Bônus - Part I

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De cima do trono a visão que Lilith tinha de Pandemônio era surreal. Independente do que os seguidores do falso Deus diziam, o inferno podia ser algo belíssimo, repleto de árvores brancas, pássaros raros e caminhos de lava ardente. O céu variava de um azul escuro a um vermelho sangue estonteante, combinações tão únicas que causavam delírios aos humanos. Mas convenhamos, para Lilith nenhuma vista era mais bela que a de Zelda tirando suas peças de roupa uma a uma e andando lentamente em sua direção.

- O que são olhos de ressaca?

- Oi? - Lilith saira de seu transe.

- Você estava pensando nos olhos de ressaca de minha tia... - Sabrina respondera provocando-a.

- São olhos indecifráveis e atrativos... espera, você estava novamente lendo meus pensamentos? Que atitude invasiva. - A morena respondeu sentindo-se invadida.

- Você que parou de falar e começou a brisar aí.

- Eu estava esperando você me responder corretamente essa questão. Mas são exatamente por essas atitudes infantis que sua coroação está cada dia mais distante. - Lilith levantou-se do trono e caminhou até a mesa onde Sabrina estudava "A magia da tortura". A mãe dos demônios estava a meses ensinando a menina a comandar o inferno, não via a hora de passar aquela obrigação a ela e poder voltar definitivamente para os braços de sua amada.

- Você pensa demais na minha tia. - Sabrina provocou-a novamente.

- E você é uma linguaruda. Preste atenção peste, diga-me qual é a pior forma de tortura deste reino e a quem ela pode ser aplicada. - Lilith respondera firme e tentara retornar ao ensinamento.

Antes que Sabrina abrisse a boca as grandes portas da sala do trono abriram-se.

- Hey-ey se não é minha futura esposa demoníaca... - Zelda disse ao surgir detrás da porta e inundar o recinto com seu cheiro doce.

- A dama mais bonita de todos os universos acaba de me chamar de futura esposa, estamos realmente no inferno? - Lilith brincou já andando em direção à ruiva.

Sabrina observava aquela cena de contos de fadas, era sempre assim, quando uma delas chegava roubava totalmente a atenção da outra. Zelda parecia mais feliz do que nunca e isso deixava Sabrina contente, sua tia merecia o melhor e pelo visto esse melhor era Lilith.

- A que devemos a honra de sua presença, minha profanidade? - Lilith perguntou após roubar um beijo dos lábios vermelhos de Zelda.

- Estava sendo atormentada pelo pior dos castigos... - A ruiva colocou a mão na testa e fez cara de sofrimento. - Saudade.

Sabrina rira, nunca tinha visto Zelda tão boba e melodramática, não era a cara da tia fazer isso, mas tudo mudava quando ela estava perto da morena.

- Ah meus demônios, como deixei tal mal atingir minha deusa particular? - Lilith entrou na brincadeira e tomou zelda novamente em seus braços.

- Diga-me, posso voltar pro meu quarto ou tenho que ficar aqui assistindo essa novela água com açúcar? - A bruxinha mais nova disse ao se levantar já cansada de assistir aquela cena toda.

- Sabrina querida, vocês acabaram por aqui. - Zelda respondeu fazendo sinal para que a loirinha fechasse as portas ao sair.

- Como estão as crianças? - Lilith perguntou andando até a mesa em que Sabrina estava e pegando o livro que ela lia.

- Definitivamente com saudade. Leticia acordou te chamando na noite passada.

- Tadinha da minha garotinha, estou morrendo de saudades também. - Lilith virou-se para colocar o livro na estante.

- Volte para casa, não aguento mais não acordar todos os dias ao seu lado. - Zelda sentou-se no trono.

- Nem Afrodite superaria sua beleza sentada no trono, eu mesma passaria horas pintando essa cena. Tenha piedade de mim, minha rainha. - Lilith andou até os pés do trono e ajoelhou.

A ruiva revirou os olhos, sabia que Lilith tentava fugir do assunto.

- Eu quero voltar, mas não posso, se deixar isso aqui nas mãos de Lúcifer você sabe o que irá acontecer, me entenda por favor ruivinha. - A morena cortou a brincadeira ao perceber que Zelda estava ficando zangada.

- Eu sei disso, mas não é justo, sua família também precisa de você. - Zelda reclamou.

- O que posso fazer para te ajudar, coisa mais linda dos mundos? - Lilith subiu as escadas e parou de frente para Zelda.

A ruiva levantou a sobrancelha fazendo a morena entender o que ela queria.

- A porta está aberta. - Lilith comentou.

- Não está mais. - Zelda respondeu ao mexer as mãos e trancar as portas.

Lilith andou até Zelda e ia sentar em seu colo, mas a ruiva a impediu. Confusa ela olhou nos olhos de Zelda e lutou para não se perder neles.

- Dance para mim, conquiste-me como se fosse nossa primeira vez. - A ruiva declarou sentindo o gosto de cada palavra que dizia.

Lilith riu sutilmente, Zelda sempre a surpreendia, mas não exitou ao colocar uma música sensual de fundo.

Pouco depois a mãe dos demônios já se encontrava apenas de sutiã, seu grande vestido estava jogado em algum canto da sala e a boca de zelda chegava a salivar.
A morena tirava as peças e a ruiva já mordia as pontas dos dedos de tanto desejo.

- Diga-me Lilith, como me deixa assim?

- Assim como, Spellman? - A morena aproximou-se devagar.

- Sedenta... - Zelda voou em cima de Lilith, levando as duas ao chão.

Sentou-se em cima da morena e imobilizou seus membros. Lilith arfou, percebera que a ruiva não estava para brincadeiras. Beijou seu pescoço e passou para os peitos, logo depois largou seus braços e começou a tirar suas próprias peças de roupa.

- Você não cansa de ser tão bonita, não é? - Lilith ousou dizer. - Por que não saímos daqui?

Com um pensamento Lilith as teletransportou para seu quarto. Com uma vasta cama e iluminado apenas por um abajur vermelho.
Passaram as próximas horas ali, tentando talvez não destruir o quarto desta vez.

- Você sabe como me tirar de meus eixos. - Zelda comentou agora abraçada ao corpo nu de Lilith.

Ambas suavam e tinham os cabelos bagunçados.

- Eu? Fui eu quem sentei no trono de Pandemônio e mandei a rainha dançar? - Lilith respondeu irônica.

Zelda sorriu, não diria para a morena, mas agora ela desejava um cigarro.

- No que está pensando? - Zelda questinou ao ver a morena divagar.

- Você. O que fiz para o universo me presentear com uma mulher como você? - A mãe dos demônios passou as mãos no cabelo da ruiva.

- Nós merecemos tudo isso, conquistamos o direito de amar e sermos amadas. - Zelda respondeu.

Lilith concordou com a cabeça e aproveitou o tempo com a mulher que tinha seu coração em mãos deitada em seu peito.

- Ainda temos que conversar sobre você estar tão longe de casa. - Zelda alterou o tom de voz.

- Eu sei. E nós vamos, amanhã de manhã. - Lilith respondeu e fechou os olhos. - Descanse ruivinha prometo te dar tudo o que você deseja pela manhã.


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Olá meus amaldiçoados, quanto tempo não é mesmo? Bom, batemos mais de 10k e eu fiquei extremamente contente, resolvi trazer alguns capítulos bonus. A quantidade vai depender do engajamento e é isso. Muito obrigada por tudo. Um beijo e eu volto. ♡

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