[3]. Um ômega lidera a matilha

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[oi gente! primeiramente obrigada pelas  600 leituras! Isso é muito louco, faz apenas uma semana que eu postei essa história e eu não imaginava esse feedback, vocês são incríveis!!! Em segundo lugar, eu gostaria de pedir ajuda com a # de divulgação da história, eu pensei em #VentoFofoqueiro o que vocês acham? Enfim, se tiverem alguma sugestão, deixem aqui nos comentários. Agora bora para o capítulo e boa leitura]


#VentoFofoqueiro🌬

Clã Min, Matilha de Presa
- manhã  pós noite de prata



           O sangue seco já escurecia formando uma espécie de casca sobre a pele ferida, por sorte, as íris castanhas não haviam sido atingidas no confronto, mas o golpe jamais poderia ser esquecido ou curado. A cicatriz ficaria em sua face eternamente, lembrando o Imperador Min da tragédia ocorrida em noite de prata.

Os cabelos brancos como a neve encontrava-se desgrenhados. Os trajes nobre estavam sujos com lama, a katana em sua cintura pingava sangue, mas a face irritadiça era o mais apavorante.

maldición! (maldição) — Exclamou em fúria. O espelho em sua frente partiu em pedaços após o golpe que recebeu dos punhos do ômega irritado.  As frestas trincadas que sobraram agora não só exibia a grotesca cicatriz que iniciava no centro da bochecha direita até quase o final da testa como também o sorriso sombrio do soberano.

— Meu senhor... — um dos servos chocado com a cena anterior, tentou oferecer ajuda, mas logo se calou após um gesto de repreensão do líder.

— Cale-se! Não quero escutar sua voz! Saia da minha frente e vá chamar Jasmin — o servo se curvou acuado e obedeceu-o, apressando-se para fora do cômodo. — E vocês? o que ainda fazem aqui? Retirem-se todos! Não quero ver ninguém aqui pelo resto do dia — o aroma de none (fruta essa naturalmente amarga e de mau odor) tornou-se tão ruim  ao ponto de afetar os demais híbridos, deixando-os com mal estar.

Todos se retiraram da sala temendo a fúria do imperador, e  este apenas acomodou-se em seu trono, apreciando o sangue escorrer pelos punhos enquanto pensava na noite passada.

— ¡Te encontraré alfa, y juro por la Madre Maya que tomaré tu corazón y el corazón del maldito cachorro! (Te encontrarei alfa, e juro por mãe Maya que retirarei teu coração e o da cria maldita!)






🌙



O dia amanheceu, e junto dele veio uma terrível onda de frio. A recém nascida dormia pacífica nos braços do alfa amoroso que encontrava-se no ninho alheio, quase tomando-o para si, ao que seu aroma de uva impregnava todo o tecido que servia como colchão. Já o beta encontrava-se agitado em frente a lareira, tentando-se aquecer-se com o fogo da lareira enquanto refletia sobre os hóspedes inesperados.

Costumava armazenar alimento suficiente para si, mas com duas novas bocas para alimentar (uma delas sendo de um alfa que comia o suficiente para dois betas adultos) pensava em maneiras de enfrentar a nevasca de forma segura e garantindo o mínimo de conforto.

A sopa que havia feito noite passada lhe serviria por pelo menos três noites, mas fora praticamente insuficiente para uma refeição do alfa. O leite de cabra, já estava pela metade, e ele sabia que a filhote precisaria de bem mais, estava um tanto desnutrida ainda, e afetada pelo inverno rigoroso. Afinal, era apenas uma criança desamparada no frio, merecia o mínimo de calor e alimento.

Hiraeth, o conto dos exilados  | JIKOOK | hiatus Onde histórias criam vida. Descubra agora