo.

-Não foi nada,eu que tenho que agradecer por você ser a minha irmãzinha do coração,porque aquela coisinha chata lá dentro nunca vai ser uma irmã como você.-Rimos por ela estar se referindo a Samanta.-Fica bem,ta?-Ela sorri.

-Tá,e você também.-Nos abraçamos.-Te amo Mana.

-Também te amo Maninha.-Ela sorri,se vira e entra em um táxi que eu nem tinha notado que estava esperando, ela olha pra mim uma última vez.Eu aceno para ela que acena de volta com um sorriso estampado em seu rosto com leves sardas,E assim encerra nossa despedida.

Vejo o taxi virar a esquina e uma lágrima que eu não sabia que estava aqui escoreu pela minha face.
Estou sozinha agora...
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Olá pessoas, desculpem-me pelo capítulo deprimidamente deprimente,mas tinha que ser assim sorry :'(
OBRIGADA pela paciência e pelos votos e visualizações, sem mais obrigada por ter lido esse capítulo :) Bom,era isso...Beijo beijo pão com queijo :*

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