printf("Capítulo 5\n");

174 25 43
                                    


Junho, 2019

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Junho, 2019

Nunca antes foi tão difícil abrir os olhos.

Minha visão estava turva demais e a claridade incomodava de um jeito que eu precisei piscar excessivamente até me acostumar. Mas, de longe, essa era a pior coisa do momento. Todas as partes do meu corpo doíam muito, só de cogitar mexer qualquer que fosse, eu lacrimejava. No fim, levei longos, infinitos, instantes para conseguir entender com clareza onde estava.

Eu via o branco minimalista, ouvia conversas agitadas e sentia um cheiro de éter e álcool.

Um hospital.

— Céus, finalmente você acordou! — Escutei uma voz ao longe enquanto percebia o cateter preso em meu braço junto a alguns curativos.

Era Seokjin.

Cara eu... estava muito confuso. O que raios tinha acontecido? Porque e há quanto tempo eu estava ali? Olhei ao redor em busca de respostas, me esquecendo de Jin momentaneamente. Isso até ele começar a chorar.

Chorar?!

— Eu achei que você não ia acordar mais, eu fiquei com tanto medo! Você não acordava de jeito nenhum e eu já não sabia mais o que fazer!

Meu Deus ele estava chorando. Chorando tipo muito mesmo.

— Ei, ei calma! — Peguei seu braço, tentando focar sua atenção no que eu passei a dizer. — Não estou entendendo, o que houve? Por que estou aqui?

Minha voz saia bem rouca e fraca, e a julgar pela sensação de torpor, dores fortes no corpo e na cabeça, e a instabilidade emocional de Jin não fora algo simples como, talvez, um desmaio.

O que raios tinha acontecido.

— Qual a última coisa que se lembra? — perguntou.

O olhei, de cenho franzido, pendi a cabeça tentando me recordar do que quer que fosse. E por um minuto inteiro não veio nada. Tipo nada... Minha mente era puro breu. Até que em um estalo, ele veio.

Taehyung!

Logo as memórias voltaram aos poucos, uma a uma, conforme eu tentava refazer meus passos.

Havíamos saído para conversar. Me lembro que a conversa estava estranha, que eu me sentia mal com algumas coisas que ele falava, e em como essa sensação piorou quando lhe perguntei o que ele estava querendo dizer como tudo aquilo...

— Que nós precisamos falar sobre o Jimin.

Foi a resposta que ele me deu. E então... eu travei.

Ele estalou os dedos rente ao meu rosto, mas por um momento eu não vi nada, não pensei em nada, não escutei nada. Por um momento me esqueci onde estava, com quem estava, e o que fazia.

Te Vejo do Outro Lado | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora