Hideaway

New Job

"Uau que ruiva..." Foram os exatos pensamentos de Lilith assim que Zelda passou pela porta. Não quis se demorar com esses pensamentos, só de lembrar na boa postura e belos olhos da ruiva ela já estremecia, mas não estava na cidade para isso, tinha um objetivo em mente e ninguém poderia ficar no caminho.

Tomou mais um gole de seu café, tentando afastar os pensamentos e logo a anfitriã loira voltou com a sobrinha risonha no colo.

- Gostou do café, querida? - Hilda questionou ao ver Lilith levantar.

- De certo, principalmente da companhia. - A morena respondeu pensando novamente em Zelda. - Agora preciso ir, seguirei o conselho de sua irmã e entregarei um currículo na escola da cidade, pelo que entendi ela trabalha lá também né?

- Ah querida, Zelda leciona em... hum.. uma escola particular de outra cidade. - Hilda mediu as palavras para não dar informações demais. - Quem estuda lá é minha sobrinha, Sabrina.

- Entendo... - Lilith comentou desapontada. - Acredito que vou precisar de um mapa para chegar lá.

- Vou para casa, siga-me, a escola é no caminho.

E assim foi feito. Hilda pegou Leticia e partiu, logo atrás vinha Lilith, trabalhando sua feição de pessoa gentil enquanto dirigia.

Alguns minutos dirigindo e logo a loira mostrou a escola, se despediu e voltou ao seu caminho.

Lilith respirou fundo, arrumou seus cabelos, deu uma última olhada em sua aparência pelo retrovisor e entrou.

Não foram necessários muitos minutos de conversa, o emprego já era da morena. O diretor instruía e dava dicas à ela.

- Você pode começar amanhã pela manhã. - O homem não muito agradável dizia.

- Está ótimo. - Lilith concluiu levantando-se e estendendo a mão para cumprimentá-lo.

- Eu ficaria longe de uma aluna em específico... - Ele respondeu agarrando sua mão com força, deixando-a tensa. - Sabrina Spellman, não queira ser sua inimiga.

A mulher já tensa e desconfortável engoliu em seco e tentou soltar sua mão, sem muito sucesso. Ele a apertou com mais força e continuou:

- Senhorita Wardwell, caso queira se dar bem aqui, terá que me agradar... Se é que me entende. - Piscou maliciosamente.

Ela arregalou os olhos ao entender o que aquele verme insinuava. Pensou duas vezes antes de fazer uma loucura e acabar com seu disfarce ali mesmo. Decidida, ela apertou a mão dele na mesma intensidade, enrijeceu o olhar de forma agressiva nem um pouco intimidada com ele e disse brincando com as palavras:

- Admiro a coragem que tem - O homem agora encolhia os ombros ao sentir toda a força da morena em suas mãos e o olhar que parecia corroer seus órgãos. - É senhora Waldwell, e ficará surpreso em saber que quem terá que agradar alguém aqui será você George Hawthorne.

Surpreso por ela que acabara de chegar a cidade saber seu nome que não fora citado anteriormente ele finalmente soltou sua mão.

- Muito bem, nos vemos amanhã. - Ela disse satisfeita saindo pela porta. - Acredito que você não ficaria feliz caso colocasse as mãos na cabeça.

O homem amedrontado passou as mãos pela cabeça e começou a gritar feito uma criança quando sentiu as pernas peludas de duas aranhas enormes.

Lilith riu e continuou andando pelo corredor como se nada tivesse acontecido.

A tarde da bela mulher fora calma, as compras no centro da cidadezinha a fizera muito bem e logo a noite caiu e ela retornou ao hotel para descansar.

Já estava pronta para dormir quando ouviu vozes vindas do corredor e como até agora não vira nenhum outro hóspede foi conferir. Abriu a porta lentamente para não fazer barulho e se deparou com Hilda, acompanhada por três pessoas, um homem alto elegante, uma moça negra com cabelos raspados e um bebê no colo e um rapaz que em algum momento Hilda chamou de sobrinho. Eles falavam extremamente baixo, mas Lilith foi capaz de ouvir quando o homem elegante disse:

- E lembrem-se todos, Zelda não pode saber de nada disso. Principalmente do paradeiro do baby Judas.

Hilda concordou com a cabeça e entrou em um quarto, sendo seguida por todos.

- Então Hilda tem um segredinho sujo, logo ela que parecia tão submissa à irmã. - Lilith pensou alto enquanto fechava a porta e voltava para cama.

Custou à dormir, não parava de pensar em como o bebê no colo da jovem moça era semelhante à filha de Zelda. A morena precisava mesmo dormir e achou necessário convocar uma chuva forte que fizesse barulho para relaxá-la, então o fez e dormiu como um demoninho a noite toda.

Olá meus amalçoados, perdoem o capítulo meio fraco, juro que os mimos Madam Spellman logo vêm. Um beijo e eu volto...