[55] Dificuldades

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Junbuu estava diante da porta que dava acesso onde a comida era armazenada. Além da pouca água que ainda restava, os estoques de alimentos estavam perto do fim. Era quase possível contar os poucos grãos de arroz ou de farinha que ainda tinham.

O cozinheiro procurou Changbin e lhe informou sobre as previsões, buscando por uma solução por parte do contramestre.

— Afundamos cinco navios abastecidos — o alfa comentou olhando para o mais velho. — Nosso porão está praticamente vazio...

— Somos idiotas, não somos?

O contramestre apenas murmurou algo e subiu novamente. Ele encontrou com os bucaneiros que estavam espalhados pelo convés, assim como os passageiros que pegavam carona até a África.

— Ouçam todos — Changbin pediu alto, chamando a atenção deles. —, nossa comida está escassa e a água potável esta quase acabando. Jeongin, quantos dias estamos do próximo porto?

O beta abriu um mapa e calculou rapidamente.

— Se os ventos continuarem favoráveis, eu diria que chegaremos dentro de uma semana.

— Certo. — Changbin continuou — A partir de hoje, todos terão direito a cem gramas de comida por dia, e uma caneca de água.

— O quê?!

— Isso não dá nem para encher o buraco do dente!

Uma leve comoção entre os piratas teve início. Os africanos ficaram quietos, pois já estavam acostumados a passar fome durante as viagens que eram forçados a fazer. Além do sentimento de que a culpa da comida está se acabando tão rapidamente, era deles.

— Eu não vou comer vento! — Billy gritou acima de todos, e eles se calaram — É isso aí meus camaradas. Nós trabalhamos pesado, embaixo desse sol escaldante... — Ele parou de falar quando viu que os piratas não prestavam atenção apenas nele, mas em alguém que estava atrás dele. Billy engoliu em seco. — O capitão está atrás de mim, não é?

Minha passou por ele, Billy sentiu-se fino como manteiga que foi espalhada em um grande pedaço de pão. Lee olhou por todo o convés, e viu que os ex escravizados mantinham-se sempre juntos.

Não podia simplesmente negar comida aqueles que o ajudaram a resgatar seu ômega. Muito menos jogá-los ao mar, a própria sorte. Seria muita covardia, além de uma tremenda traição.

— Capitão. — Kinte deu um passo a frente soltando aproximando do lúpus., podemos pescar.

Ele praticamente leu os pensamentos de Minho. Trabalharam juntos, sim, por uma causa em comum. Mas se tratando de piratas, eles eram criminosos do mar, e agiam apenas pelo próprio bem.

— Só atrasaria a viagem além do gasto em energia. — Jeongin articulou.

— Nossos ômegas podem fazer uma ampla rede com linho e pescar grandes quantidades de peixes. — Kinte insistiu.

— Façam. — Assim que o Capitão permitiu, os africanos foram confeccionar a rede, entrelaçando fios de linho. — Mas não vamos parar o navio.

— Não será necessário. — o ex escravo salientou e Minho anuiu.

— Jisung melhorou dos enjôos? — Felix perguntou assim que se aproximou do Capitão.

— Não. Está deitado.

— Trás ele aqui para fora. Passear pelo convés, tomar um ar. Vai fazer bem a ele.

— Ele não quer se levantar da cama.

Black Swan • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora