printf("Capítulo 7\n");

94 10 21
                                    

Julho, 2019

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Julho, 2019

— Finalmente livre!

Foi a primeira coisa que eu disse ao passar pelas portas do hospital, depois de quase uma semana de recuperação e observação. O acidente poderia ter sido feio, mas eu não sofri mais de alguns hematomas. Estava tudo bem.

Na medida do possível, é claro.

Minha linha de pensamentos durante esse período foi algo realmente tenso. Eu não conseguia tirar a imagem dele da minha cabeça. Era borrado e confuso, mas era acima de tudo, real.

Era real!

Não havia outra palavra que coubesse melhor porque, para qualquer outra pessoa, poderia ser uma miragem, um sonho, algo que minha mente fertil inventou. Mas não. Eu sabia, eu sentia, que era real. E é, eu acabei percebendo que aparentemente era alguém que só acreditava quando via com os próprios olhos. Mas, ainda assim, eu mal conseguia explicar o que eu vi.

Eu mal podia me conter, meus olhos quase brilhavam ao lembrar.

Mesmo soando irônico, foi algo quase mágico.

— O que vai fazer agora? — perguntou Jin, que foi em seu horário de almoço, do trabalho, me buscar. Quem aguenta esse amigo maravilhoso.

Nesse tempo que fiquei de molho, aproveitei para contar, tim tim por tim tim, tudo o que se passou comigo e na minha cabeça. Desde a conversa com Taehyung, até encontrar aquelas coisas no meu apartamento, e enfim a "visão" que tive no momento do acidente.

Jin riu quando eu disse que estava indo direto para o seu consultório justamente por achar que estava no ápice da loucura, e que por isso não lhe julgaria caso duvidasse de cada palavra minha.

Entretanto, ele me surpreendeu ao entrar na onda. Mesmo com um pé atrás, ele apenas se perguntou — comigo — cada ponto, em busca de uma resposta.

Porém, enfatizou que a ida até seu consultório para ver um de seus colegas deveria mesmo ser levada em consideração.

— Vou encontrar o carinha de novo — respondi, meio disperso. — Algo me diz que suas palavras podem não ser tão sem sentido como julguei antes.

— Quero ir junto — disse, ao parar em um sinal vermelho.

Quê?

— Quê? — Movi a cabeça em sua direção, o encarando confuso.

— Quero ir junto — repetiu. — Quando for falar com ele, quero ir contigo.

Ele era todo certinho ao dirigir, e só me encarou de volta porque estávamos parados.

— Está bem — Balancei os ombros em desistência, após mirar meus olhos cerrados em sua direção. Eu não iria naquele instante, de qualquer jeito. Na verdade, tudo que eu mais queria encontrar no momento era a minha cama e meus cobertores.

Te Vejo do Outro Lado | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora