[46] Rut

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O firmamento escureceu e Jisung não havia chegado. Minho mandou que a tripulação o procurasse mas não tiveram sucesso. Ele estava em seu quarto, andando de um lado para o outro transbordando mau humor.

O único que chegava para atualiza-lo das notícias, era seu irmão Felix. Da última vez, levou uma caneca com chá de vitex, planta responsável por conter o rut de um alfa.

- Beba, eu mesmo preparei. - Felix exigiu.

- Não quero.

- Minho, eu sou o médico aqui e estou dizendo para beber. Não é apenas por você, mas pela tripulação que não merece sofrer com a instabilidade no seu humor.

Lee aceitou a caneca fazendo cara feia, quando o beta deu as costas caminhando até a janela, ele jogou o líquido dentro de um vaso com planta.

- Por que eu tenho a leve impressão de que eu vou me irritar quando Jisung chegar? - Minho indagou a ele mesmo.

- Não vai brigar com ele.

- Por que ele simplesmente não faz o que eu mando?! - Questionou irritado. Felix ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada. - Minha vontade é de amarrá-lo nessa cama, para que não saia por aí arrumando confusão.

- Jisung agora é livre, Minho. Ele não precisa obedecer o pai e muito menos um noivo que nunca desejou. Ele não voltará voltará ser o que era antes, e não será você o novo ditador na vida dele. Você pode tentar, mas ele nunca vai te obedecer. Ele não é um ômega comum. Jisung é um lúpus e só se prestará a submissão se ele quiser.

- Eu sei. Tenho muito orgulho disso. Acontece que, não sei se você percebeu, ele tem o dom para se meter em confusão.

- Mas veja, essas confusões sempre nos deixam no caminho certo. Temos cinco fragmentos, um objeto que pertenceu a Francis Bonny... eu acho que muito em breve ele vai aparecer e teremos um boa notícia. Eu sinto isso.

- Espero que sim. - Minho respondeu ligeiramente desacreditado.

- Vou deixar você aqui refletindo. - Felix pegou a caneca e saiu satisfeito por pensar ter feito seu irmão tomar o chá.

Minho ainda ficou um tempo sentado em sua cama, lembrando de todas as situações que passou para salvar seu pequeno ômega. Também das vezes que Jisung se arriscou para ajudá-lo. Ele se levantou caminhando até a janela, pensando no quanto também era afortunado, por ter alguém como Jisung ao seu lado.

Estava olhando o movimento das pessoas nas ruas, quando viu seu Jisung de longe, sorrindo enquanto se aproximava da taberna. Para desgosto do capitão ele não estava sozinho.

Um alfa alto e forte o acompanhava de perto, também sorrindo. Eles estavam conversando alegremente, mas não foi isso que despertou uma fúria incandescente no capitão, mas o fato de esse alfa estar seminu, e eles estarem vindo da direção da floresta.

Minho quase derrubou a porta quando saiu do quarto e em poucos segundos estava lá embaixo, do lado de fora. Yahto mal teve tempo de entender de onde veio o ataque, ele apenas sentiu uma mão agarrar seu pescoço e ser pressionado contra a parede que cercava a taberna.

- O que estava fazendo com meu ômega? - Lee questionou, perigosamente furioso.

- Minho, solta ele! - Jisung tentou intervir, vendo que Yahto não estava conseguindo falar com o aperto em sua garganta.

- Entre. - o Capitão rosnou - Não discuta comigo e entre na hospedaria!

Apenas para evitar que a situação se tornasse mais calamitosa, o ômega cedeu e entrou em busca de ajuda.

Black Swan • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora