O amor está em mais do que os olhos podem ver. Em mais do que pode ser dito. Além até do que se pode acreditar. E Jimin sabia que precisava mostrar mais do que a vista alcançava.
Jungkook só precisava querer ver.
De um lado, a segurança de uma vida...
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Julho, 2019
— Seokjin?
Movi minha cabeça outra vez, agora em direção à Taehyung. Ele chamou o Seokjin junto comigo ou eu estava ficando louco?
— Ué, você conhece o Jin? — Perguntou ele, tirando as palavras da minha boca.
Pisquei os olhos, roboticamente, tentando assimilar. Nesse meio tempo, Jin-hyung se sentou de modo quase incômodo ao meu lado, parecendo não saber ao certo se o fazia ou não, tão confuso quanto nós.
— O que está fazendo aqui? — perguntou, se dirigindo a Taehyung.
— Como é?! —indaguei. — O que foi que eu perdi? Vocês se conhecem? Da onde?
Eram muitas perguntas, eu sei — sabia. Entretanto, de longe, eu parecia o mais desorientado ali.
— Então ele é o carinha que te perseguia!
Balancei a cabeça devagar para cima e para baixo, assentindo quando Jin exasperou, de boca aberta.
— Que tipo de fama você tem feito de mim, hein? Não foi nada disso! — Dei de ombros, fazendo pouco caso, já que foi isso que ele tinha dado a entender a princípio. Em seguida, ele continuou: — Ele é noivo do meu irmão.
— Quê?! Você é irmão do namjoon?!
— Sou — respondeu, pendendo a cabeça para o lado. — Você conhece ele?
Ri sem querer, me sentindo levinho por essa coincidência, tão inesperada e tão legal.
— Ele trabalha com meu pai, na vashtasoft.
Após minha fala, todos estavam com uma cara de estar absorvendo as novas informações, incluindo eu. Deixei o olhar cair até o cardápio. Estranhamente, não havíamos pedido nada ainda. Então levantei, com a desculpa de pegar bebidas, indo ao balcão só para assimilar um pouco melhor as coisas, sem sentir seus olhares pesando tanto sobre mim.
E, de brinde, evitar qualquer coisa que levasse a conversa rumo ao meu pai.
Apesar de tudo, nem me abalei com a situação anterior. Naquela altura do campeonato, nada mais podia me surpreender tanto assim. Estava automaticamente deixando tudo me levar, pois parecia mais fácil de lidar.
Não vou criar mais um obstáculo, quando já haviam tantos.
— Minha nossa, como isso é possível? — Escutei Jin proferir, abismado, quando voltei para a mesa com nossas bebidas. Acho que Taehyung estava finalmente contando tudo. — Caramba, mesmo olhando com meus próprios olhos... ele... vocês juntos, é custoso acreditar — concluiu, soltando uma das famosas fotografias instantâneas.
— Está vendo, uma reação completamente normal — disse ao me sentar.
O outro revirou os olhos, rebatendo: — Ou talvez seja minha culpa. Acho que se eu tivesse mostrado as fotos desde a primeira vez, as coisas teriam demorado menos.
